segunda-feira, 30 de julho de 2012

Tabernáculo - As Duas Cobertas - Cap. 23


ÊXODO 26.15; 36.19

É útil estudar sobre o tabernáculo para aprender mais da pessoa de Cristo. O espírito da profecia é Cristo (Apocalipse 19.10, “E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.”; I Pedro 1.10,11). O nosso conhecimento de Cristo não é danificado pelo estudo do Velho Testamento, mas é edificado e fortalecido pelo estudo do Velho Testamento. Por isso convém estudar o que diz a Bíblia sobre o tabernáculo.

Dois versículos, quase iguais, nos dez capítulos que tratam das instruções do tabernáculo inteiro, são reservados para essas duas cortinas. A primeira coberta é de peles de carneiro, tintas vermelhas. A segunda, a que ficou por cima de tudo, é de peles de texugos. Nem do “tabernáculo” são, como foi a cortina de linho fino torcido. Fazem parte da tenda. Será que algo de tão pouca menção pode nos ensinar algo edificante para nós crescermos no conhecimento de Cristo?

As instruções do tabernáculo foram dadas no monte Sinai depois que Deus deu a Moisés a Sua Lei. A razão do tabernáculo foi para que Deus habitasse no meio do Seu Povo (Ex 25.8). O modelo dado do tabernáculo e de todos os seus pertences tinha que ser obedecido sem variação nenhuma (25.9, 40; Hb 8.5). Como antes com a arca de Noé (Gn 6.14-22), e depois com o templo de Salomão (I Cr 28.11, 19), o mesmo é para os de hoje que desejam agradar a Deus, ou seja, Deus requer obediência completa da Sua Palavra (Cl 2.6; I Co 10.31; Mt 28.18-20; Lu 19.13). Como Noé, como Moisés e como Salomão, a nossa obediência a Deus não deve ser movida pela nossa imaginação. A nossa obediência a Deus deve ser segundo o que Ele nos deu como guia: a Palavra de Deus (II Pd 1.19; Is 8.20; Lu 16.29-31; At 17.11). Pode ser que outros achem radical a obediência nas coisas mínimas, mas Deus está glorificado nessas coisas mínimas (I Pd 4.4, “E acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós.”; II Tm 2.5, “E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente”; I Co 9.24-27, “subjugo o meu corpo, e o reduz à servidão”). É correto para Moisés colocar essas duas cobertas, mesmo que não saiba o porquê delas.

Se for essa lição de obediência perfeita uma das lições que podemos aprender, então essa lição seguramente aponta a Cristo. Cristo foi obediente em tudo (Fl 2.8, “obediente até a morte, e morte de cruz”; Jo 17.4, “tendo consumado a obra que me deste a fazer”; 19.30, “Está consumado”). Por isso Deus O exaltou soberanamente (Fl 2.9). Por isso não há outro nome pelo qual devamos ser salvos (At 4.12). Quando o pecador confia na morte de Cristo pelos pecados dele, Deus se satisfaz pois o sacrifício de Cristo foi o sacrifício de um Ser perfeito (Is 53.10, 11; Hb 12.2; Ap 5.9; Rm 3.22-24). Será que Deus está satisfeito com aquilo que você depende para a sua salvação? Se a base da sua aceitação a Deus não esteja somente em Cristo, não há como agradar ou ir a Deus (Jo 14.6).

Os Materiais das Cobertas - “uma coberta de peles de carneiro, tintas vermelhas, e em cima outra coberta de peles de texugo ”. (Ex 26.14).

A Utilidade das Cobertas - Uma das utilidades dessas cobertas foi a proteção. No deserto por 40 anos, e nas conquistas em Canaã, e pelas centenas de anos de uso até o reino de Salomão, as preciosidades dessa habitação do Senhor entre o povo dependia dessas duas cobertas. Houve tantas tempestades de areia e de chuva como longos tempos de frio e de calor. Não lemos da fabricação de novas cobertas. Então essas deviam ser feitas de material que durava. E eram. Dizem que os sapatos, feitos das peles de texugo, não envelheceram durante os quarenta anos que Deus fez que eles mais tarde andassem no deserto (Dt 29.5; compare com Ez 16.10). Assim sendo, podemos dizer que parte da utilidade das cobertas eram de proteção.

O Significado das Cobertas - A primeira menção do uso de peles para cobrir é Gn 3.21. Com a impossibilidade de Adão e Eva de cobrirem-se a si mesmos (as obras de qualquer homem nunca podem cobrir satisfatoriamente o resultado dos seus pecados), Deus os vestiu com túnicas de peles. O sacrifício de um inocente tinha de ser feito para que o homem fosse coberto diante de Deus satisfatoriamente. Tudo disso aponta bem a Cristo! Ele é o sacrifício único que é inocente, imaculado e incontaminado para resgatar-nos da nossa vã maneira de viver (I Pd 1.18-21). As cobertas de peles podem apontar a Cristo dessa maneira. Se você anda envergonhado pelos seus pecados, olhe a Jesus Cristo com fé pois Ele é o Único dado em qual podemos ser salvos (At 4.12)!

As peles de carneiro tingidas de vermelho apontam a Cristo também. Mesmo que essas peles não foram visíveis do lado de fora ou de dentro, eram importantes para essa habitação de Deus entre o Seu povo. O carneiro era um animal usado para os sacrifícios de expiação de pecado (Lv 5.15-19) e para a consagração de algo ao Senhor (Ex 29.15-22). O vermelho somente pode apontar ao sangue do carneiro dado em sacrifício para a expiação do pecado. Lembramo-nos que foi um carneiro que foi sacrificado no lugar de Isaque na terra de Moriá (Gn 22.1-13). Abraão profetizou de Cristo nesse episódio quando disse: “Deus proverá o holocausto”. Deus deu o Seu Filho unigênito no lugar dos pecadores que se arrependam (Jo 3.16; II Co 5.21). Mesmo que esse sacrifício sangrento não pode ser visto hoje, como não podiam ser vistas as peles de carneiro pintadas de vermelho, assim o sangue do sacrifício de Cristo tem que ser aplicado ao coração pela fé por todos que esperam entrar no reino de Deus. Se você necessita desse sacrifício de Cristo, que foi dado no lugar do condenado, corra a Deus pela fé em Cristo e será aceito (Is 55.7, “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar”)!

A coberta de peles de texugos foi a coberta mais visível pelo lado de fora. Não era bonita, nem formosa, mas foi muito útil. Pelos quase 500 anos que o tabernáculo foi usado, essa coberta cobriu-o adequadamente e nunca foi substituída. Mesmo pela grandeza da sua utilidade, nem por isso foi bonita aos de fora. A beleza do tabernáculo era no seu interior como a beleza do cristão é Cristo no seu coração (Sl 45.13). Essas verdades apontam a Pessoa de Jesus e à vida Cristã. Jesus não foi fisicamente formoso e não tinha beleza nenhuma que faria alguém desejar Ele (Is 53.2, “Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”; Sl 22.6, 7; Fl 2.8, “humilhou-se a si mesmo”). A nossa pregação de Jesus também não é vista pelo mundo como algo atraente (I Co 1.18, “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus”). Mas é necessário e útil pregar mesmo assim, como era necessária e útil essa coberta de peles de texugo para proteger o tabernáculo, mesmo que não fosse linda. A vida Cristã não é vistosa pelo mundo. A vida cristã é uma vida separada do mundo que testemunha de Cristo (Mt 5.10-16; Jo 3.19-21). Todavia, apesar da falta de percepção espiritual do mundo da vida cristã, ela continua sendo útil, necessária, e agradável à Deus e aos que sejam dEle. Quando se olhar a Cristo, Ele é formoso, ou não se acha beleza nEle? A sua percepção de Cristo é uma indicação do seu coração (I Pd 2.7; I Co 2.14). A mensagem ‘louca’ é a única mensagem que pode salvar o pecador. Corra a Ele se arrependendo dos seus pecados e crendo nesse Cristo com fé como o Substituto dos seus pecados.

Notou que de todas as cortinas e cobertas do tabernáculo, somente essas duas não foram dadas medidas? Isso pode indicar que não há pecado maior do que o sangue de Cristo pode cobrir, no caso da coberta de peles de carneiro pintadas de vermelho. A falta de medida dada para a coberta de peles de texugos pode indicar que não há limite da influência que a vida cristã pode ter diante do mundo (I Pd 3.1,2; 4.14. Pode indicar também que não há como descrever a necessidade e utilidade de ter Cristo como Salvador.

Autor: Pr Calvin Gardner

Tabernáculo - As Cortinas de Pêlos de Cabras - Cap. 22


EX 26.7-14; 36.14-18

Estudando sobre as cortinas saberemos melhor da linguagem bíblica. Quando Davi desejava edificar um templo ao Senhor, ele argumenta que ele morava em uma casa de cedro “e a arca de Deus mora dentro de cortinas” (II Sm 7.2; II Cr 17.1). A profecia da destruição de Israel dada por Jeremias menciona “as minhas cortinas” (Jr 4.20; 10.20). A cor da primeira cortina, de linho fino, era branca. É comentado que na Palestina não abunda as cabras brancas, mas abunda as negras. Por isso a cor da segunda cortina, de pêlos de cabra é dada como negra (Ct 1.5). Sem estudar sobre as cortinas do tabernáculo essas referências seriam um mistério.
Deus começou a construção do tabernáculo com as cortinas. Entendendo que elas fazem tanto uma cobertura quanto uma cobertura dos lados vejamos que Ele começou a Sua construção de cima para baixo. As cortinas foram mencionadas antes das tábuas que elas cobririam. Podemos aprender disso, além da verdade que o Senhor Deus é soberano e faz o que Ele quer, aprendemos também que aquela habitação do Senhor com os pecadores, necessita principiar com Deus. Desde que não haja nada bom no homem, uma habitação de um Deus que é um Fogo Consumidor entre os pecadores precisa ser de Deus com a Sua graça.

As Cortinas são Duas: As de Linho Fino Torcido e As de Pêlos de Cabras. Essa lição cuidará das de:

Pêlos de Cabras - Ex 26.7-14; 36.14-18
A cortina de linho fino fez o tabernáculo (26.1,6), as cortinas de pêlos de cabras serviram de tenda sobre o tabernáculo (26.7). Compare com Nm 3.25. A palavra ‘tabernáculo’ significa: lugar de habitação. A palavra ‘tenda’ significa: tenda, como barraca de campanha. O ‘tabernáculo’ foi a habitação de Jeová; a ‘tenda’ é o lugar de encontro do Seu povo. Essa estrutura foi o lugar que o povo de Deus congregava, mas foi a Sua habitação. Eles visitaram-na enquanto Ele ficou lá.

É o seu coração, sua mente, sua vida um tabernáculo para o Senhor, ou somente uma tenda? É consagrado a Ele ou somente quando é conveniente?

O Seu Número
Os que gostam de estudar numerologia acharão um rico campo de estudo no tabernáculo. As cortinas de linho fino eram dez, e as de pêlos de cabras eram onze, ajuntadas em duas partes, de cinco e de seis (26.9). O número cinco significa ‘a graça’ e o número seis representa ‘o homem’. Não é a nossa intenção trazer essa ciência à Bíblia, mas é interessante notar essas curiosidades.

O Seu Significado
As ofertas para os israelitas eram muitas. Cada uma tinha o seu propósito e a sua maneira particular de oferecê-la. Cada animal diferente e cada ingrediente apontavam a uma verdade sobre Cristo. Mas, nas festas quando o povo era representado coletivamente, os bodes eram os únicos animais usados como expiação pelos pecados. Além desses holocaustos, os bodes eram sacrificados para outras ofertas não coletivas, mas sempre foram usados para expiação de pecado.

  • A Festa da Páscoa – Nm 28.16-31. Notam os versículos 22, “E um bode para expiação do pecado, para fazer expiação por vós”, e 30, “Um bode para fazer expiação por vós”.
  • A Festa das Semanas ou do Pentecoste - Lv 23.15-19. Nota o versículo 19, “Também oferecereis um bode para expiação do pecado, e dois cordeiros de um ano por sacrifício pacífico”.
  • A Festa das Trombetas – Nm 29.1-11. Nota os versículos 5, “E um bode para expiação do pecado, para fazer expiação por vós” e 11, “Um bode para expiação do pecado, além da expiação do pecado pelas propiciações, e do holocausto contínuo, e da sua oferta de alimentos com as suas libações”.
  • O Dia da Expiação – Lv 16. Essa festa anual das expiações era a festa mais solene de todas. Essa festa pediu dois bodes, um para ser sacrificado pelo pecado do povo, e o outro para ser levado vivo ao deserto para simbolicamente o pecado do povo (vs. 5-10, 15-17, 21-22), v. 33, “Assim fará expiação pelo santo santuário; também fará expiação pela tenda da congregação e pelo altar; semelhantemente fará expiação pelos sacerdotes e por todo o povo da congregação”.
  • A Festa dos Tabernáculos – Nm 29.12-40. Essa festa era alegre e para agradecer a Deus pelas bênçãos recebidas pelo ano. Cada um dos oito dias de festa tinha ofertas de novilhos, carneiros, e carneirinhos. Todavia, para expiação do pecado, cada dia ofertava um bode (16, 19, 22, 25, 28, 31, 34, 38).


Existiam outros holocaustos, além dessas convocações nacionais, quando uma expiação para o pecado era necessária. Cada um desses outros holocaustos, um bode era ofertado.
Holocausto pelos pecados de um príncipe – Lv 4.22-26 (v. 24, “E porá a sua mão sobre a cabeça do bode, e o degolará no lugar onde se degola o holocausto, perante a face do SENHOR; expiação do pecado é”).

Holocausto pelos pecados por ignorância de qualquer pessoa – Lv 4.27-35 (vs. 28, 29, “Levítico 4.28 Ou se o pecado que cometeu lhe for notificado, então trará pela sua oferta uma cabra sem defeito, pelo seu pecado que cometeu”).

Holocausto no dia que o SENHOR aparece – Lv 9 (vs.3, 15).
Ofertas dos príncipes de cada tribo na dedicação do tabernáculo, na consagração do altar – Doze dias de holocaustos – Nm 7.16, 22, 28, 34, 40, 46, 52, 58, 64, 70, 76, 82, “Um bode para expiação do pecado”.

Repetição: Oferta pelos pecados por ignorância – Nm 15.24.
Holocaustos no princípio dos meses – Nm 28.11, 15.

Então, o significado do uso de pêlos de cabras para a cortina da tenda representava Cristo como o holocausto pelos pecados de Seu povo.

O bode que foi usado para fazer expiação do povo de Israel não tinha pecado, mas foi posto sobre ele os pecados dos outros simbolicamente (Lv 16.22, “22 Assim aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles à terra solitária; e deixará o bode no deserto”). Assim o bode representa Cristo! Ele não conheceu pecado, mas foi feito pecado pelo Seu povo, para que nEle fossem feitas a justiça de Deus (II Co 5.21).

O profeta Israel profetizou (Is 53.10), “Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão”. Assim também foi profetizado que Cristo cumprirá essa profecia, (Is 53.12), “Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores”.

É interessante notar que somente o sangue do holocausto para a expiação do pecado foi derramado enquanto o sangue da oferta queimada para outros propósitos foi espargido (Lv 1.5, “Depois degolará o bezerro perante o SENHOR; e os filhos de Arão, os sacerdotes, oferecerão o sangue, e espargirão o sangue em redor sobre o altar que está diante da porta da tenda da congregação”; Lv 4.25, “Depois o sacerdote com o seu dedo tomará do sangue da expiação, e o porá sobre as pontas do altar do holocausto; então o restante do seu sangue derramará à base do altar do holocausto”). Sem dúvida nenhuma, isso foi uma representação de Cristo pois Ele, como a oferta de Deus para a expiação dos pecados do Seu povo, derramou Seu sangue (Lucas 22:20, “Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós”). O novo testamento, a revelação do Evangelho (I Co 15.1-4), de Jesus Cristo, é no sangue derramado por Cristo.

Nunca terá outro sacrifício idôneo como Cristo! Todas as representações de cada holocausto de um bode inocente no lugar do culpado apontavam ao Cristo! Todas as profecias de um Salvador que seria o substituto aceitável por Deus no lugar dos pecadores, apontavam ao Cristo! Cristo é “o espírito da profecia” (Ap 19.10). Não pode ter nenhum outro! Deus não dividirá essa representação com ninguém. Não há outro fundamento que pode ser dado (I Co 3.11). Não há outro nome debaixo do céu como o de Cristo (At 4.12, “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”)! A mensagem da eternidade é: Arrependei-vos e creia em Cristo pela fé! Nisso vimos nessas referências: Mt 3.2; 9.13; Mc 1.15; Lu 13.1-5; At 2.38; 3.19; 17.30; 20.21; 26.20; Ap 16.9.

As cortinas de pêlos de cabras cobriam o tabernáculo por completo, e vedava a visão de alguém fora a contemplar a glória de Cristo e a da presença de Jeová. Também é verdade que ninguém pode ver a glória da salvação, da pessoa de Cristo e a de Deus do lado de fora. É necessário entrar pessoalmente pela fé em Cristo para poder entender e contemplar essas glórias magníficas. Como vai contigo? Apenas participa nas glórias com o conhecimento do que os outro dizem, ou, conhece por conta própria? Tem se arrependido e confiado em Cristo como o sacrifício idôneo para a expiação dos seus pecados?

Aqueles que já conhecem Cristo como o Sacrifício Idôneo para expiar seus pecados, quando entram no lugar santo para servir e adorar Deus, convém lembrarem do grande preço dado para que eles possam servir e adorar o Santo e Justo Deus. Foram comprados de grande e bom preço. Portanto, “glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (I Co 6.20).

Autor: Pr Calvin Gardner

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Tabernáculo - Fixação das Cortinas - Cap. 21


EX 26.3-6; 36.10-13



A fixação das cortinas de linho fino torcido e a de pêlos de cabra foram fixadas uma a outra de uma maneira especifica e detalhada. Porém, não existem instruções para fixar a coberta de peles de carneiro, tintas de vermelho, e a de peles de texugo. Eu não sei qual a significação dessa falta de instruções especificas, mas deve ter um significado. Sobre a fixação das cortinas podemos aprender algumas lições.

As Laçadas de Azul
Como temos estudado anteriormente, onde tiver a cor azul no tabernáculo temos uma lição da natureza Celestial de Cristo, Cristo O Espiritual, ou o homem celestial (I Co 15.47,48; Jo 1.18; Hb 7.26) bem como a origem celestial de Cristo. As laçadas de azul que juntaram as cinco cortinas individuais para fazer as cinco numa só cortina somente podem apontar a espiritualidade dAquele que veio de Deus que une as justiças dos santos,. As justiças dos Santos, que são as justiças de Cristo, são o que são por Cristo ser espiritual e de Deus. O fato que Cristo é dos céus dá à Sua obra expiatória o aspecto eficaz, eterno e satisfatório para com Deus. O fato que Cristo é dos céus dá às justiças dos santos a qualidade de segurança e conforto. Como as laçadas de azul uniam cada peça à outra, a espiritualidade de Cristo é o catalisador, ou seja, o estimulante, o dinamizador, o incentivador das justiças dos santos e da expiação dEle por estes. Sem Cristo ser do céu, as justiças dos santos seriam suscetíveis a mudanças. Mas Ele é do céu, é de Deus, é Deus (Jo 1.1; 3.13; 10.30). A união das cortinas pelas laçadas de azul aponta ao fato confortadora que as justiças dos santos são tão seguras quanto Cristo é Celestial.

As laçadas de azul mostram a verdade abençoadora que há tanto segurança quanto coerência em tudo que Deus faz e em todas as obras de Cristo. A profundidade das riquezas da sabedoria de Cristo é imensa. A Sua ciência, Seus juízos e Seus caminhos são todas inescrutáveis. Porém tudo opera para uma finalidade, a Sua glória, e para o bem dos Seus chamados. Ninguém pode estovar a Sua mão para impedir ou neutralizar a Sua vontade do Seu eterno decreto de ser cumprida (Rm 11.33-36; Dn 4.34-37). Os salvos acham conforto e refúgio em saber que há propósito glorioso em tudo que venha acontecer nas suas vidas em particular e no mundo em geral.

As suas “justiças” são exclusivamente de Cristo? Se tiver apenas uma laçada no meio das suas “justiças” que não é azul, as suas “justiças” não agüentarão a tempestade da Sua ira no juízo. É mister que Cristo seja único e tudo nas suas “justiças”. Se arrependa dos seus pecados e creia neste Salvador, Cristo Jesus. Assim terá união com todos os santos em Cristo, pois Ele é a justiça idônea de cada salvo (II Co 5.21; Rm 3.24-26, “para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”).

Os Colchetes de Ouro
As cortinas eram feitas em peças separadas. Eram dez cortinas de linho fino torcido (Ex 26.3; 36.10). Cada cortina de largura tinha quatro côvados, ou dois metros, e cinco dessas peças eram ajuntadas umas as outras pelas laçadas de azul. De dez peças separadas foram feitas duas peças maiores.

Anteriormente, em uma outra lição, estudamos que o ouro aponta à divindade de Cristo (Ap 3.18), como também a Justiça Divina em Cristo (Ex 25.17; I Jo 2.2). Manifesta a verdade que Cristo é a plenitude de Deus (Ef 3.19; I Tm 3.16), ou, em outras palavras, a glória de Deus está em Cristo (Jo 1.14).

As justiças dos santos têm a sua ligadura na pessoa de Cristo como Deus. Sem Cristo ser Deus as nossas justiças nEle seriam invalidas. Mas, como o ouro destes colchetes declara, no meio de outras declarações gloriosas de Cristo, aquilo que amarra tudo numa só verdade é isso: Cristo é Deus e Ele satisfaz tudo que Deus requer (Is 42.1 “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem se apraz a minha alma;”; 53.11, “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito”; Hb 12.2, “assentou-se à destra do trono de Deus”; Ap 5.9, “Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos”).

No meio da sua pregação de Cristo, não esqueça da verdade que Cristo é Deus. É esse fato que dá significado a tudo demais. Qualquer crença que não declara que Cristo é Deus, e sempre foi e será, é uma crença diabólica.

Os Colchetes de Cobre
As cortinas de pêlos de cabra também tinham laçadas e colchetes (Ex 26.10, 11; 36.17, 18). Porém, essas laçadas não são designadas de ser de azul e as colchetes são designados de não ser de ouro mas de bronze.

Bronze, ou cobre, significa julgamento. O uso de colchetes de cobre para ligar os dois grupos de cinco e seis cortinas de pêlos de cabras ensina uma importante característica de Cristo. Em todo o tabernáculo próprio, não há menção de cobre senão nestes colchetes que ligam as cortinas de pêlos de cabras. Haverá julgamento dos nossos pecados ainda depois de termos Cristo como Salvador? Depois de ser lavado no Seu sangue? Depois de Cristo ministrar por nós como Sumo Sacerdote e Mediador, Deus nos julgará ainda os nossos pecados? Como é que existe julgamento no lugar santo e lugar Santo dos Santos? Teremos sobre nós ainda a ira de Deus por nossos pecados?

A resposta destas perguntas se acha na verdade que os colchetes de cobre ajuntam as cortinas não de linho fino torcido, mas as de pêlos de cabra (26.11). Lembre-se que as cabras, ou bodes, eram usadas exclusivamente para serem sacrificadas nos holocaustos para expiação de pecado. Os colchetes de cobre nessas cortinas manifestam a verdade que Cristo levou a ira de Deus no julgamento pelos nossos pecados. Os colchetes de cobre presente entre as glorias de Cristo são um memorial constante que Ele tomou em Seu corpo toda a ira de Deus que era para nós receber pelo julgamento dos nossos pecados. Não podemos esquecer, em toda a nossa adoração, a verdade de Cristo receber em Si a morte para expiar os nossos pecados. Talvez por isso as duas ordenanças da igreja incluem essa verdade também. No céu também existe a memória da morte de Cristo para expiar nossos pecados. No meio de todas as grandezas, glorias, perfeito louvor, adoração pura e felicidade no céu, existe uma memória da morte que Cristo levou por nossos pecados. Essa memorial no céu está no corpo de Cristo (Ap 5.2-14). Eternamente seremos alegremente relembrados tanto do sacrifício necessário para nossos pecados quanto o fato que Cristo voluntariamente veio para ser este sacrifício idôneo.

Uma outra lição que podemos aproveitar destas fixações das cortinas é: 
Deus usa coisas pequenas
Essas laçadas azuis e estes colchetes de ouro não eram coisas grandiosas e nem eram bem visíveis aos que ministravam no tabernáculo. Apesar disso, Deus usa seis versículos em Ex 26 e seis versículos em Ex 36 para descrever essas pequenas partes e o seu uso no tabernáculo. Este número é quase o mesmo número de versículos Deus usou para descrever as próprias cortinas, as suas cores, as medidas e a composição de cada uma. É manifesta que Deus importa para os mínimos detalhes naquilo que é referente a habitação dEle junto ao Seu povo. É manifesta também que existem pequenas peças que são de grande importância na obra de Deus.

Deus não despreza as coisas pequenas (Zc 4.10). Ele usou as rãs, as moscas, a peste, úlceras, a saraiva, e os gafanhotos para atormentar e quebrar a vontade do grande e idolatrado Faraó (Ex 5.1-10.29). Para lançar fora ambos os reis dos Amorreus, pequenos vespões foram utilizados (Js 24.12; Ex 23.28; Dt 7.20). Foi uma meiga menina para apontar o homem herói valoroso capitão do exercito do rei da Síria ao homem de Deus para que Deus se mostrasse soberano (II Rs 5.1-3). Um jovem, apascentador de ovelhas, com uma pedra só, feriu à morte um grande gigante filisteu (I Sm 17.50). E Deus usou os colchetes de ouro para fazer uma só cortina para fazer a Sua habitação entre o povo, como Ele usa você e eu, cada um um vaso de barro para louvor e glória da Sua graça, pela qual nos fez agradáveis a Si no Amado (II Co 4.7; Ef 1.6). É o deleite de Deus usar “as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele” (I Co 1.27-29).

Você é um colchete? O seu trabalho é menos visto do que outros? Considera-se a si mesmo pobre de talentos ou de possibilidades a serem úteis a Deus? Seja o que for o seu pensamento sobre si mesmo, saiba que temos responsabilidade de usar o que temos para a Sua glória (I Co 1 ) “Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem”, II Co 8:12. Não merecemos ser usados na obra de Deus, mas Ele merece tudo que possamos ser na submissão à Sua Palavra.
Autor: Pr Calvin Gardner

Tabernáculo - Cortinas de Linho Fino Torcido - Cap. 20


EX 26.1-6; 36.8-13

Também, estudando sobre as cortinas do tabernáculo, saberemos melhor da linguagem bíblica. Quando Davi desejava edificar um templo ao Senhor, ele argumenta que ele morava em uma casa de cedro “e a arca de Deus mora dentro de cortinas” (II Sm 7.2; II Cr 17.1). A profecia da destruição de Israel dada por Jeremias menciona “as minhas cortinas” (Jr 4.20; 10.20). A cor da primeira cortina, de linho fino, era branca. É comentado que na Palestina não abunda as cabras brancas, mas abunda as negras. Por isso a cor da segunda cortina, de pêlos de cabra, é dada como negra, ou morena, por ser escura (Ct 1.5). Sem estudar sobre as cortinas do tabernáculo essas referências seriam um mistério.

Deus começou a construção do tabernáculo com as cortinas. Entendendo que elas fazem tanto uma cobertura de cima quanto uma cobertura dos lados vejamos que Ele começou a Sua construção de cima para baixo. As cortinas foram mencionadas antes das tábuas que elas cobririam. Podemos aprender disso, além da verdade que o Senhor Deus é soberano e faz o que Ele quer, aprendemos também que aquela habitação do Senhor com os pecadores, necessita principiar com Deus. Desde que não haja nada bom no homem, uma habitação de um Deus que é um Fogo Consumidor entre os pecadores precisa começar com Deus, e, juntamente, com a Sua graça.

As Cortinas são Duas: As de Linho Fino Torcido e As de Pêlos de Cabras. Essa lição cuidará das de:

Linho Fino Torcido - Ex 26.1-6; 36.8-13
No tabernáculo vejamos as glórias de Cristo de vários focos: os Seus atributos divinos e humanos (a madeira coberta de ouro), a Sua obra (o altar de bronze, os animais sacrificados, etc.), a Sua pessoa (o Sumo Sacerdote, o cordeiro, etc.) e a Sua posição diante de Deus (as vestes do Sumo Sacerdote, como o próprio sacerdote, o propiciatório, etc.). Podemos aprender que a adoração devida a Cristo é da mais excelente natureza. Por isso, o adorador não tem liberdade de inventar sua própria maneira de adorar ou de modificá-la com a cultura de qualquer país. Deus deve ser adorado na maneira que Ele rege. Ele especificou que essa adoração, como Divino, deve ser “em espírito e em verdade” (Jo 4.23, 24). Dessa maneira o homem natural não pode nunca O adorar (Rm 8.7, 8; I Co 2.14). Com a regeneração, o homem torna a ter vivificado o seu espírito, ou seja, o homem novo (Ef 2.1-5; Rm 7.22; Cl 3.10). Através dessa nova natureza espiritual, a adoração devida ao Deus que é Espírito está dada. Relembrando-nos das glórias de Cristo representadas pelo tabernáculo, entendemos que a adoração a Cristo pede mãos santas (Sl 15.1-5; I Tm 2.8), reverência (Sl 27.4) pureza de coração e a mortificação de qualquer hábito, associação, pensamento, ou ação que poderia poluir a adoração de Deus. As cortinas de linho fino torcido enforcarão ainda mais essa santa maneira de adorar ao Senhor.

“E o tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e azul, púrpura, e carmesim; com querubins as fará de obra esmerada” (v. 1). Assim começam as instruções para as cortinas, das quais são duas, essa de linho fino, e a outra sobre essa, de pêlos de cabra (v.7). A cortina de pêlos de cabra faz parte da “tenda” (v. 7). A cortina de linho fino faz parte do tabernáculo (v. 1). Aquilo que a cortina de linho fino torcido significa, é fundamental para a somatória do tabernáculo. As cortinas não fazem parte do tabernáculo, mas são o tabernáculo.

As cortinas de linho fino torcido eram dez no total. Cada uma das dez foi enlaçada uma com a outra com cinqüenta “laçadas de azul na orla de uma cortina, na extremidade, e na juntura” (v. 4). Com cinqüenta “colchetes de ouro” as cortinas eram ajuntadas, uma a outra, “e será um tabernáculo” (v. 6), ou melhor, uma peça só.

O Material - “E o tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e azul, púrpura, e carmesim; com querubins as farás de obra esmerada”, (26.1).

O Significado
O Linho Fino Torcido, nota, não é somente linho, mas linho fino, e este, torcido. Este linho fino torcido era superior e especial de qualquer outro linho. O significado de linho fino é dado em Apocalipse 19.8, “as justiças dos santos”. Quando se vê o linho fino em qualquer lugar no tabernáculo, seja na cerca, as vestes ou nas cortinas, lembre-se que apontam às “justiças dos santos”. Talvez se pergunte: Pensei que o tabernáculo aponta a Cristo! Como pode o linho fino apontar às justiças de qualquer outro a não ser de Cristo?

A pergunta é boa, mas a resposta é ainda melhor. Essa resposta ajuntará tudo que o tabernáculo é, pois essas cortinas são o tabernáculo. O homem não tem diante de Deus uma só justiça nenhuma (Sl 14.3; Rm 3.10, “Não há um justo, nem um sequer.”) e as nossas tentativas de fazermos justiças próprias para merecer algo diante de Deus são, para Ele, “como trapo da imundícia” (Is 64.6; Lu 16.15, “E disse-lhes: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação”; Rm 10.3, “Procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus”). Se o homem pecador tiver qualquer justiça diante de Deus, é prova que este homem tornou-se um santo, ou quer dizer, tem sido santificado. O linho fino aponta às justiças dos santos. O homem pecador torna-se santo quando ele se arrepende dos seus pecados e crê no Senhor Jesus Cristo, o seu Salvador. É nesse ato os homens pecadores evidenciam ser em Cristo, e, portanto, “feitos justiça de Deus” (II Co 5.21). Essas justiças são consideradas “dos santos” não por que as justiças originaram deles, mas por que os santos, os lavados pelo sangue de Cristo, são os recipientes das justiças de Cristo. São “dos santos” por estes lavados pelo sangue são os que são declarados santos por Deus (Ap 7.14, “E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro”; Fl 3.9, “E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé;”; At 13.39; I Co 6.11). Então, a justificação do pecador diante de Deus por Cristo é a possessão abençoada e o adorno exclusivo dos santos, uma declaração aberta da graça de Deus (Rm 3.24-28) e uma testemunha forte à obra de Cristo. As cortinas de linho fino torcido do tabernáculo apontam tanto às justiças dos santos quanto às justiças de Cristo, pois Sua justiça é imputada aos que crêem de um coração preparado pelo Espírito de Deus (II Co 5.21). Nesse sentido, todo o propósito de construir o tabernáculo, para Deus habitar no meio do Seu povo, é representado pelas cortinas de linho fino torcido. O homem é feito justo pela obra satisfatória de Cristo, e, assim Deus habita com ele.

As justiças dos santos são claras testemunhas das justiças de Cristo, pois por Seu sangue (I Pe 1.18,19) e pela graça de Deus, qualquer pecador arrependido com fé nEste Salvador, é feito justo como Ele é justo. Isso nos ensina da nossa responsabilidade de praticar justiça, ou seja, viver uma vida ao nível de um justificado (Ez 18.5-9; Rm 2.13, “Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados”; I Jo 3:7, “Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo”).

A justiça de Cristo foi exemplificada na Sua obediência perfeita à Lei de Moisés e a tudo que o Pai O deu para fazer (Jo 17.4, “tendo consumado a obra que Me destes a fazer”; Fl 2.8, “obediente até à morte”) Essa perfeita obediência foi desde o Seu nascimento (Lu 2.27), O acompanhou pela Sua juventude (Lu 2.49, 52), e foi duramente provada no deserto por Satanás quando adulto (Lu 4.1-13). Pelo Seu ministério, mesmo comendo com pecadores, tocando os doentes e os mortos Ele não Se sujou mas continuou sem pecado e, portanto, justo. A justiça da perfeita obediência de Cristo, mesmo morrendo a morte de um amaldiçoado, foi confessada tanto pelo malfeitor agraciado (Lu 23.40, “Este nenhum mal fez”) quanto pelo centurião (Lu 23.47, “Na verdade, este homem era justo”).

Então, enquanto o sacerdote ministrava no tabernáculo, a justiça de Cristo, pelas cortinas de linho fino torcido sendo ao seu redor e ao alto no forro, foi testificada e pregada. A mensagem proclamada por essas cortinas é: qualquer serviço a Deus somente é possível se primeiro o servo do Senhor tenha sido lavado pelo sangue de Cristo e feito justo “como Ele é Justo”.

O Material Necessário Foi Suprido pelas Obras das Mãos das Mulheres
Com o azul, púrpura, e carmesim essas cortinas de linho fino torcido foram, junto com os querubins bordados nelas, uma obra esmerada foi produzida. Essa obra seria impossível se não fosse a obra das mulheres sábias. Elas, nas suas casas, “fiavam com as suas mãos o azul e a púrpura, o carmesim e o linho fino”, Ex 35.25. Depois elas “traziam o que tinham fiado” para a obra que o SENHOR ordenara que fosse feita pela mão de Moisés. A ajuda que as mulheres fizeram para o tabernáculo foi importante. Foi também primeiramente preparada nas suas casas. Isto é uma lição para as mulheres de hoje que desejam fazer a sua parte importante para a obra do SENHOR, ou seja, para a Sua casa. A lição indispensável é esta: que elas preparem primeiramente, com as suas mãos, nas suas casas, tudo que era ao alcance e responsabilidade delas. Tendo trabalhado nisso, elas depois traziam à casa de Deus o fruto do trabalho das suas mãos. Assim a adoração de todos na casa de Deus foi facilitada. Que seja assim hoje! Que as mulheres, nas suas casas, tenham os seus filhos bem treinados na doutrina e admoestação do Senhor que o marido tem instruído (Ef 6.4). Que os filhos e o marido sejam vestidos com a roupa limpa e passada que ela tem preparada antemão (Pv 31.19-22). Que a reverência e a ordem necessárias no culto sejam ensinadas aos filhos nos lares pelas mães, para que a adoração do Senhor seja dada como o Senhor deseja (Hc 2.20; I Co 14.40). Que elas, pelo seu comportamento e submissão às suas cabeças, adoram-se a si mesmas primeiramente e perfumem as suas casas com aquele cheiro suave de um espírito precioso a Deus, ou seja, um espírito de um coração manso e quieto (I Pe 3.1-6). Que elas, nos seus aposentos em casa, com as portas fechadas, preparem os seus corações pela oração em prol de si mesma, dos cultos, rogando pela salvação dos da sua família, e orando pelos outros da congregação. Nessas maneiras, com as obras das suas mãos, preparando tudo ao seu alcance, nas suas casas, as mulheres hoje trazem a sua participação na obra da casa de Deus. Essas obras importantes das mulheres testemunham de Cristo hoje, como as cortinas de linho fino torcido, com as cores, preparadas pelas mulheres sábias testemunharam de Cristo no passado no tabernáculo.

O Adorno das Cortinas - "com querubins as farás de obra esmerada”, Ex 26.1.
Os querubins são anjos, que nas suas primeiras presenças relatadas na bíblia foram para representar a severidade do juízo de Deus (“para guardar o caminho da árvore da vida”, Gn 3.24). Guardar no Hebraico significa observar, vigiar. Eles estavam ali para impedir Adão e Eva de retornarem e participarem da árvore da vida. Aqui no Tabernáculo, a representação dos querubins nessas cortinas, tipifica a supervisão da severidade do juízo de Deus sobre tudo o que ocorre dentro do Santuário. Portanto, tenha o mais maduro temor de Deus quando se entra na casa de Deus para adorar a Deus.

Também, os querubins estão entre aqueles no céu que dobram o joelho em reconhecimento ao Senhorio de Cristo (Fl 2.10; Ap 5.11-14). Portanto é manifesta pelas presenças dos querubins nessa cortina a verdade que Cristo é verdadeiramente o Cabeça de todas as coisas da igreja (R. Crisp).

Resumindo, através dessa cortina interior, a justiça de Cristo e as justiças dos santos imputadas ao pecador arrependido pelo sangue de Cristo são gloriosamente manifestas. A divindade (azul) de Cristo, a Sua posição de Rei (púrpura), e o Seu sacrifício sofredor (carmesim) junto com a glória da Sua Soberania e do Seu juízo perfeito (querubins) são gloriosamente relembrados por aquele que está dentro do tabernáculo. E por estes somente. Os de fora não vejam nada destas glórias magnificentes. Isso nos lembra que o homem natural não pode perceber a sua própria condição pecaminosa nem as obras de justiça feitas por Cristo para com o pecador por este ser espiritualmente cego (I Co 2.14; II Co 4.3, 4). Todavia, para os que crêem, Cristo é precioso (I Pe 2:7, “E assim para vós, os que credes, é preciosa”).

O que você vê quando olha para o Cristo? Se deseja ter as justiças de Cristo imputadas à sua conta, se arrependa dos seus pecados e creia em Cristo, O Salvador dos pecadores

Autor: Pr Calvin Gardner

terça-feira, 17 de julho de 2012

Tabernáculo - O Candelabro no Lugar Santo - Cap. 19


ÊXODO 25.31-40; 26.35; 27.20-21; 37.17-24; LV 24.2, 4

O candelabro se encontra no Lugar Santo e é o objeto principal neste lugar. Somente o sacerdote e a sua família santificada podem entrar no Lugar Santo. Homem algum entrará na presença de Deus sem Cristo. Sem Cristo é só trevas.

O Lugar Santo é o lugar de comunhão com Deus. É claro que isso representa a verdade que somente os salvos em Cristo têm: a comunhão verdadeira com Deus (I Jo 1.5-7). O pão da proposição nutre essa comunhão. O altar de incenso representa a manutenção dessa comunhão e o candelabro representa o poder nesta comunhão. Não entrava no Lugar Santo nenhuma luz natural. O candelabro era a única fonte de iluminação. Se o Lugar Santo representa a nossa comunhão e ministério com Deus então a falta de luz natural aponta à verdade que a nossa comunhão com Deus não necessita nenhuma “luz natural”, ou fruto do raciocínio humano. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece e Ele é a luz da minha comunhão com Deus. A falta de “luz natural” no Lugar Santo nos ensina que a mortificação da carne é necessária para a salvação (At 17.30; I Jo 1.7-9) e posteriormente para comunhão (Gl 2.20; 5.17-24).

O candelabro é feito de ouro puro (Ex 25.31, 39). Não há madeira na sua construção, ou seja, não há nada que representa a humanidade de Cristo nele. Portanto, o candelabro revela o Cristo divino, a glória de Cristo na presença do Pai em prol dos Cristãos. Também, é verdade que os cristãos têm acesso ao Pai no Lugar Santíssimo por Cristo ser o nosso ministrante no Lugar Santo (Hb 10.19-23). O candelabro sendo feito de ouro puro representa a verdade que o cristão vive num mundo em trevas, mas por estar em Cristo, a glória de Deus está neles e podem andar nesta Luz como Ele na luz está. Enquanto Cristo estava no mundo Ele era a luz do mundo (Jo 9.5) e Ele continua sendo a Luz que o mundo precisa enxergar. Todavia, o candelabro está vedado ao mundo, então, neste caso, o candelabro não representa Cristo como a Luz do mundo, mas ensina que Ele está ministrando no céu em prol do cristão para que o Cristo tenha comunhão com Deus enquanto ele está no mundo e sendo a luz do mundo (Mt 5.14-16).

O candelabro não é só feito de ouro puro, mas de ouro batido (v. 31, 36). O candelabro é a única peça no tabernáculo que é batida. Em comparação, os deuses falsos são feitos por fundição e, portanto fácil é para o homem ter o seu “deus” (Ex 32.4). Mas este ouro puro batido do candelabro revela uma bela figura de Cristo. Para Cristo ser o ministrante no céu para o Seu povo que ainda peregrinam na terra, custou muito (Is 53.2-5). O trabalho da Sua alma custou caro para agradar a Deus. Contudo satisfez Deus completamente (Is 53.10, 11). A Sua divindade (ouro puro) fez Jesus, o homem, agüentar toda a ira de Deus sobre Ele durante as horas na cruz recebendo aquilo que o pecado merece na eternidade (Ouro batido). O candelabro sendo feito de ouro batido representa tudo que Jesus Cristo passou para ser Nosso Senhor e Salvador. Portanto podemos perguntar-nos a nós mesmos: Como pode qualquer obra nossa comparar àquela operada por Cristo? Também, podemos considerar: É muito se mortificamos e dedicamos as nossas vidas em santificação a Ele em retribuição? Por sermos comprados de “bom preço” devemos glorificar, pois, “a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus”, I Co 6.20.

Versículo 36 diz também que “os seus botões e hastes serão do mesmo” ouro puro. Pelo candelabro em uma forma representar o povo de Deus reunido na congregação dos santos (Ap 1.12, 20) uma verdade preciosa é ensinada. Essa verdade diz que o Seu povo, na mente de Deus, já fazia parte da massa, ou seja, era em Cristo antes da fundação do mundo, (Ef 1.4, 5). O que estava na mente de Deus na eternidade passada, em tempo, vem a ser efetuado pelos meios que Ele designa, ou seja, a obra do Espírito Santo na pregação da Palavra de Deus (II Ts 2.13,14). O versículo 36 ainda relata: “os seus botões e hastes serão do mesmo”. Se Ele determinou que seja do mesmo, então é certeza que serão formados da mesma massa e continuarão sendo feitos do mesmo o tempo que Ele determina, ou seja, pela eternidade (Jo 3.16; 10.27,28; Rm 8.18-30). Se desejar estar nessa Luz, venha à Luz se arrependendo e crendo pela fé! A única salvação está em Cristo!

A iluminação para a qual essa peça foi designada era possível através do azeite puro de oliveira (Ex 27.20, 21). O óleo ou azeite puro de oliveira, batido, muitas vezes representa o Espírito Santo. Neste caso do candelabro, ele tem sete lâmpadas com esse azeite puro de oliveira, batido. Parece que é simbolizada a obra do Espírito Santo na vida de Cristo, Nosso ministrante diante de Deus no céu. Sete lâmpadas para serem postas em ordem, de manhã e à tarde, perante o Senhor, manifestam a perfeita e inteira presença do Espírito Santo em Cristo. Sabemos que o Espírito Santo foi dado a Cristo sem medida, ou seja, sem limitação (Jo 3.34) como pode ser notado que as Escrituras não dão uma medida para estas lâmpadas. A profecia de Isaías diz que o Rebento do tronco de Jessé brotará e repousará sobre ele o Espírito do Senhor e assim lista sete características deste Espírito (Is 11.1,2). O Apóstolo João, em Apocalipse refere a Cristo tendo junto dEle os sete espíritos que estão diante do Seu trono (Ap 1.4). Não deve ser dúvida nenhuma que a obra de Cristo foi com o poder e presença do Espírito Santo. Foi tanto assim de ser uma blasfêmia contra o Espírito Santo qualquer ilusão que a obra de Cristo fosse por um outro espírito a não ser do Espírito Santo de Deus (Lc 12.10). Podemos aprender também pelo fato da iluminação do candelabro ser pelo Espírito Santo que a vida vitoriosa do cristão nesta peregrinação é pelo poder do Espírito Santo. O Selo do cristão é o Espírito Santo ensinando assim que temos a marca em nós, que somos propriedade genuína e segura de Deus (Ef 1.13,14). Isso nos conforta. O Espírito Santo é o penhor nosso também ensinando nessa maneira que as promessas de um futuro glorioso com Cristo no céu são seguras. Isso nos anima. O Espírito Santo é o poder da Palavra na nossa salvação (Rm 1.16; II Ts 2.13,14). O Espírito Santo é o poder da nossa luta nas batalhas que temos aqui na terra (Ef 6.12,13; I Jo 4.4; 5.4; I Pe 4.14). Como a iluminação no Lugar Santo era constante (Ex 27.21) pelo candelabro, nosso brilhar constante na terra é pelo Espírito Santo nos conformando à imagem de Cristo (II Co 3.18). Ele capacita-nos a fazer as nossas obediências diante dos homens para a glória do Pai (Mt 5.14-16). Enquanto Cristo estava no mundo Ele era a Luz do mundo (Jo 8.12; 9.5), mas agora, sendo que Ele está no ‘Lugar Santo’ ministrando em nosso benefício (intercedendo para sempre, Rm 8.34; Hb 7.25), nós somos a luz do mundo. Essa responsabilidade é atingida somente pela obra do Espírito Santo em nós. Portanto esteja cheio do Espírito Santo, ou seja, mortifica-se à carne e procura que Ele controla toda parte da sua vida (Ef 5.18).

Podemos aprender da origem das hastes também. O candelabro era a lâmpada central. Deste candelabro central “saíram” as seis hastes (v. 31, 32). Assim ensina que os Cristãos, que são a luz do mundo, saem de Cristo como Eva saiu de Adão. Quer dizer, não foi pelas obras de justiça que houvéssemos feitas, ou pela nossa sinceridade, mas, foi segundo a Sua misericórdia que nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que Ele abundantemente derramou sobre nós por Jesus Cristo Nosso Salvador (Tt 3.5. Ef 2.4-9). Por sermos dEle e por Ele (Fp 2.13, “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”) somos parte integral do candelabro, ou seja, de Cristo. Nesta condição brilhamos por Ele. Por ser parte integral de Cristo, aonde Cristo literalmente é, os Seus serão também (Jo 14.1-3). Aonde vai o cristão, Cristo vai também (I Co 6.15, “Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? ...”). Portanto, “Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei; E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso”, II Co 6.17,18). Conhece a misericórdia de Deus em Cristo? Não pode brilhar aparte de sair dEle, ou seja, ser parte integral dEle pelo arrependimento dos pecados e fé em Cristo.

Nas hastes tinham um número de copos feitos na forma de amêndoas, um botão e uma flor (Ex 25.33-35). Sendo a amendoeira usada para estes botões, copos e flores, a mente é levada a pensar da vara de Aarão que floresceu (Nu 17.6-8). Entendemos por essa representação o fato que Cristo, o Eleito de Deus (Is 42.1), agradou Deus completamente em tudo que fez. Da Sua conceição e nascimento (o copo), pelo Seu batismo e vida na terra (botões), da morte veio a ressurgir e ascender ao Pai (a flor). Pela obediência perfeita Cristo é exaltado soberanamente sobre tudo (Fp 2.8-11) e uma linda flor diante do Pai, sim “a rosa de Sarom, o lírio dos vales” (Ct 2.1). Por Cristo satisfazer Deus completamente Ele assim é declarado o único Caminho, Salvador que pode salvar o pecador arrependido e fazer este ter o fruto que agrada o Pai e trazer este diante do Pai (I Pe 3.18; Fl 4.13). Em outro lugar é ensinado que temos que estar na Vara se desejamos ter qualquer fruto que agrada o Pai (Jo 15.1-8). Uma pergunta: A beleza e adorno da Vida obediente de Cristo estão na sua “haste”?
O propósito do candelabro com as sete lâmpadas acesas é explicado como para “iluminar defronte dEle” (v 37). O candelabro representa Cristo, e as sete lâmpadas representam a perfeição e poder do Espírito Santo na Sua Pessoa e nas Suas obras todas. Pela Pessoa e obra do Espírito Santo estar sem medida em Cristo Ele é a glória desta Luz raia perante o Senhor (40.25). Nesse sentido entendemos a importância de sermos feitos “em Cristo” pois a posição do candelabro é “perante o Senhor”. Em Cristo, não temos uma Luz falha, Cristo realmente raia “perante o Senhor” e é aceito pelo Senhor Deus (Is 53.11). Deus é luz e não há nEle trevas nenhumas (I Jo 1.5). Tampouco existirá qualquer corrupção na Sua gloriosa presença. Se aspirarmos estar perante o Pai na eternidade devemos entender que tudo que não tem a imagem de Cristo será consumido (I Co 3.13-15). Deus é um “fogo consumidor” (Ex 24.17; Is 33.14, “Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor? Quem dentre nós habitará com as labaredas eternas?”; Hb 12.29). Quando aproximamos a Deus, fazemos pelas justiças de Cristo (Hb 10.19). Em tudo disso, é clara a instrução: Se vamos brilhar por Ele e com Ele perante o Senhor, é necessária a salvação por Cristo que “raia perante o Senhor”. Os convertidos precisam entender também que se desejam viver “perante o Senhor” é necessária a contínua mortificação da carnalidade do pecado que habita nos nossos membros (Gl 5-17-24). A glória de Deus está na face de Jesus Cristo (II Co 4.6) e a glória de Cristo raia perante o Senhor. Que Deus nos concede sabedoria espiritual que nos leva a detestar qualquer carnalidade para sermos testemunhas da Luz que raia “perante o Senhor”, a glória de Deus na face de Jesus Cristo!

Os espevitadores e apagadores (v. 38) têm lições importantes que exaltam Cristo e ensina-nos da vida Cristã. Era necessário pôr “em ordem as lâmpadas” (Ex 30.7, 8) toda tarde para que não apagassem durante a noite (I Sm 3.3; Ex 27.20, 21). Para pôr “em ordem as lâmpadas” os espevitadores e apagadores eram necessários. O espevitador era um instrumento usado para aparar o morrão do candelabro. Por ter um espevitador mencionado no contexto do candelabro podemos concluir que existiam pedaços de corda nessas lâmpadas. Como isso é normal podemos também entender que o candelabro precisava de manutenção contínua para brilhar o seu melhor. Sabendo que Jesus Cristo, o Nosso Grande Sumo Sacerdote, ministrando diante de Deus por nós, nunca brilha um dia menos que outro (Hb 13.8) ou necessita de manutenção, a lição que os espevitadores e apagadores ensina, é para nós, pois somos a luz do mundo.

Nossa vida espiritual precisa de manutenção, colocada em ordem, ter o ‘morrão’ tirado constantemente. Pela carne estar sempre conosco, por Satanás não descansar e por causa da carne nos outros somos exortados a pôr “em ordem as lâmpadas” toda manhã e ao pôr-do-sol. As exortações de Deus que perseveramos no caminho estreito e difícil (Lu 8.15; At 2.42; Tg 1.25; II Jo 1.9), que mortificamos a carne (II Co 4.10; Cl 3.5), resistimos à tentação (I Co 10.13; Ef 6.13; Tg 4.7), guardamos a fé (Jd 1.3; I Tm 3.9; Ap 14.12), e de confessarmos os pecados (I Jo 1.7-9) não são para manter-nos salvos. Essas exortações são para manter-nos “em ordem”, para sermos testemunhas brilhantes e úteis para a glória de Deus. Quando o “morrão” é aparado constantemente, podemos não ser apenas cheios de azeite, o Espírito Santo, mas sermos feitos mais e mais conformes à imagem de Cristo, a Nossa Luz.

O espevitador de mortificar a carne tem sido usado recentemente na lâmpada da sua haste? O apagador tem sido usado no seu tempo a sós com seu Deus? Você está brilhando ou o seu melhor está diante de um mundo em trevas? Qual é o pecado que tão perto de você rodeia, ou seja, qual o pecado que mais te atrapalha? A vitória vem por resistí-lo e buscar a graça de Deus para obedecer e ficares firmes (Ef 6.19; Tg 4.7). Que Deus nos ajude a usar os espevitadores para manter a Luz brilhando clara e constantemente para o mundo.

O candelabro foi feito de um talento de ouro puro (v. 39). De certo esses 52 quilos de ouro representam a preciosidade e a suficiência de Cristo como Redentor e Ministrante Divino por nós diante de Deus. Cristo merece todo o louvor de todos para todo o sempre. Por Cristo brilhar defronte de Deus por nós, não há nada faltando em nossa salvação ontem quando cremos, ou hoje, ou amanhã. Cristo satisfaz Deus em tudo. Se a Luz do Evangelho te mostra um pecador condenado diante de Deus, se arrependa dos seus pecados e crê pela fé em Cristo. Cristo é suficiente para te salvar perfeitamente (Hb 7.25).

O candelabro era para ser estritamente feito conforme o modelo de Deus (v. 40). É de extrema necessidade a exatidão da obediência de Cristo como Redentor. Ele tinha que ser sem nenhuma mancha, ser imaculado e incontaminado para ser aceito por Deus como o Sacrifício no lugar dos pecadores (Gl 3.13, 15). Cristo cumpriu toda a obra que o Pai O deu para fazer (Jo 17.4; 19.30) e somos aceitos por Deus no Amado (At 4.12; Ef 1.6).

Se esperarmos ser testemunhas idôneas e brilhar Cristo, precisamos atentar para fazer tudo conforme o Modelo em doutrina, adoração e obediência (Ef 5.1; Hb 6.12).

Depois do Pentateuco, o candelabro é mencionado somente duas vezes. Em I Sm 3.3 o candelabro está mencionado num contexto de julgamento sobre a casa de Eli. Pode nos ensinar que a luz sondadora de Deus trata dos Seus discípulos. Além da Luz nos guiar, Ela também revela em nós aquilo que é abominável a Deus. (Hb 12.7,8).

A segunda vez que o candelabro é mencionado é Dn 5.5. Neste caso o candelabro está num contexto de julgamento imediato sobre Belsazar. Sem dúvida nenhuma há nisso uma lição para os não convertidos. A Luz resplendente que manifesta agora o único caminho ao Pai virá um dia com o esplendor da Justiça. Naquele dia, como Belsazar, o pecador se tremerá. É melhor se arrepender dos pecados e crê pela fé em Cristo agora do que receber o julgamento imediato de um Fogo Consumidor no dia do julgamento.

Autor: Pr Calvin Gardner

Tabernáculo - A Mesa com o Pão no Lugar Santo - Cap. 18


ÊXODO 25.23-30; 3737.10-16; LV 21.16-24; 24.5-9

No Lugar Santo foram três das sete peças de móveis feitas para o tabernáculo. Dentre essas três peças era a mesa da proposição (Nm 4.7; II Cr 29.18), chamada também a mesa de madeira de acácia (Ex 25.23; 37.10), a mesa pura (II Cr 13.11), a mesa do Senhor (Ml 1.12) ou simplesmente, a mesa (Hb 9.2). No templo, a sua importância é notada pois é determinada “a mesa que está perante a face do Senhor” (Ez 41.22). Mesas pela Bíblia representam aceitação e comunhão (II Sm 9.7-13; Lc 22.30). Essa mesa da proposição é de grande importância pois “está perante a face do Senhor.” Quem participa desta mesa tem direito a estar na presença do Senhor. Sabemos que Cristo é o Pão da Vida e por Ele temos ousadia a entrar na presença do Senhor (Hb 10.19-22).

No Lugar Santo só entrava o sacerdote e a sua família. Isso nos ensina que qualquer ministério para Deus tem que ser por Cristo e em Cristo, o nosso grande sumo Sacerdote. Graças à Deus que por Ele somos feitos sacerdotes (I Pe 2.9). Só por Cristo entramos no Lugar Santo. Ninguém, melhor intencionado que seja, pode ministrar a Deus. Não somente entrava o sacerdote e sua família, mas nenhum da sua família “em quem houver alguma deformidade” se chegava aí (Lv 21.16-24). O ministrante público, que Deus aceita e abençoa, tem que ser um vaso com uma clara testemunha de Cristo. Porém, quando veio o tempo de comer o pão, toda a família do sacerdote podia comer. Tão claro é o ensinamento, que Deus deseja santidade nos seus ministrantes públicos quando oferece o pão, ou seja, quando ministra Cristo, o Pão da Vida (I Tm 3.1-7). Porém, na vivência, alimentação, e confraternização com Deus, no comer do pão, todos são iguais em Cristo (Cl 3.11, “Cristo é tudo em todos.”).

Uma mesa com alimentação atrai a atenção de pessoas e incentiva o apetite. Também nos promete confraternização. Essa mesa com o pão da proposição não era diferente. Sendo no Lugar Santo no tabernáculo sabemos que tudo apontava a Jesus Cristo por Quem Deus habita no meio do Seu povo. Essa mesa com o pão da proposição significava Cristo, o Pão da Vida, pelo qual seu povo, comendo espiritualmente, tenha vida e comunhão com Deus. Entendendo que somente os sacerdotes e as suas famílias comiam deste pão (Mt 12.4) entendemos que a comunhão que os cristãos têm entre si é por todos estarem em Cristo (I Jo 1.3).

As medidas desta mesa (Ex 25.23), a sua altura (1,5 côvados) eram iguais à arca da propiciação no Lugar Santíssimo, enquanto a sua largura e o seu comprimento eram menores do que às da arca. A comunhão que temos em Cristo é realmente comunhão com o próprio Deus. Porém, a inteira largura e profundidade dessa comunhão são limitadas por estarmos ainda na carne, nessa peregrinação terrena. Que benção de sermos levados à presença real de Deus por Cristo, e que desafio temos em aprender tudo que podemos das glórias de Deus em Cristo (II Co 3.18; Cl 3.10). Também podemos entender pelas medidas da mesa que a mesa do pão da proposição é limitada. Não são todos os que desejam aproximar a ela que podem, mas somente o sacerdote e a sua família (Mt 12.4; Lv 24.9). Ainda mais, a participação nesta mesa não era para todos os sacerdotes e seus filhos, mas restrita para o sacerdote que ministrava e sua família. Isso claramente representa que a Ceia do Senhor, na mesa do Senhor, como ordenança da igreja seja limitada somente aos membros daquela igreja que está administrando-a (I Co 5.11-13).

O pão da proposição significa literalmente “as faces apresentadas” (# 6440, Hebraica, Strong’s). Este “pão sagrado” (I Sm 21.4-6) e “pão contínuo” (Nm 4.7) significa a aceitação de Deus por todos que comem e deleitam-se com Cristo (Jo 6.31-40; 10.9). O pecador arrependido que confia pela fé na vitória de Cristo sobre o pecado e a morte como a sua vitória pode com “rosto descoberto” entrar e sair e achar pastagens (Jo 10.9,10; II Co 3.18). Graças a Deus pela aberta comunhão com Deus por Jesus Cristo.

E essa comunhão aberta com Deus por Cristo não é somente por ter comido Cristo no passado, mas por comer dEle constantemente. A mesa com o pão foi levantada e carregada junto com o povo aonde Deus guiava. As argolas representam a eternidade de Cristo e as varas levantando e carregando a mesa representam a constante presença de Cristo aonde Ele nos guia. Mesmo na presença dos nossos inimigos uma mesa é preparada e assim temos comunhão plena com Deus mesmo nas adversidades (Sal 23.5). Cada sábado doze pães foram feitos, cada um de duas dízimas da flor de farinha. Foram colocadas em duas fileiras e sobre cada fileira foi posto incenso puro “para que seja, para o pão por oferta memorial; oferta queimada” “ao Senhor.” Todas das tribos ao redor do tabernáculo foram representadas nestes pães. Isso representa claramente que “Cristo é tudo em todos” (Cl 3.11). Cada sábado foi feito novos pães (Lv 24.5-9). Somos renovados na imagem de Cristo enquanto comemos do conhecimento dEle diariamente (Cl 3.10; II Co 3.18).

Quando a mesa, os seus pertences, e o pão foram mudados para outro lugar, eles foram cobertos (Nm 4.7-8). A mesa foi somente vista pelos sacerdotes. Os que comem de Cristo são os únicos que vêem a glória da Sua santidade. Uma pele de texugo cobria por último a mesa nos mostrando que a vida nutrida por Cristo não é vistosa pelo mundo. Como a pele de texugo protegia a mesa e o pão dos efeitos do deserto, entendemos que a Sua santidade repele tudo o que é mundano.

Cristo é o Pão (Jo 6.35, 48, 53-58, 63). Para o mundo e para nós mesmos morremos, mas por Ele vivemos (Gl 2.20). Tem comido de Cristo?

Autor: Pr Calvin Gardner

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Modelos de Vestes para Adoração

Boa noite, segue abaixo alguns modelos que você pode copiar ou até mesmo adaptar para Ministérios de Adoração, Coreografias, entre outros...







segunda-feira, 9 de julho de 2012

Tabernáculo - Os Querubins no Propiciatório - Cap. 17


ÊXODO 25.18-22; 37.7-9


Querubins pela Bíblia
Não devemos confundir querubins com serafins (Is 6.2-6). Estes têm seis asas e particularmente estão associados com louvor. Os querubins são diferentes em número de asas e em ação. Ainda existem os anjos ministrantes (Hb 1.14; Dn 6.22; Mt 18.10; Lu 16.22; At 5.19), e arcanjos (Lu 1.19; Dn 9.21; Jd 1.9).

Podemos aprender muito de um assunto examinando como está usado na Bíblia. A primeira referência na Bíblia ao querubim é Gn 3.24. O seu lugar ao oriente do jardim do Éden, com uma espada inflamada, para guardar o caminho da árvore da vida, ou seja, para que o homem lançado fora, fique fora. Alguns estudiosos entendem com isso que a obra dos querubins era de verificar que o julgamento proferido por Deus contra Adão e Eva fosse feito. Pode ser isso mesmo.

Também estão relacionados com a habitação de Deus com Seu Povo - Ex 25.22, “e ali virei e falarei contigo ... do meio dos dois querubins”; I Sm 4.4, “a Arca da Aliança do SENHOR dos Exércitos, que habita entre os querubins”; II Sm 6.2, “Senhor dos Exércitos, que se assenta entre os querubins”; II Reis 19.15, “O Senhor Deus de Israel, que habita entre os querubins”; I Cr 13.6; Sl 80.1; 99.1; Is 37.16.

Também estão relacionados com a comunicação de Deus ao Seu povo - Ex 25.22, “e ali virei e falarei contigo ... do meio dos dois querubins”. Isto é notado na dedicação do tabernáculo por Moisés. Moisés entrava na tenda da congregação para falar com Deus. Moisés “ouvia a voz que lhe falava de cima do propiciatório,... entre os dois querubins”, Nm 7.89; I Cr 13.6; Também estão relacionados com o privilégio de ficar próxima da presença poderosa de um Deus Santo – II Sm 22.11, “E subiu sobre um querubim, e voou” (Sl 18.10); Ez 1.26-28, formar o trono de Deus; 10.1-22, visão dos querubins; 28.14, Lúcifer.

No Novo Testamento a palavra querubins é usada uma vez só como sendo parte do Tabernáculo – Hb 9.5. Mas seres que poderiam ser querubins estão relatados em Apocalipse 14.6-11 e outras instâncias do julgamento de Deus sendo derramado.

A Aplicação para Nós Hoje
Somando tudo que fala dos querubins pela Bíblia podemos resumir que eles representam a autoridade e poder judicial de Deus.

Pelo fato que os querubins estão no jardim do Éden, supervisionando que o julgamento contra o homem seja cumprido devemos aprender que o julgamento dos pecados é certo. O caminho para a vida eterna é barrado. O pecado do homem causou essa grande separação (Is 59.1-3). Não há como chegar a Deus sem responder pelo julgamento dos pecados. Pelos querubins serem feito de uma só peça com o propiciatório, e pelo sangue da expiação ser aspergido nesse, é apontado Cristo Quem de Si deu a Si mesmo na cruz, recebendo assim o julgamento do pecado de todo pecador arrependido (II Co 5.21; Tt 3.5; I Pd 1.18-21). Se os querubins representam a autoridade e poder judicial de Deus, por eles serem parte integral do propiciatório, sabemos que o pecador arrependido pela fé em Cristo pode chegar a Deus, até com ousadia (Hb 10.19). As duas testemunhas testificam dessa verdade.

Não há doutrina ou obra de igreja alguma nem intenção fervorosa e sincera suficiente para ultrapassar a espada inflamada do querubim que guarda o caminho para a vida. Não há obediência das Escrituras nem há manejo de ofícios em uma igreja verdadeira que podem substituir o necessário para ser declarado justo por Deus, ou seja, o arrependimento do pecador dos seus pecados e fé de coração na morte de Cristo. “Sem Mim, nada podeis fazer” (Jo 15.5). A justiça de Deus é satisfeita somente e eternamente por Jesus Cristo. Você tem como enfrentar a justiça de um Deus Santo?

Por ter muitas referências relacionando os querubins com a habitação, a glória e a presença de Deus e tudo isso no tabernáculo, podemos entender que somente pode o pecador ir a Deus por Cristo, e, também Deus somente relaciona-se com os remidos por Seu Filho, Jesus Cristo. Os querubins ensinam a salvação e a santificação.

A Salvação
Somente pode ter o pecador “ousadia para entrar no santuário” se for “pelo sangue de Jesus” (Hb 10.19-23). Cristo é a verdadeira habitação de Deus, o “Deus conosco” (Mt 1.23). Em Cristo “habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9). Como Deus habitava “entre os querubins”, Ele habita plenamente na pessoa de Cristo. Se o pecador não confia de coração em Cristo, o Salvador, deixa de ter esperança de conhecer a habitação de Deus e a glória de Deus. Ninguém pode entrar na presença de Deus rejeitando Cristo como o Deus conosco e o único Salvador dos pecadores arrependidos. Ao pecador que é cansado e oprimido pelos seus pecados, a mensagem desde o Velho Testamento é: Arrependei-vos e crede em Cristo. Apenas por Cristo o pecador terá a presença e a glória de Deus no seu coração como a presença e a glória de Deus habitavam entre os querubins.

A Santificação
A presença de Deus “entre os querubins” ensina da santificação dos que são salvos para Cristo. Somente por serem redimidos não quer dizer que os salvos estão sempre propícios para Deus se manifestar neles. O salvo peca e freqüentemente quebra a comunhão com o Pai. Com pecado em suas vidas, entristecem e extinguem o Espírito Santo e, portanto, a manifestação da Sua presença se ausenta. Para ter a expressão da presença de Deus na vida é necessário uma constante sondagem e lavagem pela Palavra de Deus (Sl 139.23, 24; I Jo 1.9). Como diz dos salvos em Hebreus 10, “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa” (v. 22). Tanto mais purificados os salvos, mais conforme à imagem de Cristo estão feitos.

O julgamento dos pecados é feito por Cristo. Ele é nossa justificação (representada pelo propiciatório). Isso nos dá direito para termos acesso a Deus. Com a constante lavagem, somos purificados para gozar a presença da Sua glória, autoridade e poder judicial em nossas vidas, ou seja, a manifestação aberta de Cristo em nossas vidas (representado pelos querubins do propiciatório).

Pelos querubins estarem no lugar Santo dos Santos é ensinado que o lugar onde a presença de Deus se manifesta deve ser reverenciado. Além da nossa santificação pessoal, o culto público que visa agradar Deus merece a mais alta veneração e acatamento solene. O lugar Santo dos Santos não era lugar de exposição da carne de nenhuma forma. A invenção do homem e a Arca da Aliança nunca se mesclaram (I Sm 5.2-4; II Sm 6.6-8). Portanto, onde a Palavra de Deus é aberta e Cristo pregado, a nossa atitude de coração, em qual habita Deus pelo Espírito Santo, deve ser de humilde submissão e pura adoração que visa obedecer e amar a Sua Palavra. Nada da carne do homem é aceito por Deus. Usamos os nossos corpos para cultuar a Deus, mas a sensualidade, excitação emocional, gritaria, e, em fim, tudo que é da carne, não agrada Deus. “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”, Jo 4.24.

Considerando que os querubins faziam parte integral do propiciatório de ouro puro, e por eles apontarem a Cristo, a nossa adoração e a santificação da nossa vida particular devem refletir o respeito do mais alto e solene grau para com a pessoa e obra de Cristo. Nunca devemos brincar com o nome da divindade, nem usá-lo de forma casual. Cristo é a menina dos olhos de Deus (Pv 8.30; Zc 2.8). Portanto, para agradar a Deus é lícito todo respeito ao nome de Cristo. Para o cristão maduro, é precioso (I Pd 2.7). Como vai o seu tratamento de Cristo, por Quem temos a presença manifesta de Deus em nós?

Lembrando ainda mais do fato da Arca da Aliança estar no Santo dos Santos, o nosso manejo do templo dEle, ou seja, o nosso corpo (I Co 6.19; II Co 6.16), deve ser de separação cuidadosa que não permita nada que desagrade Deus, o Verdadeiro Santo dos Santos (I Sm 2.2, “Não há santo como o SENHOR”). O que entra nele, o que veste nele, onde se leva ele, com quem se associa a ele, tudo deve ter a consideração da Sua santidade. A presença de Deus está em nós. Não contradiz pela sua vida, o que Ele é no seu coração!

Pr. Calvin Gadner

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Tabernáculo - Propiciatório de Ouro Puro - Cap. 16


ÊXODO 25.17-22; 37.6-9

O propiciatório de ouro puro se encontra tanto no Velho Testamento como no Novo Testamento revelando assim a sua relevância para nós hoje. Não que precisamos nos ocupar de ter uma lâmina de ouro puro 1.15 m por 70 cm nas nossas casas ou igrejas hoje, mas o significado dessa peça importantíssima no Tabernáculo é necessário ocupar espaço em nossos corações. É esperado que aprendamos melhor da extraordinária obra de Cristo no estudo desse propiciatório.

O propiciatório é uma peça distinta e separada da Arca da Aliança. Existem mais usos da frase “Arca da Aliança” pela Bíblia (não menos de 46 vezes) do que o uso da palavra “propiciatório” (não menos de 23 vezes). Todavia existem oito vezes na Bíblia o “propiciatório” como uma peça separada (Ex 25.17-22; 31.7; 35.12; 39.35; 40.20; Lv 16.2; Nm 7.89; I Cr 28.11). Se os homens santos que o Espírito Santo usou para escrever inspiradamente a Bíblia minutassem os casos do propiciatório ser usado separadamente da própria Arca, podemos estudar essa peça separadamente da Arca da Aliança com bom proveito.

A posição que o propiciatório ocupava no tabernáculo era sobre a arca do testemunho no lugar santíssimo (Ex 26.34). Assim é reconhecida a reverência e temor que todos devem ter à respeito dele, materialmente na época do Velho Testamento e espiritualmente na nossa época. A sua importância também é sugerida pelo fato que a sua existência no lugar Santo dos Santos era uma referência para a colocação correta de outras peças (Ex 30.6). O significado espiritual dessa peça deve ter a posição correta em nossas vidas. A posição correta em nossas vidas é fundamental para todo o resto da nossa comunhão com Deus e para nossa adoração constante à Deus.

A Utilidade do Propiciatório – A Presença de Deus – Ex 25.22, “E ali virei a ti”; Lv 16.2
A utilidade do propiciatório de ouro puro era que sobre ele a presença de Deus se manifestava (Lv 16.2). A presença visível do Deus que é Espírito (Jo 4.24) é Cristo (Cl 1.15, “O qual é imagem do Deus invisível”)! A “expressa imagem da Sua pessoa” é Cristo (Hb 1.3)! Deus aparecia na nuvem sobre o propiciatório e a revelação do Novo Testamento aponta claramente que a presença de Deus hoje está em Cristo. Por essa razão temos que verificar que Cristo tem o lugar propício na nossa fé se qualquer pecador quer ser salvo. Não há outro nome dado debaixo do céu (debaixo da “nuvem sobre o propiciatório”, Lv 16.2), dado entre os homens, pelo qual devemos ser salvos (At 4.12). Não é o Espírito Santo que deve ser crido, nem o Pai, mas sim, pelo Filho, Jesus Cristo. Deus nunca foi visto por ninguém, mas Deus foi revelado por Cristo (Jo 1.18)! A salvação não é através de um determinado ‘batismo’, uma cala fria, uma conseqüência, sonho, ou outra qualquer experiência subjetiva que deve ter destaque. A salvação é somente pelo arrependimento dos pecados e pela fé de coração na Pessoa e obra de Jesus Cristo o Senhor e Salvador (At 16.30, 31, “E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? 31 E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa”). Se desejar ter a presença de Deus na sua vida, é necessário ter Cristo no lugar santíssimo do seu coração. Se desejar gozar da plena presença de Deus no céu é necessário ser de Cristo. Ninguém vai ao Pai senão por Ele (Jo 14.6).

A Utilidade do Propiciatório – A Comunicação de Deus – Ex 25.22, “e falarei contigo”; Nm 7.89
A utilidade do propiciatório de ouro puro é entendida quando se percebe que foi o lugar que Deus comunicava com Moisés, (“falava de cima do propiciatório”, Nm 7.89). Outra vez percebemos que o propiciatório aponta à uma obra de Cristo. O Novo Testamento revela claramente que Cristo é essa comunicação de Deus. Cristo é o Verbo eterno! Cristo é o Verbo divino! Jo 1.1 diz “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Um ‘verbo’ é que é parte de um código usado para transmitir algo entre pessoas. É comunicação. Portanto, a comunicação de Deus para o homem é Cristo! Por isso Cristo é chamado “Palavra” em I Jo 5.7, Cristo é a “Palavra da vida” tocado, visto e ouvido pelos Apóstolos do Qual eles testificaram (I Jo 1.1). O apóstolo João revela a vitória final de Deus sobre Satanás, o pecado e de tudo que insta contra Deus. Essa vitória é somente por Aquele chamado “Fiel e Verdadeiro”; o nome desse que traz a vitória de Deus é a “Palavra de Deus” (Ap 19.12, 13). Verdadeiramente não ouvimos nada de Deus, não temos nenhuma parte da vitória de Deus, não tocamos nada de Deus se perdemos a Sua comunicação: o Jesus Cristo. Nesta maneira se vê a extraordinária importância do significado do propiciatório de ouro puro.

A Utilidade do Propiciatório – A Habitação de Deus I Cr 28.11
A utilidade do propiciatório de ouro puro é reconhecida quando entendemos que a soma do Tabernáculo era chamada “a casa do propiciatório” (I Cr 28.11). O propósito do Tabernáculo era “um santuário” onde Deus prometeu “habitarei no meio deles” (Ex 25.8). Pela totalidade do Tabernáculo ser resumida como “casa do propiciatório” entendemos a sua extraordinária importância. E apontado a nós que se esperamos ter a habitação de Deus conosco ou, se desejamos habitar com Deus, será somente por Cristo. Não há esperança nenhuma a pensar que Deus habita conosco e não podemos esperar habitar com Deus no céu se perdemos Cristo agora. É do agrado do Pai que toda a plenitude da divindade habitasse em Cristo (Cl 1.19; 2.9). Por isso a lâmina era de ouro puro. Deus habita em Cristo e pela obra de Cristo na cruz há uma eterna e completa reconciliação com Deus (II Co 5.19-21). Se perdemos o propiciatório perdemos a habitação de Deus! Verifique já se conhece Cristo Jesus como o seu Senhor e Salvador.

Lembre-se que o lugar do propiciatório era no Lugar Santíssimo sozinho com a Arca da Aliança. Deus não admite compartilhar a Sua presença, a Sua comunicação e a Sua habitação com qualquer outro, seja anjo, homem ou potestade.

A Significação de Propiciatório – Coberto
A palavra propiciatório simplesmente significa coberto. Há três passagens no Novo Testamento que mostra essa beleza que Cristo é esse propiciatório de ouro fino sobre o qual habita Deus. Considerando essas três referências entendemos uma verdade eterna. A primeira referência é Ro 3.25-26, “Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.” A segunda referência é I Jo 2.2 que diz de Cristo, “E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” A terceira passagem é I Jo 4.10 que diz, “Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.” Resumindo essas três passagens aprendemos: Cristo é o propiciador para o pecador ser feito “propício” (fazer favorável) a Deus, e, pelo sangue de Cristo Deus é feito “propício” (fazer favorável) para com o pecador. Cristo, sendo o nosso substituto, assumindo os nossos pecados, expiando-se por nossa culpa “cobriu” todos aqueles que se arrependam e crêem nEle pela fé. Por Cristo ser a propiciação dos nossos pecados a ira de Deus é apagada ou aplacada.

Se tem o sangue de Cristo cobrindo os seus pecados? Não se satisfaça com uma experiência rara ou marcante, uma mudança radical, um sentimento extraordinário ou por uma palavra de qualquer homem nascido de mulher. Basta ter o ‘propiciatório’ – Cristo - e terá a presença de Deus contigo, ouvirá a Sua Palavra, será a habitação de Deus e a habitação de Deus será sua pela eternidade.

Se tem o sangue de Cristo cobrindo os seus pecados? Se tiver o propiciatório sobre os seus pecados, como o propiciatório de ouro puro era entre a nuvem e a lei do testemunho (Ex 25.21; Gl 3.13; 4.4,5), a sua vida deve ser santa como o propiciatório se posicionou num lugar santo. Sem Cristo nada é feito mas por Cristo podemos fazer tudo que devemos (Fp 4.13). O nosso corpo não é como o Lugar Santíssimo que continha somente a Arca da Aliança e o propiciatório de ouro puro. Em nosso corpo habita ainda, junto com Cristo, a carne. Por termos a carne, ainda lutamos em fazer o que deleitamos a fazer, ou seja, a lei de Deus (Rm 7.22). Enchei-vos do Espírito Santo (Ef 5.18) e andai no Espírito (Gl 5.25) e assim não cumpriremos as concupiscências da carne. Nessa maneira seremos testemunhas melhores.

Autor: Pr Calvin Gardner