quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Tabernáculo - Porta da Tenda - Cap. 26


EX 26.36-37; 36.37-38

O Primeiro Véu e O Céu
A “Porta da Tenda” é entendida a ser o ‘primeiro’ véu do Tabernáculo. Essa porta é antes do “Segundo Véu” (Hb 9.2,3), portanto é o “Primeiro”. Essa porta, o primeiro véu, abria para a primeira parte do Tabernáculo onde os sacerdotes cumpriam “os serviços” (Hb 9.6-10). Desde que o Tabernáculo representa, em figuras, a nossa salvação feita no céu, a “Porta da Tenda” e os próprios serviços na tenda nos ensinam verdades espirituais.
Como é mister andarmos no temor de Deus diante de tais verdades gloriosas! O Grande Sumo-Sacerdote, Jesus Cristo, ministrando nos gloriosos serviços para a nossa salvação e vida espiritual contínua. Ele é a luz do Candelabro; Ele é a nossa nutrição espiritual no Pão da mesa da proposição; Ele é a fonte da Oração perfumada subindo constantemente do Altar do Incenso para Deus. Para entrarmos nesse santuário, para crescer espiritualmente, e para servir o verdadeiro Deus, temos de entrar por Jesus Cristo, a Porta da Tenda. Procurando servir Deus de outra forma traz maldição (Gl 1.8, 9), e condenação (Jo 3.36).
Sim, devemos buscar primeiro o reino de Deus (Mt 6.33). Devemos ser espirituais atentando nas coisas que se não vêem (II Co 4.18), ou seja, devemos andar pela fé. Para ver as glórias do céu e reconhecer todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais que temos em Cristo, devemos andar no Espírito (Gl 5.16-18, 24-26).
Está olhando a Cristo! Está andando no Espírito?

O Evangelho e A Porta
No Tabernáculo agora e depois no Templo de Salomão, todas as glórias de Deus reveladas por estas estruturas estavam fora da vista do povo. A gloriosa presença e reluzente glória de Deus estavam escondidas! O maravilhoso serviço do Sumo Sacerdote, o Mediador, não foi conhecido por perto, pois estava escondido atrás desta Porta da Tenda. A constante luz do candelabro, a posição do pão da proposição, e o cheiro do incenso poderiam ser apenas imaginados pelo povo. As figuras são gloriosas em significado, mas o verdadeiro e atual mais glorioso ainda. Tanto a glória da figura quanto o maravilhoso e estupendo resplendor do Verdadeiro são escondidos de todo o povo a não ser pelo Evangelho.
É pelo Evangelho que todo essa glória é trazida à luz e à revelação. O evangelho é Cristo (I Co 15.1-4)! Cristo, o “Deus conosco”, é a atual presença da Imagem de Deus e o verdadeiro resplendor da Sua glória (Mt 1.21; Hb 1.3). Cristo é o Sumo Sacerdote e o Mediador que cumpre todo o serviço no céu (I Tm 2.5,6). Ele é a nossa Luz (Jo 8.12). Cristo é o nosso Pão, a nossa comida espiritual (Jo 6.53-63). Cristo intercede por nós, assim sendo o nosso Incenso queimando no altar de incenso e que sobe ao céu (Jo 17.9-11; Hb 7.22-25).
Se qualquer pessoa tiver esperança alguma para participar da natureza Divina, escapar da corrupção que pela concupiscência que há no mundo, é necessário estar em Jesus Cristo. Por isso o apóstolo Pedro nos ensina que a graça e paz nos são multiplicadas pelo conhecimento de Deus e de Jesus nosso Senhor. Não podemos conhecer tudo o que diz respeito à vida e piedade sem o conhecimento de Deus por Jesus Cristo. Se não passarmos pela “Porta da Tenda” não podemos conhecer nem servir Deus (II Pe 1.1-6).

A “Obra de Bordador’ e a “Obra Prima”
Êxodo 26.36 nos diz que a porta da tenda será “de obra de bordador”. Êxodo 26.31 diz que o segundo véu, ou o véu do tabernáculo, será de “obra prima”. Êxodo 27.16 diz que a porta do pátio será de “obra de bordador”. A diferença da “obra de bordador” e da “obra prima” tem algo para nos ensinar da vida espiritual. A “obra de bordador” é uma obra de agulhas e a “obra prima” de tecelagem. A “obra de bordador” fará que a porta tenha somente um lado com enfeite enquanto a “obra prima” fará que o véu do Tabernáculo tenha ambos dos dois lados com enfeites.
O significado parece ser isso: quando entramos pela Porta do Pátio e pela Porta da Tenda entramos com um olhar intenso para frente, ou seja, para aquilo que vem depois da nossa entrada. Quando, pelo corpo de Cristo, o Véu do Tabernáculo, entramos direto na presença de Deus no lugar santíssimo para ficar. Adoramos a Deus constantemente neste lugar glorioso. Olhamos-nos ao nosso redor contemplando as glórias de Deus e do Seu Filho Jesus Cristo. Relembramos-nos da glória de Cristo ensinada pelas cores deste Véu e exaltamos Cristo satisfazendo a autoridade e poder judicial representada pelos querubins neste Véu.
Aquilo que nos relembra da autoridade e poder judicial é a imagem do querubim que somente está feita de obra prima no Véu do Tabernáculo. A ausência do querubim na porta do pátio e na porta da tenda parece nos ensinar, para o pecador arrependido, a compaixão de Deus. Ao pecador arrependido, já convicto da sua culpa, não é necessário mostrar o Seu poder judicial. Todavia este necessita a compaixão de Deus através de Jesus Cristo. Ao pecador cansado do seu pecado Jesus diz: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve”, Mt 11.28-30. Virá a Cristo Jesus?

A Porta da Tenda e A Responsabilidade Pessoal
Há grande valor monetário nos móveis do tabernáculo. Há grande beleza nas cortinas que cobrem o tabernáculo. Nesta Porta da Tenda, não existe maneira de barrar os ladrões ou pessoas mal intencionadas de aproveitar criminalmente as suas glórias. A proteção é a vigilância dos próprios sacerdotes. Isso nos lembra a responsabilidade dos pastores nas suas igrejas e os cristãos dos seus testemunhos. Os pastores devem olhar por eles mesmos e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo os constitui bispos. Este olhar é para apascentar aquilo que Cristo resgatou com o Seu próprio sangue (At 20.28). Este olhar não é pelo lado social das ovelhas, mas pelo lado espiritual delas. As belezas de Deus em Cristo são conhecidas e protegidas pela declaração e obediência à doutrina que foi dada uma vez aos santos pelos próprios discípulos da Verdade (I Tm 4.16; Jd 1.3). Cristo também Se empenha pois Ele está conosco “até o consumação dos séculos” e compadecendo por nós perante a face de Deus (Mt 28.20;Hb 9.24).
Deus é glorioso e Onipotente. Ninguém pode mudá-Lo. Todavia, o testemunho nosso dEle pode ser roubado se não vigiamos a nós mesmos (I Tm 1.19). Portanto, seja vigilante e não ignore os ardis de Satanás (II Co 2.11; I Pe 5.8, 9) nem confie no seu coração que é enganoso (Jr 17.9).

Autor: Pr Calvin Gardner

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Tabernáculo - Véu - Cap. 25


ÊXODO 26.31-37
Introdução
O titulo dessa mensagem sobre o véu do Tabernáculo poderia ser: De Separação À Entrada Ousada. O véu era posicionado entre o santuário, onde o sacerdote ministrava pelos outros, e o lugar santíssimo, onde Deus habitava entre os querubins sobre o propiciatório da arca do testemunho ou da aliança. Fez separação entre o que não era santo e Aquele que é santíssimo.
O Tabernáculo, com todas as cerimônias ritualísticas, não passou a ser nada mais além de “a sombra dos bens futuros” (Hb 1.1; 10.1). Por mais bela a sombra esteja, ela não é o Verdadeiro.
O véu do Tabernáculo representava uma triste verdade: o homem é pecador e é vedado O caminho para ele ir sozinho a Deus (Ex 26.33; Lv 16.2, “que não entre no santuário em todo o tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque Eu aparecerei na nuvem sobre o propiciatório”; Is 59.1-3, “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”; Rm 3.23, “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”).
Enquanto o véu ficava no seu lugar a consciência pesada do homem existia. Enquanto o véu separava o homem pecador do Deus santo, o pecador teve medo do julgamento do seu pecado por este Deus que é um fogo consumidor (Hb 10.2,3).
A entrada ousada na presença deste Deus é uma realidade hoje através de umas condições, condições estas que foram preenchidas completamente e somente por Jesus Cristo.

O Material Usado na Construção do Véu do Tabernáculo – Ex 26.31
O véu do Tabernáculo era feito de linho fino torcido com azul, púrpura, carmesim, com a imagem de querubins de obra prima bordada nele. Desde que tudo no Tabernáculo eram sombras ou tipos simbólicos de Cristo, esse material apontava ao Cristo.
O azul representava: Natureza Celestial de Cristo, Cristo O Espiritual, ou homem celestial, I Coríntios 15.47,48; João 1.18; Hebreus 7.26; a origem celestial de Cristo.
A púrpura representava: Realeza, Soberania de Cristo, o “Rei dos reis, e Senhor dos senhores”, Apocalipse 19.16; Marcos 15.17-18.
O carmesim representava: Sacrifício, Apocalipse 5.9-10; Números 19.6; Levítico 14.4; Heb 9.11-14, 19, 23, 28.
O linho fino representava: Justiça, Cristo é o Justo, e os que são dEle tem a Sua justiça, II Coríntios 5.21; Apocalipse 19.8; I Coríntios 1.30. Sendo torcido, era dobrado o fio seis vezes fazendo o véu grosso e pesado (Gill).
O branco, do linho fino torcido representava: perfeição, pureza e santidade de Deus em Cristo, e aos que são lavados no sangue de Cristo (Ap 7.9-17; Sl 132.9).
Os querubins representavam: somando tudo que fala dos querubins pela Bíblia podemos resumir que eles representam a autoridade e poder judicial de Deus (Gn 3.24). Não há como chegar a Deus sem responder pelo julgamento dos pecados. Pelos querubins terem presença no véu do Tabernáculo entende-se que a entrada à presença de Deus é somente através do julgamento dos pecados. Assim aponta ao Cristo: O Espiritual com natureza celestial (azul), O Soberano (púrpura), O Sacrifício idôneo (carmesim), O Justo (linho fino) e O Perfeito (branco do linho fino). Cristo, nessas qualidades, deu-Se a Si mesmo na cruz, recebendo assim o julgamento do pecado de todo pecador arrependido (II Co 5.21; Tt 3.5; I Pd 1.18-21) e repassando à estes as Suas justiças (II Co 5.21; I Pe 3.18).

A Posição do Véu no Tabernáculo – Ex 26.32-35
O véu do Tabernáculo fazia separação entre o santuário e o lugar santíssimo. Dentro do véu era a Arca do Testemunho. Fora do véu eram a mesa e o candelabro.
O véu do Tabernáculo foi pendurado debaixo dos colchetes sobre quatro colunas de madeira de Acácia, representando a humanidade incontaminável de Cristo. Essas colunas eram cobertas de ouro, representando a divindade pura de Deus. Cristo é tanto homem quanto Deus, fatos declarados pela simbologia destas colunas que existem para que o véu do tabernáculo fosse pendurado.
As bases que fixava as colunas no lugar eram de prata. Prata representa a redenção por ser ela a moeda da expiação (Levítico 5.15; 27.3; 6,16; Êxodo 30.12-16; Números 18.16).
O fundamento destas bases era a redenção. A redenção, representada pela prata, é a base da encarnação de Cristo, representado pelas colunas. A entrada à presença terrível de Deus é somente pelo julgamento dAquele que é Celestial, Soberano, o Puro Sacrifício Eterno e Justo, o Único que pode agradar a Deus, o Seu Filho Unigênito, O Jesus Cristo.

A Representação do Véu do Tabernáculo – Hb 10.1-23; Is 53.10-12
O véu a todos mostrava a separação do homem do Santo Deus. Por Deus ser santo, e o homem ser destituído da glória de Deus, ou seja, da glória da santidade, há separação (Is 59.1-3).
O véu mostrava a maneira de aproximação do homem pecador para o Santo e Glorioso Deus. Essa aproximação era somente por um sacerdote idôneo e somente com sangue (Lv 16.14; Jo 9.7, 14).
Cristo é Quem foi representado pelo véu do Tabernáculo (Hb 10.19, 20, “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,”; Ef 2.12-16; Cl 2.13-15; 3.7-11). Cristo é a Entrada – Isa 53.10, 11. Por Ele, o pecador arrependido e crente pela fé em Cristo Jesus, não apenas tem entrada à presença de Deus, mas, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus (Hb 10.19).
Cristo, em Hb 10.10-23, é o grande Sacerdote que se ofereceu a Si mesmo como o verdadeiro sacrifício aceitável que purifica os nossos corações da má consciência (v. 12-14, 21, 22). Ele é o sangue que abriu o caminho pelo véu (v. 19), sendo Ele mesmo o próprio véu e o Caminho novo e vivo a Deus (v. 20; Jo 1.29; 14.6). Tudo o que Ele é foi aceito pelo Pai e percebemos isso na Sua morte (Mc 15.38, “E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo”), na Sua ressurreição (At 17.30,31, v. 31, “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos), e na Sua ascensão (Jo 7.39; At 2.31-36, v. 33, “De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis”).
Por Cristo ser tudo na aproximação do pecador remido a Deus, somos incentivados a reter firme a confissão da nossa esperança, a estimular uns aos outros às boas obras e congregar sempre que temos oportunidade; porque fiel é Ele que prometeu tais bênçãos (v. 23-25).

Conclusão
Cristo é a gloriosa e única entrada à presença de Deus. Ele é somente a entrada para os que se arrependeram dos seus pecados e creram nEle pela fé. Como é contigo e Deus? É ainda separado, ou tem ousadia para entrar? O diferencial é Cristo, o próprio véu e o caminho para Deus.

Autor: Pr Calvin Gardner

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Tabernáculo e as Tábuas - Cap. 24


EX 26.15-30; 36.20-34

Material: Madeira de acácia – para as tábuas - v. 15; para as travessas – v. 27; Bases – duas bases de prata para cada tábua, v. 19; Prata – para as duas bases de cada tábua – v. 19, 21, 25; Ouro – para cobrir as tábuas – v. 29; para fazer as suas argolas – v. 29; para cobrir as travessas - v. 29.

Posição das Tábuas - Verticalmente – v. 15

Medida: Comprimento – dez côvados, v. 16; Largura – um côvado e meio, v. 16.

Estrutura: Cada tábua com dois encaixes, travados um com o outro encaixe – v. 17; Duas bases de prata debaixo de uma tábua para os seus dois encaixes – v. 19; Os cantos ajuntados por baixo numa argola e também em cima – v. 24; Travessas, cinco em número para cada um dos dois lados das tábuas do tabernáculo, e para os dois lados do tabernáculo – v.26-27; Uma travessa central no meio das tábuas, de uma extremidade até à outra – v. 28.

Número: 20 – lado meridional (sul) v. 18; 20 - lado norte v. 20; 6 – lado ocidente (oeste) + dois para os cantos, somando 8 para o lado ocidente – v. 22, 23; Lado oriente (leste) – nenhuma tábua, pois para o lado leste era porta da tenda, uma cortina – v. 36, 37 e suas cinco colunas com bases de cobre, e, dentro da estrutura, um véu, sobre suas quatro colunas com bases de prata, separando o lugar santo do lugar santíssimo – v. 31-34.

v. 30, “Então levantarás o tabernáculo conforme o modelo que te foi mostrado no monte”
Significado: Se essas coisas eram feitas, e Deus desejou que fossem escritas essas coisas que foram feitas, e se essas coisas eram “a sombra dos bens futuros”, ou seja, símbolos da Pessoa e obra de Jesus Cristo, seremos então bem instruídos se estudássemos esse assunto do Tabernáculo.

Como são as tábuas do tabernáculo uma “sombra” de algo bem no futuro? Essa sombra foi revelada no Novo Testamento? Se já foi, como?

O material usado para fazer essas tábuas aponta a Jesus de várias maneiras.

A madeira de acácia, como já estudamos, aponta à humanidade de Jesus. Deus Filho foi feito homem (Jo 1.1, 14). Este homem-divino é Jesus (Mt 1.23). Ele nasceu de uma mãe virgem, cresceu em estatura e em conhecimento, e chegou a ser adulto. Como uma árvore adulta passa por todos os tipos de clima, Jesus foi tentado como nós em tudo e passou pelas tribulações de todos os homens. Não igual às árvores, que podem ser torcidas e destruídas pelas tempestades, Jesus não se quebrou, ou seja, não pecou, em nenhum caso (Hb 4.15). Por isso somente Ele pode ser o perfeito Salvador dos pecadores que se arrependem e crêem nEle pela fé nas Escrituras. Como uma árvore de acácia é completa em si mesmo, podendo se manter com as raízes, se proteger dos insetos com as propriedades da sua madeira, durar quase perpetuamente, se multiplicar, assim Jesus é um Salvador completo. Ele não precisa de complementos para salvar o que havia perdido. Pela Sua carne desfez tudo o que era contra o pecador que vem a Ele pelo arrependimento e fé nEle (Ef 2.15, “Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz”). Quando Deus vê o trabalho de Jesus Cristo, Ele fica inteiramente satisfeito (Is 53.10, 11). Sem a mãe dEle, sem as ordenanças de qualquer igreja, sem a futura obediência de qualquer pessoa no céu ou na terra, a salvação por este homem-divino, Jesus Cristo, é completa (Hb 7.25, “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”; 1 Pd 3.18, “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;”). A mensagem do evangelho é: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Pecadores cansados com o pecado estão dirigidos a Cristo! Vinde a Mim! Venha então se arrependendo do pecado e crendo pela fé na obra completa, perfeita e satisfatória de Cristo!

A habitação de Deus com o Seu povo é pela qualidade de Cristo ser humano, Jesus.
O Ouro que cobriu as tábuas aponta a Jesus como Deus (Mt 1.23, “Deus conosco”; “habita nEle toda a divindade”, Cl 2.9). Sendo Deus Ele pode dar vida nova e vida eterna para todos que venham a confiar nEle de coração (Jo 10.10, “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”; 3.16, “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”; 3.36, “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece”). Cristo é Deus e assim sendo, pode salvar todos que venham a Ele pela fé.

A habitação de Deus com o Seu povo é pela qualidade de Cristo ser divino, Deus.
As Bases e Os Encaixes - O Pastor Ron Crisp, nos seus estudos sobre o livro de Êxodo diz o seguinte sobre a prata e os encaixes:
“Os judeus com vinte ou acima de vinte anos deveriam dar metade de um siclo de prata ao Senhor como oferta de expiação (Êxodo 30:11-16). Isto seria usado no Tabernáculo (Êxodo 30:16). Esta moeda de metade de um siclo era de muito leve, no entanto, foram recolhidas 603.350, pois representavam o número de homens (Números 1:46). Seis mil destas moedas formavam um talento. Esta prata que ao ser juntada gerou cem talentos, foi depois transformada em cem encaixes, pesando um talento cada um. Os 7/12 dos talentos restantes foram deixados para serem utilizados na parede do pátio.

“É muito instrutivo o fato da prata dos encaixes ter vindo do dinheiro da expiação ou redenção. A redenção é o fundamento de tudo o que Cristo faz pelo Seu povo. Todos necessitavam de redenção. O mesmo valor seria pago tanto pelo rico quanto pelo pobre (Gálatas 3:13). Estes encaixes de prata eram figuras da verdadeira redenção que Cristo fez por Seu povo (I Pedro 1:18-19).”

Os dois encaixes fixados em bases de prata (cada um 57 quilos de prata), mostram a vida de Cristo completamente e bem fixada no trabalho dEle de ser o Redentor. A obra de Cristo não foi para outra razão a não ser o Redentor para os homens perdidos (Jo 4.34). Essa obra Ele consumou integralmente (Jo 17.4, “tendo consumado a obra que Me deste a fazer”; (19.30, “Estás consumado”; Fl 2.8, “foi obediente até a morte, e morte de cruz”). O pecador é salvo por Cristo pois Ele foi o sacrifício determinado por Deus, veio em obediência fazer essa obra e por fim, consumou tudo. O sinal que Deus O aceitou e julgará todos por Ele é entendido pelo fato que Deus O ressuscitou dos mortos e O aceitou no céu e exaltou-O soberanamente (At 17.31; Fl 2.9-11). A salvação por Cristo é bem fixada! Deus O exaltou para isso e não aceitará nenhum outro salvador. Os salvos por Cristo são bem fixados! Deus guarda os Seus para não perder nenhum nunca (Jo 10.28, 29).

A habitação de Deus com o Seu povo é alicerçada sobre a obra de Cristo como Redentor.
A Posição das Tábuas e As Cinco Travessas:
Poderemos falar do fato que as tábuas foram fixadas verticalmente que poderia apontar ao fato que Jesus véu do céu e voltou ao céu e levará os Seus ao céu com Ele (Jo 3.13; 6.33, 38, 50-51; I Ts 4.13-18).

Poderíamos falar também das cinco travessas que poderiam falar dos vários atributos de Cristo que unifica toda parte da Sua obra, tais como o amor sem medida, a compaixão pelos pecadores, a Sua justiça perfeita, a onipotência, e a onisciência.

Poderíamos falar da travessa central que foi no meio das tábuas, passando de uma extremidade até à outra um fato que poderia apontar à verdade do atributo da eternidade de Jesus como Salvador. Ele foi amado pelo Pai da fundação do mundo junto com os que o Pai Lhe deu (Jo 17.23, 24) e ama os Seus pela eternidade (Rm 8.35-39). Poderia apontar à graça de Deus que é vista em todas as Suas obras referentes à habitação de Deus para com o Seu povo (Gn 3.15; Dt 7.7, 8; Jr 31.33, 34; Jo 1.14; At 15.11; Rm 3.24; 11.6; Ef 2.8, 9; II Tm 1.9).

Os Lados do Tabernáculo
O fato que o tabernáculo tinha quatro lados com dois lados iguais de vinte tábuas poderia nos ensinar o fato que todos os salvos, sejam do ocidente, norte ou sul, de um lado (judeu) ou de outro lado (gentio), todos são unidos por Cristo (Cl 3.11, “Onde não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos”).

Não seria fora de cogitação pensar que as tábuas representam os salvos, por serem em Cristo, são edificados para morada de Deus em Espírito, ou seja, os seus corpos são a habitação de Deus pelo Espírito Santo (Ef 2.22; I Co 6.19). Devemos frisar que a habitação de Deus entre o Seu povo é por Jesus Cristo.

A habitação de Deus com cada um dos Seus de todas as nações, e línguas, e tribo é feita completa pelo fato de todos eles serem em Cristo e Cristo neles.
Vê a necessidade de estar em Cristo? Está nEle? Entra nEle se arrependo dos seus pecados que te condena e creia pela fé em Cristo que foi dado por Deus ser o Substituto perfeito dos pecadores.

Os que já foram feitos habitação ou “morada de Deus pelo Espírito Santo” têm a responsabilidade de cuidar da limpeza dessa morada (Rm 12.1, 2, “culto racional”, “sede transformados pela renovação do vosso entendimento”). Está limpo? Os atributos de Deus em Cristo estão se manifestando pela sua vida? O adorno de submissão à Sua palavra é visto no seu comportamento? Procure confessar seus pecados sempre para desfrutar da comunhão de Deus e seja consagrado mais e mais ao Seu Senhor e Salvador, assim manifestando as belezas de Cristo no seu corpo, a habitação de Deus.
Autor: Pr Calvin Gardner