sexta-feira, 29 de junho de 2012

Tabernáculo - A Arca da Aliança - Cap. 15


ÊXODO 25.10-16; 26.33; 37.1-5


Percebemos uma razão de estudar o Tabernáculo, pois “Na realidade, através do tabernáculo, Deus estava criando uma linguagem e conceitos que nos ajudariam a entender o evangelho. Ao refletirmos um pouco, nos lembraremos quantas formas de linguagens a respeito de Cristo vem diretamente do tabernáculo e do sistema que o rodeia.” (Crisp). Essa linguagem inclui “aspersão de sangue”, “expiação”, “propiciatório”, “arca da aliança”, “véu”, “éfode”, “bode expiatório” e outras palavras. Se não estudássemos o tabernáculo, seríamos ignorantes de grande parte da linguagem da Bíblia quando se trata do Evangelho.

O Material: Feita de madeira de acácia e de ouro. Como temos aprendido em outros estudos, a madeira de acácia aponta à humanidade de Cristo e o ouro à Sua divindade.

As Dimensões: A Arca da Aliança media 116 cm de comprimento por 75 cm de largura e 75 cm de altura. Não era vista como uma peça grande, mas a sua importância era sem medida.

A Sua Construção: A Arca da Aliança era coberta de ouro, por dentro e por fora. Tinha uma coroa de ouro sobre ela, esta para segurar o propiciatório. Tinha quatro argolas de ouro fundidas nos quatro cantos e nos dois lados restantes também. Tinha duas varas de madeira de acácia cobertas de ouro, postas nas argolas, para levar à Arca. Eram para ser sempre nas argolas.Dentro dela era posto o testemunho, ou seja, a Lei de Moisés.

O Seu Lugar no Tabernáculo: A importância dessa peça é vista pela sua posição no Tabernáculo. Ex 26.33 nos mostra que a sua posição era atrás do véu que separava o lugar santo do lugar santíssimo.

Os Significados
A Arca da Aliança, em Si, representa a presença de Deus entre os homens. Cristo “é imagem do Deus invisível” (Cl 1.15). Deus (o ouro) se fez carne (a madeira de acácia) para habitar entre nós (Ex 25.8). Os que estavam com Jesus no Seu ministério terrestre testemunharam dEle. Eles viram a Sua glória, “como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). Estes que viram Ele, e ouviram dEle, testificaram dEle para nós “para que também ‘tenhamos’ comunhão” com eles, pois, a comunhão deles era com o Pai, e com Seu Filho Jesus Cristo (I Jo 1.3). Tudo isto nos ensina que somente há presença de Deus nas nossas vidas, comunhão verdadeira com Deus e com os Cristãos se for por Aquele que é a imagem do Deus invisível, ou seja, por Jesus Cristo. Repito negativamente: não há salvação completa, vida espiritual, adoração agradável ou esperança futura senão somente e unicamente por Cristo. A Arca da Aliança representa a presença de Deus entre os homens, e Cristo é essa presença.

A Arca da Aliança, no primeiro relatório das peças do tabernáculo, era a primeira peça mencionada. As primeiras instruções à Moisés para este santuário onde Deus habitaria no meio do Seu povo eram de fazer a Arca da Aliança. De fato isso nos ensina que a salvação de Deus para o homem pecador começa com Deus. O Pai decretou a salvação por Cristo. O Filho fez tudo necessário conforme o que o Pai decretou. O Espírito Santo aplica o que o Filho fez para todos aqueles que o Pai escolheu. A primeira iniciativa de amor pelo pecador perdido era no lado de Deus. Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro (I Jo 4.19). Quando ainda éramos pecadores, Deus manifestou Seu amor por nós pela morte de Cristo (Rm 5.8). Se não fosse o amor eterno de Deus em primeiro lugar pelos perdidos, não haveria a obra do Espírito Santo em os atrair a Ele (Jr 31.3). Cristo é o Alfa e o Ômega da salvação (Ap 1.11). Cristo é o Autor e consumador da nossa fé salvadora (Hb 12.2). Se a salvação por Cristo não é a primeira e última esperança do perdão dos seus pecados você não tem a presença de Deus no seu coração.

Não pense de ter uma vida Cristã sem essa presença de Deus entre os homens. Não pense de ter perdão dos seus pecados sem essa: a presença de Deus entre os homens. Não pense que tem comunhão com Deus sem a presença de Deus entre os homens. Não pense que pode agradar Deus sem a presença de Deus entre os homens. Sem a presença de Deus entre os homens que é Cristo, há somente condenação eterna (Jo 3.36).

Se estiver carregando a pesada carga da condenação dos seus pecados venha a essa presença de Deus entre os homens (Mt 11.28-30). Se estiver oprimido pela separação que seus pecados fazem do seu Deus, venha a essa presença de Deus entre os homens (Is 55.1-3, 6-7).

Se já conhece essa presença de Deus entre os homens, seja alerta para o resto da mensagem pois, essa mensagem te importa em muito.

Notamos que a Arca tinha uma “coroa de ouro ao redor” (v. 11). Essa “coroa” de ouro nos ensina de Cristo. Cristo foi coroado de honra e glória e nós daremos nossas coroas à Ele (Ap 4.10). Cristo é coroado por Deus soberanamente com um nome sobre todo nome (Fl 2.9-11). Que essa coroa de ouro foi “ao redor” da Arca da Aliança nos ensina muito também. Isso significa a divindade de Cristo em tudo que se faz. No Seu ministério terrestre a Sua divindade foi manifestada a todos (Jo 1.14; I Jo 1.1-4). A divindade de Cristo está em tudo que se faz na obra da Sua redenção. Isso se vê em que Ele deu- Se a Si mesmo a Sua vida e voltou a tomá-la (Jo 10.17,18). Só Cristo sendo Deus completamente, tudo “ao redor” Ele poderia fazer tal obra. A divindade de Cristo está vista na Sua salvação, pois Ele nos dá uma “eterna salvação” (Hb 5.9). A Sua intercessão contínua (Hb 7.25) nos manifesta claramente a divindade de Cristo em tudo que se faz. Nosso servir a Ele é digno de toda parte de todo nosso viver: conjugal, familiar, social, eclesiástico e empregatício.

Notamos que o testemunho foi colocado dentro da Arca da Aliança (v. 16). Essa verdade da Lei de Moisés dentro da Arca que representa a presença de Deus entre os homens, nos mostra tanto a obra de Cristo quanto a nossa responsabilidade para com a Lei. É dito de Cristo em Salmo 40.6-8, “A tua lei está dentro do meu coração”. “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, de realizar a sua obra” (Jo 4.34). E a vontade de Deus para Cristo em relação a Lei era de cumprir ela: Mateus 5:17 “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.” E esta obra Ele consumou na cruz (Jo 19.30). Cristo cumpriu a Lei, pois estava dentro do “Seu coração”, uma verdade que nos manifesta a Sua voluntariedade em ser esta oferta (Hb 10.5-7; Ex 35.5,21; Lv 1.3). Para o regenerado a lei de Deus é seu prazer: Rm 7.22, “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;”; Sl 37.31, “A lei do seu Deus está em seu coração; os seus passos não resvalarão.” (II Co 3.3).

O fato que a Arca da Aliança esteve no lugar Santíssimo nos ensina que não há compartilhamento com qualquer falso deus (Dagom, I Sm 5.1-7). A colocação da Arca da Aliança no Santo dos Santos não admite adoração criativa (os dois filhos de Aarão, Lv 10.1-11); adoração com a carne (os dois filhos de Eli, I Sm 4.3-11); com a nossa intenção só (Uzá, II Sm 6.1-7); mas, somente como agrada a Deus, “em espírito e em verdade” (Jo 4.24). A Arca da Aliança no lugar Santíssimo que a nossa adoração a Deus deve ser pura e as varas cobertas de ouro nos mostra a nossa responsabilidade nessa adoração.

As varas cobertas de ouro e postas nas argolas para nunca serem tiradas nos manifestam a responsabilidade de Cristo para fazer a vontade de Deus. A Sua lei estava no coração de Cristo. A estimação dessa lei a Cristo se manifestou quando Ele veio fazer a vontade do Pai (Jo 5.30). A estimação nossa da lei de Deus também está vista em como executamos a nossa responsabilidade em fazer a vontade de Deus. Deus não pede os nossos sentimentos, emoções, invenções, mas ação dirigida para cumprir o que Cristo nos ensinou (Mt 7.21-25).

A Arca da Aliança pela Bíblia: 
Quero examinar os casos da Arca da Aliança nas suas várias situações pela Bíblia e se Deus nos abençoar podemos ser edificados grandiosamente.

Em Josué 3.3-17 o povo de Deus atravessou o Jordão para entrar na terra prometida. O cristão precisa pôr Cristo em primeiro lugar no seu coração e vida e se espera atravessar o rio dos desafios e entrar no serviço do Senhor. Em Josué 6.10-21 avistamos a importância da Arca da Aliança na destruição da cidade. Isso nos instrui à verdade que só podemos vencer o pecado que tão perto nos rodeia tendo Cristo em primeiro lugar em nossa vida. Em I Sm 5.1-7 aprendemos a impossibilidade de servir dois senhores (Lc 16.13). Também aprendemos nisso que quando Cristo entra no coração do incrédulo, os deuses falsos cedem lugar. Em Lv 16.2 aprendemos que a aproximação a Deus não é corriqueira, mas com reverência e temor, e isso com o sangue de Cristo (Hc 2.20). No livro de Salmos achamos uma única referência à Arca da Aliança e é referida como sendo “a força do Senhor” (Sl 132.8). Nisso aprendemos que a força e a vitória da vida cristã é Cristo (Fl 4.13; Jo 15.4; I Jo 5.4,5).

A Arca da Aliança é a presença de Deus entre os homens, a força do Senhor, e não é compartilhada com a carne em nenhum aspecto na adoração ou serviço a Deus. A primeira coisa da salvação é Cristo. Temos responsabilidade de não só saber,mas,fazer a vontade de Deus (Rm 12.1,2; I Co 1.30). A vontade de Deus para com o pecador é que se arrependa e creia em Cristo Jesus. Somente dessa maneira pode esperar ter a presença de Deus contigo. A vontade de Deus para o cristão é viver em obediência da Palavra de Deus pela “força do Senhor”. Que Cristo tem na sua vida a preeminência como a Arca da Aliança tinha no Tabernáculo.

Autor: Pr Calvin Gardner

Tabernáculo - Nomes Dados - Cap. 13


ÊXODO 25.3, “Essas ofertas podem ser ouro, prata ou bronze" (NTLH).


É útil estudar sobre o tabernáculo por que a nossa fé é alimentada pelo estudo de tudo que foi antes escrito (Romanos 15.4, “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.”; I Pedro 2.2, “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo”; João 5.39, “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;”). Por isso convém estudar o que diz a Bíblia do tabernáculo.

Tenda (Êxodo 39.32,33,40)

Santuário (Êxodo 25.8).

Tabernáculo da Congregação (Êxodo 27.21; Levítico 1.1; Números. 1.1; Deuteronômio 31.14)

Tabernáculo do SENHOR (I Reis 2.28)

Tabernáculo do Testemunho (Êxodo 38.21; Números. 17.7,8)

Autor: Pr Calvin Gardner

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Tabernáculo - O Céu - Cap. 12


HEBREUS 9.23,24


É útil estudar sobre o tabernáculo para aprender mais da pessoa de Cristo. O espírito da profecia é Cristo (Apocalipse 19.10, “E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.”; I Pedro 1.10,11). O nosso conhecimento de Cristo não é danificado pelo estudo do Velho Testamento, mas é instruído e fortalecido pelo estudo do Velho Testamento. Por isso convém estudar o que diz a Bíblia sobre o tabernáculo.

Pelo tabernáculo são vistas “as figuras das coisas que estão no céu” (Hebreus 9.23, 24). A morada divina, onde Cristo entrou, “para comparecer por nós perante a face de Deus” (v. 24) foi representada pelo “santuário feito por mãos”, ou seja, o tabernáculo (v. 24, “figura do verdadeiro”). Pela exatidão da figura do tabernáculo do Velho Testamento representar o céu, a verdadeira morada de Deus no céu é chamada “o templo do tabernáculo do testemunho” (Apocalipse 15.5). Como o povo de Deus entrava no tabernáculo, assim, hoje, podemos entrar no céu.

O salmista Davi perguntou: “Quem subirá ao monte do SENHOR, ou quem estará no Seu lugar santo?” (Salmos 24.3, 4). O “monte do SENHOR” refere-se ao lugar que o templo de Salomão foi construído (Gill). Davi responde pela inspiração divina: “Aquele que é limpo de mãos e puro de coração”, ou seja, somente aqueles que se arrependeram dos seus pecados e foram lavados pela fé naquele sangue do sacrifício que representava o sangue do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo. Somente assim pode entrar no templo qualquer que, na terra, figurava a morada de Deus. Em Cristo podemos hoje, até com ousadia, pela fé neste Cordeiro de Deus que veio derramar Seu sangue, sermos lavados no Seu sangue e sermos levados à presença de Deus (I Pedro 3.18; João 3.16; 14.6; Hebreus 9.22, “sem derramamento de sangue não há remissão”, v. 24, “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus;”). Se o tabernáculo existia ainda, você poderia entrar nele?

Realmente, o tabernáculo foi um padrão estabelecido por Deus para “servir de exemplo e sombra das coisas celestiais” (Hebreus 8.5), ou ser “uma alegoria para o tempo presente” (Hebreus 9.9). Várias verdades da salvação são ensinadas pelo tabernáculo. Por exemplo, a verdade da necessidade do pecador ter um Mediador e um Sacrifício Aceitável para entrar na presença de Deus e é ensinada repetidamente pelo tabernáculo. Ninguém pode entrar no santuário do tabernáculo sem o sangue do sacrifício propicio ser oferecido pelo sacerdote escolhido por Deus. Essa alegoria é cumprida em Cristo, pois, ninguém entra no céu senão pelo sacerdócio de Cristo oferecendo o Seu próprio sangue diante de Deus. Este sacrifício de Cristo, sendo tanto o Sacerdote escolhido por Deus para ministrar diante do Seu trono quanto é o Cordeiro que ofereceu o Seu próprio sangue, é o único meio para qualquer pecador acessar o céu, a morada de Deus. Que Cristo é aceito inteiramente por Deus é entendido por ser dito que Cristo, o Sacerdote “está assentado nos céus à destra do trono da majestade” (Hebreus 8. 1-5; 9. 1-9). O tabernáculo representa o céu claramente.

No livro de Apocalipse, cena após cena, no céu, revela as coisas tipificadas no tabernáculo terreno confirmando ainda que o tabernáculo figurava as coisas no céu. Pelo livro achamos “sete castiçais de ouro” representado as sete igrejas da Ásia (1. 12); “sete lâmpadas de fogo” que representam “os sete espíritos de Deus” (4.5); “o altar” representando o trono de Deus (6. 9); “um incensário de ouro” que representa “as orações de todos os santos” (8. 3); “o templo de Deus e a arca da Sua aliança” representando a Sua majestosa presença (11. 19). Conhecer fatos sobre o tabernáculo nos ensina do céu. Crer Naquele que o tabernáculo figura, nos dá entrada no céu.

Tem esperança de estar com o Santo Deus no Seu lugar santo um dia? Somente por Cristo qualquer pecador vai ao Pai (João 14.6).

Autor: Pr Calvin Gardner

Tabernáculo - O Sal - Cap. 11

Geralmente não se pensa neste mineral sendo usado no Tabernáculo, mas sal foi usado tanto que houve uma sala no templo permanente somente para guardar o sal (Gill, comentário sobre Levítico 2.13, Misn. Middot, c. 5. sect. 2.). E, como temos percebido, tudo no tabernáculo representa Cristo sendo o meio pelo qual o pecador chega-se a Deus, o sal nos ensinará de Cristo e da vida cristã.

Antes de um estudo sobre como o sal representa Cristo será edificante abrir o assunto familiarizando-nos com todos os usos de sal na Palavra de Deus. Estes usos revelam que sal é usado tanto literalmente quanto simbolicamente.

Os usos de sal literalmente. O primeiro uso de sal na Bíblia é o caso da esposa de Ló sendo transformada numa estátua de sal (Gênesis 19.26). O segundo uso é parte da cerimônia em ofertar (Levítico 2.13 que rege o uso de sal “em todas as tuas ofertas” no tabernáculo ou no templo; Ezequiel 43.24; Marcos 9.49, “Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal”). Levítico 2.13 também menciona o uso de sal para firmar alianças (Números 18.19, “por estatuto perpétuo; aliança perpétua de sal perante o SENHOR é, para ti e para a tua descendência contigo”; II Crônicas 13.5). Um terceiro uso é do sal para usos medicinais (Ezequiel 16.4, “E, quanto ao teu nascimento, no dia em que nasceste não te foi cortado o umbigo, nem foste lavado com água para te limpar; nem tampouco foste esfregado com sal, nem envolta em faixas” que refere à prática de, com sal numa solução de água, esfregar o recém-nascido para a limpar e secar fazendo que a criancinha seja protegida de bactérias e que a sua pele seja firmada. Gill, comentário sobre Ezequiel 16.4; II Reis 2.20) Um outro uso de sal na Bíblia está no contexto de guerra (Deuteronômio 29.23; Juizes 9.45; Jeremias. 17.6). As Escrituras também relatam o uso de sal no contexto agrícola (Isaías 30.24. o vocábulo “grão puro” refere à adição de sal no cereal para enriquecer a nutrição dos animais, Gill). As Escrituras incluem o uso de sal no assunto da culinária (Jó 6.6, “Ou comer-se-á sem sal o que é insípido? Ou haverá gosto na clara do ovo?”).

Os usos de sal simbolicamente. As qualidades de sal devem influenciar a nossa palavra (Colossenses 4.6) e as nossas vidas (Mateus 5.13; Marcos 9.50). Para entender estes usos de sal simbolicamente devemos entender quais são as qualidades de sal.

As qualidades de sal. Primeiramente devemos entender que sal é bom (Marcos 9.50, “Bom é o sal”; Lucas 14.34). Sal também é necessário para os holocaustos ao Deus dos céus (Esdras 6.9). Conservação é uma propriedade de sal que geralmente é mais conhecida. Essa qualidade do sal conserva algo de putrificar, ou preservar algo de mudar (Strong’s). Sal tem a qualidade de trazer um melhor sabor à alimentação (Jó 6.6). Pode também higienizar ou esterilizar (a terra - Deuteronômio 29.23, “E toda a sua terra abrasada com enxofre, e sal de sorte que não será semeada, e nada produzirá, nem nela crescerá erva alguma”; Juizes 9.45; Jeremias. 17.6; para a saúde - Ezequiel 16.4; II Reis 2.20-22). Nos costumes do oriente, participar do sal do outro era boa hospitalidade e promovia boa comunhão (Números 18.19 – comentário de Barnes citado por D. W. Cloud). Freqüentemente temos o aviso que as nossas vidas devem ter as qualidades boas de sal pois o sal insípido não é proveitoso para nada (Mateus 5.13; Marcos 9.50; Lucas 14.34). O sal comum não pode tornar insípido mas o sal para o uso agrícola pode (D. W. Cloud, comentário sobre o sal). Com a umidade, os minerais do sal para agrícola se perdem. Se o sal estocado para a agricultura não tenha esses minerais, é sem utilidade nenhuma. Mas, tendo os minerais, é proveitoso para adubar a terra. Esse tipo de sal deve ser aquele referido na afirmação “somos o sal da terra”. Também deve ser um sal desse tipo pois esse tipo de sal (agrícola) pode perder a sua salgadura.

O Significado do Sal. Conhecendo as qualidades de sal podemos entender melhor o porquê do uso de sal, literalmente ou simbolicamente pela Bíblia. Quando diz que é bom o sal, o contexto refere–se às qualidades boas do sal (conservação e o impedimento de putrificar aquilo a que o sal é aplicado; comunhão amigável e boa hospitalidade, a melhora do sabor da comida, a limpeza daquilo que o sal é aplicado e a verdadeira importância de se manter as suas qualidades boas).

A Aplicação do Significado do Sal. Entendendo o significado do sal podemos aprender muito sobre a proibição: “Não deixarás faltar à tua oferta de alimentos o sal da aliança do teu Deus” e o mandamento: “em todas as tuas ofertas oferecerás sal” (Levítico 2:13). A aliança que Deus lembra neste versículo é àquela que foi confirmada com sal com os sacerdotes (Números 25.12, 13). Quando o povo dava as ofertas e, quando os sacerdotes receberam tais ofertas, o sal junto às ofertas significava que Deus lembrava a Sua aliança do sacerdócio perpétuo. Também lembrava os sacerdotes da benignidade de Deus de estabelecer tal aliança de paz com eles. O sal junto de todas as ofertas pode significar que o sacrifício de Cristo é perpétuo, a sua eficácia sendo impossível de mudar (Romanos 8.31-39). A aliança que O Pai fez com Cristo, como nosso grande e sumo sacerdote, é preservada para sempre e nos incentiva a vivermos vidas santas (II Coríntios 5.18-21; Hebreus 4.14-16).

Cristo é o sacrifício com sal para o pecador ser salvo. O sacrifício de Cristo é um sacrifício de amor, de Cristo para com o Pai e para com os Seus eleitos (João 13.1; Hebreus 12.2). É também um sacrifício que limpa completamente o coração da sua corrupção (I Pedro 1.18,19) e remove toda a sua condenação (João 3.16,36; Romanos 5.1). A preservação do pecador arrependido que confia em Cristo também é entendida pelo uso de sal com o sacrifício pois a segurança e vida eterna vêm por Cristo (João 10.27,28; Filipenses. 1.6). O pecador que se esconda no sacrifício de Cristo é protegido de não putrificar nunca (João 6.27). Aquele que pela fé tem aplicado o sacrifício de Cristo à sua situação de condenação, tem comunhão aberta com Deus (Apocalipse 3.20; João 10.9).

Quando a Bíblia exorta-nos a ter sal na palavra (Colossenses. 4.6) ou nas nossas vidas (Marcos 9.49,50) o ensino é para nos restringirmos àquilo que preserva boas maneiras, morais e virtudes na sociedade e relacionamentos. Devemos trazer à nossa vida as belezas graciosas de Cristo para que outros vejam a nossa nova natureza por Cristo, e glorificarem a Deus (Mateus 5.16). Devemos ser vigilantes para não deixar as influências do mundo extrair de nós essas belas qualidades virtuosas de ser um cristão. De outra maneira não prestamos para nada!

Se você quer ser um sacrifício vivo para Deus, tenha sal nas suas ofertas a Deus. Seja aquela 
influência saborosa e virtuosa que aponta a Cristo e que condena o mundo das suas más comunicações. Seja aquela testemunha que honra a casa de Deus com a sua presença, o seu ganho, a sua família e a sua adoração reverente. Assim sendo, será como Cristo, o sacrifício com sal.

Autor: Pr Calvin Gardner

domingo, 24 de junho de 2012

Tabernáculo - O Sangue - Cap. 10

É útil estudar sobre o tabernáculo por que TODAS as Escrituras são proveitosas para ensinar, redargüir, corrigir e instruir em justiça. Pelo estudo de todas as Escrituras o homem de Deus é feito maduro e perfeitamente instruído para toda a boa obra (II Timóteo 3.16,17, “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”). Por isso convém estudar o que diz a Bíblia do tabernáculo.

A religião verdadeira é uma religião de derramamento de sangue precioso. Existem as religiões que tem as suas vestes, cerimônias, tradições, batismos, obrigações financeiras e obras de caridades para ajudar, completar, selar ou operar a salvação. Como foi manifesto pelas ofertas de Caim e Abel a religião verdadeira requer sacrifícios sanguinários (Gênesis. 4.3-7). Somente pelo sangue do sacrifício idôneo pode existir a redenção do pecado e a santificação do Cristão no serviço ao nosso Deus.

Que o sangue tem algo de importância para com Deus é percebido até na proibição de comer sangue (Levítico 3.17; 17.13,14). Pode existir essa proibição pela questão de higiene, saúde ou mesmo a questão de crueldade, mas pode ser também pela preciosidade que o sangue é para com Deus. Num Salmo que prediz o Messias é relatado que o sangue dos que necessitam Cristo é precioso (Salmos 72.13,14). Os salvos são estes mencionados neste Salmo caracterizados em abjeta pobreza e necessidade (Mateus 5.3-6). O sangue deles é precioso para com Deus como também é precioso o sangue de Cristo que os resgatou desta vã maneira de viver (I Pedro 1.18-21). Você tem se visto pobre de coração, sem capacidade nenhum para agradar a Deus? Para ser salvo da sua situação desesperada olhe com fé para o Filho de Deus, a oferta propícia e sanguinária que agrada a Deus completamente (Isaías 53.10,11).

Exemplos do uso do sangue no tabernáculo são no sacrifício pacífico (Levítico 3.1,2; Colossenses 1.20), no sacrifício para os vários tipos de pecado (pecar por omissão, pecado escandaloso – Levítico 4.1-7; pecado coletivo – Levítico 4.13-18; pecado de um príncipe – Levítico 4.22-25; pecado em geral – Levítico 4.27-30; 5.1-9). Estudando estes casos em detalhes perceberá que o perdão do pecado e o sacrifício sanguinário de uma oferta propícia são intimamente interligados. Mesmo que estamos no tempo moderno e não somos judeus, a remissão dos pecados é a mesma hoje para nós. A única diferença é que o arrependido deve tomar Cristo Jesus como o Cordeiro de Deus como seu sacrifício propício pela fé para agradar a Deus (Hebreus 9.22-28; Apocalipse 7.14) e não fazer um sacrifício da sua própria imaginação..

Já está com seus pecados lavados pelo sangue de Jesus? Os que negam a submeter-se ao sacrifício propício e sanguinário que Deus requer, será como Caim. não aceito diante de Deus e com o seu pecado sempre diante à sua própria porta apesar da sua sinceridade e intenção.

Já está com seus pecados lavados pelo sangue de Jesus? Os que já estão lavados no sangue de Cristo são comprados de bom preço (I Coríntios 6.20, Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito os quais pertencem a Deus.”; 7.23, “Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens.”).

Autor: Pr Calvin Gardner

Tabernáculo - O Sacrifício de Cristo - Cap. 9

É útil estudar sobre o tabernáculo por que a nossa fé é alimentada pelo estudo de tudo que foi antes escrito (Romanos 15.4, “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança.”; I Pedro 2.2, “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo”; João 5.39, “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;”). Por isso convém estudar o que diz a Bíblia do tabernáculo.

O tabernáculo foi o lugar de sacrifícios. O altar de bronze (ou de cobre) foi o primeiro dos móveis encontrados no pátio do tabernáculo para aquele que quis aproximar-se a Deus. Neste altar foram sacrificados os animais das ofertas trazidas pelo povo e os cordeiros que os sacerdotes ofertaram cada manhã e tarde (Êxodo 29.36-43). Estes sacrifícios foram queimados no altar de bronze e o sangue dos animais sacrificados foi espalhado ao redor dele (Levítico 1.3-5). Esses sacrifícios foram oferecidos pelo povo tendo fé no Cordeiro de Deus que definitivamente viria um dia, para a expiação definitiva dos seus pecados. Imagine quanto tempo diário foi ativo este altar! Umas três milhões de pessoas ofertaram os animais para serem a expiação dos seus pecados constantes. O fogo contínuo do altar manifestava o preço terrível do pecado e lembravam o povo constantemente da abominação que o pecado é para o Santo Deus. O salário do pecado é a morte (Romanos 6.23).

A necessidade de trazer uma oferta pelos pecados martelava continuamente o quanto pecaminoso é o pecador (Romanos 7.13; Hebreus 9.6-9). O altar e os sacrifícios oferecidos nele verdadeiramente apontaram a Jesus Cristo. Deus tem estabelecido o fato que sem sangue não há remissão (Gênesis 3.21; 4.3, 4; Hebreus 9.16-22). Hoje, somente com sangue do Inocente, pode o pecador arrependido chegar ao perdão (Isaías 53.10, 11; 55.6, 7). A cruz no monte Calvário era o altar sobre qual Jesus Se deu, derramando o Seu sangue para ser a expiação de todos os pecados de todos que crêem nEle (Efésios 2.12-18). Essa expiação é eterna, tanto de dia quanto de noite eternamente (Hebreus 9.11-15; 10.8-14). Se alguém hoje deseja aproximar-se de Deus, tem que passar com fé no sacrifício de Jesus Cristo que foi dado no altar da cruz. Cristo é o Justo dado no lugar dos injustos, para levá-los a Deus (I Pedro 3.18). 

É o sangue de Cristo que nos resgata da nossa vã maneira de viver (I Pedro 1.18-23). Para os salvos o altar dos holocaustos significa muito também. Ensina-nos que eles foram comprados de bom preço e, portanto, devem muito a Cristo. Podem pagar essa dívida pelo sacrifício de si mesmo no Seu serviço (I Coríntios 6.20; 7.23; Gálatas 2.20). Sem sacrifício diário de si, não há serviço prestado a Deus pois é necessário levar a sua cruz continuamente para seguir nas pisadas do Salvador (Marcos 8.34-38; I Pedro 2.21-25). Como veio a sua salvação? Tem o que o sacrifício de Cristo comprou? Pela fé agora já entra na presença do Santo Deus pelo sacrifício idôneo: o sacrifício de Cristo. Já conhece Cristo? Como vai o sacrifício contínuo de si mesmo para a Sua causa? “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-Me” (Marcos 8.34).

Autor: Pr Calvin Gardner

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Arquibancada Jovem




Local: Igreja Evangélica "A Mensagem da Cruz"
Rua Tomé de Souza, 211 - Alto da Boa Vista - Araçatuba/Sp
Horário: 19h30


Última Arquibancada Jovem no Antigo Templo!!!

Tabernáculo - O Mediador - Cap. 8

“Na realidade, através do tabernáculo, Deus estava criando uma linguagem e conceitos que nos ajudariam a entender o evangelho. Ao refletirmos um pouco, nos lembraremos quanta forma de linguagem a respeito de Cristo vem diretamente do tabernáculo e do sistema que o rodeia.” (Crisp). Essa linguagem inclui “aspersão de sangue”, “expiação”, “propiciatório”, “arca da aliança”, “véu”, “éfode”, “bode expiatório” e outras palavras. Se não estudássemos o tabernáculo, seríamos ignorantes de grande parte da linguagem da Bíblia.

Pelo tabernáculo representar Deus habitando no meio do Seu povo (Êxodo 25.8), a obra de Mediador na pessoa de Cristo deve ser abertamente manifesta na Sua obra de salvação. Deus não pode ajuntar-se com o pecador sem um mediador apropriado (I João 1.5; Habacuque 1.13). Existe o apropriado, O Mediador Jesus Cristo (I Timóteo 2.5,6; João 3.16). O tabernáculo mostra bem essa verdade.

O tabernáculo tinha somente uma porta (Êxodo 38.13-19). Aquela pessoa que desejava encontrar com a justiça de Deus ou O quis agradar com oferta, tinha que passar pela única porta. A cerca ao redor do tabernáculo impedia qualquer entrada a não ser pela porta. Não existia outro meio de chegar à presença da glória de Deus senão por essa única porta. Essa porta era estreita (20 côvados = pouco mais de 9 metros) mas larga suficiente para todos que quiseram entrar e servir Deus conforme a lei. Não era larga suficiente para toda e qualquer pessoa trazer tudo que possuía. Somente a pessoa arrependida junto com seu sacrifício podia entrar. A Bíblia revela vezes múltiplas que a Porta Única pela qual nós entramos na presença de Deus é Cristo Jesus (João 10.7-9; 14.6; Mateus 7.13,14; Atos 4.12). O pecador que está arrependido do seu pecado e quer ter a justiça de Deus precisa confiar no sacrifício de Cristo. Não há outra maneira de ser aceita por Deus. Como a porta do pátio do tabernáculo foi única, e por essa entrava o pecador somente com um sacrifício de sangue, assim são descartadas todas as outras formas que o homem inventa para entrar no céu; batismo, choro, orações zelosas, caridades, celibatarismo, emocionalismo, auto-flagelação, doações de propriedades, dízimos e ofertas, etc. Pela fé obediente em Cristo vem a justiça de Deus (Romanos 3.22; II Coríntios 5.21). Você já entrou por essa Única Porta com O Sacrifício que Deus aceita para ser perdoado dos seus pecados? Se já entrou, avance pela pia de cobre para ser continuamente lavado para servir Deus na santificação.

A mediação está ensinada pela verdade que pela tribo de Judá se entrava no tabernáculo. Foi pelo lado leste, ao oriente, que a única porta do pátio foi colocada (Êxodo 38.13-15). Nesse mesmo lado, na frente da porta do pátio, a tribo de Judá armava as suas tendas (Números 2.2,3). Esse fato aponta à verdade que o acesso à salvação feita por Deus viria da linhagem da tribo de Judá. Este não é nenhum outro a não ser Cristo, que é da tribo de Judá (Mateus 1.1-3; Lucas 3.34) e cumpre todas as profecias neste respeito (Gênesis 49.8-10). O Cordeiro de Deus, que é o único sacrifício que agrada completamente o Santo Deus (Isaías 53.10,11), O Único Mediador entre Deus e os homens (I Timóteo 2.5,6), O Sumo e Grande Sacerdote que ministra por nós diante do trono de Deus (Hebreus 4.14-16) é exclusivamente o Jesus Cristo, da tribo de Judá. O Buda, o Maomé, o Joseph Smith, o Apóstolo Pedro, o Martinho Lutero, etc., não vêm da tribo de Judá e, portanto, são líderes presunçosos e falsos. A salvação verdadeira vem exclusivamente de Deus pelo Seu Filho, Jesus Cristo (Atos 4.12, “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”) Seja salva hoje pelo arrependimento dos seus pecados indo pela fé a Deus pelo acesso que Ele ordenou, o Jesus Cristo. Se conhece já a verdadeira salvação, tenha um viver santo como é santo Aquele que vos chamou à salvação, indo a Deus continuamente por Jesus Cristo.

Autor: Pr Calvin Gardner

domingo, 17 de junho de 2012

Tabernáculo - Deus Espírito Santo - Cap. 7


JO 16.13,14


É útil estudar sobre o tabernáculo para aprender mais da nossa Salvação por Cristo. A lei (o Pentateuco) tem “a sombra dos bens futuros” (a Pessoa e Obra de Cristo) e conhecendo essas sombras perceberemos melhor o Real (Hebreus 10.1). Por isso convém estudar o que diz a Bíblia do tabernáculo.

A habitação de Deus entre o Seu povo pela pessoa e obra de Cristo não seria conhecida e aproveitada por ninguém se não fosse a presença da pessoa e a obra do Espírito Santo. O homem naturalmente é espiritualmente morto não podendo, portanto, discernir qualquer verdade que tenha significado espiritual (I Coríntios 2.14). O homem natural anda em trevas tendo o seu entendimento cegado pelo deus deste século para que nele, o incrédulo, não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus (II Coríntios 4.4). O convencimento do pecado, e da justiça e do juízo no coração do pecador é pela obra do Espírito Santo (João 16.8). Se Deus for habitar entre os pecadores e se Cristo for glorificado entre os homens pecadores, o Espírito Santo tem que fazer a Sua obra santa e preciosa (João 16.13, 14). Se o tabernáculo é um símbolo da habitação de Deus entre o Seu povo, e essa pela mediação e sacrifício aceitável de Jesus Cristo, então o símbolo da obra do Espírito Santo glorificando Cristo será incluído no tabernáculo de uma forma ou de outra. A obra do Espírito Santo nessa maravilhosa obra da iluminação da verdade nos entendimentos cegados e a realização da salvação e habitação de Deus entre o Seu povo é simbolizada pelas sete lâmpadas do candelabro (Êxodo 25.31-40).

O candelabro no tabernáculo é uma figura de Cristo como a luz do mundo (João 8.12; 9.5), mas o azeite nas lâmpadas faz manifestar essa Luz ao mundo. Como as lâmpadas manifestam a luz do candelabro, assim o Espírito Santo manifesta a obra de Cristo.

É razoável que o Espírito Santo seria simbolizado no tabernáculo pois Ele é ativo em revelar Cristo ao mundo. Pelo Espírito Santo, Cristo foi profetizado (Isaías 42.1-4; Mateus 12.18-21), pelo Espírito Cristo foi concebido no ventre da Maria (Mateus 1.20; Lucas 1.35), e no seu batismo por João o Espírito Santo foi visivelmente presente (Mateus 3.16; Lucas 4.1, 14; João 1.32, 33). Pelo Espírito Santo, Cristo manifestou-se divino (Mateus 12.28), foi crucificado (Hebreus 9.14) e foi ressuscitado (I Pedro 3.18; Romanos 8.11). Cristo verdadeiramente foi manifestado no mundo pelo Espírito Santo (I Timóteo 3.16) e tudo disso é figurado pelo azeite nas lâmpadas do candelabro no tabernáculo.

É razoável que o Espírito Santo seria simbolizado no tabernáculo pois Ele é ativo em revelar Cristo a nós. Pelo Espírito Santo, Cristo é aplicado a nós na salvação (João 3.8; 16.8-11; II Tessalonicenses 2.13). Sem a obra do Espírito Santo A Luz do Mundo nunca seria iluminada em nossos corações. Pelo Espírito Santo, Cristo é aplicado à nossa vida, na nossa santificação (Romanos 8.4, 14; I Coríntios 6.11; II Coríntios 3.18; I Pedro 1.2,22). Pelo Espírito Santo temos um culto útil ao Senhor (I Coríntios 12.11) e a segurança que somos de Deus por Cristo (I João 3.24). Sem a obra do Espírito Santo, Cristo não seria revelado a nós nem seríamos feitos à imagem de Cristo para manifestarmos Cristo aos outros.

Se deseja ter o seu entendimento iluminado para ser convencido do pecado, e da justiça e do juízo ao ponto de confiar na verdade de Cristo para a sua salvação, peça a Deus que Ele envie o Espírito Santo ao seu entendimento cego. De outra maneira andará somente em trevas para a sua perdição eterna.

Se deseja que a sua vida Cristã seja eficaz para a pregação da Verdade, peça a Deus que o Seu Espírito ministre pela Sua vida a Palavra de Deus.

Autor: Pr Calvin Gardner

sábado, 16 de junho de 2012

Tabernáculo - Deus Filho, Jesus Cristo - Cap. 6


JO 1.14


É útil estudar sobre o tabernáculo pois conhecendo TODAS as Escrituras o homem pode melhorar a sua capacidade de saber manejar as Escrituras a ponto de ter a aprovação de Deus e não ter do que se envergonhar (II Timóteo 2.15, “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”) Por isso convém estudar o que diz a Bíblia do tabernáculo.

Cristo é a chave principal do entendimento do tabernáculo. Cada parte do tabernáculo, nas suas cerimônias, sacrifícios e ofertas, instrumentos, móveis, cortinas, coberturas, sacerdotes, etc. apontam aos atributos e às obras de Cristo, especialmente a da Sua redenção pela qual qualquer pecador arrependido pode ser levado a Deus.

João 1.14, “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”.  A palavra “habitar” no grego significa: fixar a tenda, morar numa tenda ou tabernáculo (#4637, Strong’s). Deus veio na carne por Cristo para ‘tabernacular’ com os cristãos do primeiro século, para cumprir muito das figuras e profecias sobre Aquele que viria ser o Cordeiro de Deus para levar os Seus a Deus (João 1.29; I Pedro 3.18). Espiritualmente, Ele ainda está ‘tabernaculando’ conosco (Mateus 28.20). Num dia glorioso, depois da segunda vinda de Cristo, a santa cidade, a nova Jerusalém, descerá do céu para Deus estar com Seu Povo eternamente (Apocalipse 21.1-3, “E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus”). Antes de Deus vir estar com Seu povo pela vida e sacrifício literal de Jesus Cristo, Deus veio habitar no meio do Seu Povo pelo tabernáculo (Êxodo 25.8; Salmos 80.1). Deus sempre habita no meio dos pecadores através do sacrifício e mediação do Seu Filho. No Velho Testamento essa habitação de Deus entre Seu Povo foi pelo tabernáculo.

Cristo é claramente apresentado no Velho Testamento nas muitas profecias, enigmas e figuras (Hebreus 1.1; I Pedro 1.10-12). Pelo tabernáculo são figurados gloriosamente os atributos divinos e humanos de Cristo e o propósito de Cristo vir ao mundo ser O sacrifício definitivo e O sacerdote eterno para que Deus pudesse habitar entre Seu Povo (Êxodo 25.8). Se não aprendamos que Cristo é o único meio a ter acesso a Deus pelo estudo do tabernáculo (ou qualquer outra parte da Palavra de Deus) pode ser dito que aquele tempo de estudo foi em vão. Para remir o tempo convém procurar Cristo desde o princípio do livro.

Se já conhece Cristo pessoalmente, o estudo do tabernáculo vai enriquecer o seu relacionamento com Deus por Cristo. Se não conhece Cristo como Salvador, peça a Deus que pelo estudo da Palavra de Deus o Espírito Santo o convença da Verdade de Deus em Cristo.

Autor: Pr Calvin Gardner

terça-feira, 12 de junho de 2012

Tabernáculo e Deus Pai - Cap. 5

É útil estudar sobre o tabernáculo por que TODAS as Escrituras são proveitosas para ensinar, redarguir, corrigir e instruir em justiça. Pelo estudo de todas as Escrituras o homem de Deus é feito maduro e perfeitamente instruído para toda a boa obra (II Timóteo 3.16,17, “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”). Por isso convém estudar o que diz a Bíblia do tabernáculo.

Depois de Deus dar a Moisés os dez Mandamentos, Deus deu a Moisés o modelo para a construção do tabernáculo e as instruções do uso dele. Há importante razão dessa ordem de eventos. Pelo pecado do primeiro homem, toda a humanidade passou a ser pecadores (Romanos 5.12). Para convencer o homem do seu pecado, a Lei foi dada. Contudo, Deus continua santo. A santidade e o pecado não mesclam. Não há trevas nenhuma em Deus e Seus olhos não podem ver o mal (I João 1.5; Habacuque 1.13). Como então pode o Deus Santo habitar entre um povo pecaminoso sem a justiça desse Deus imediatamente reprovar e consumir o pecador na sua Santa ira? O tabernáculo responde à essa pergunta: Deus Pai pode habitar entre o Seu povo se tiver um Mediador adequado e um Sacrifício aceitável entre Ele e o Seu povo.

A Lei de Moisés revela ao homem o grau deplorável e maligno do seu pecado e o tabernáculo ensina do Sacrifício aceitável para todos os pecados que são revelados pela lei (Romanos 7.12, 13; Gálatas 3.24). Primeiro veio a lei para convencer do pecado. Depois veio a única maneira pela qual o Pai Santo e Justo pode habitar entre os pecadores, ou seja, por Jesus Cristo (Êxodo 25.8; João 1.14).

Autor: Pr. Calvin Gardner

sábado, 9 de junho de 2012

Tabernáculo - O Suprimento das Necessidades para a Construção do Tabernáculo - Cap. 4

É útil estudar sobre o tabernáculo pois conhecendo TODAS as Escrituras o homem pode melhorar a sua capacidade de saber manejar as Escrituras a ponto de ter a aprovação de Deus e não ter do que se envergonhar (II Timóteo 2.15, “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”) Por isso convém estudar o que diz a Bíblia do tabernáculo.

Deus providenciou entre o Seu Povo tudo que foi necessário para a construção do tabernáculo (“Fala aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta alçada”, Êxodo 25.2). A construção do tabernáculo foi possibilitada pelas ofertas voluntárias do Seu povo. A obra de Deus avança somente pela benção de Deus sobre as obras de obediência do Seu povo. Se o povo de Deus não prega a Palavra de Deus não verá o fruto da salvação das almas perdidas sendo trazidas à Luz(Romanos 9.10-15); se o povo de Deus não morre à carne, não será abençoado com a transformação na imagem de Cristo; se o povo e Deus não contribuem à obra de Deus não terá mantimento na Sua casa (Malaquias 3.10) nem seria construído este lugar onde Deus desejava encontrar com o Seu povo. O povo de Deus não pode esperar as bênçãos de Deus nas suas vidas, lares ou igreja se não está empenhado na plena obediência à vontade de Deus. O tabernáculo somente será uma realidade se o povo de Deus desse ofertas alçadas a Deus voluntariamente em obediência e amor. Como vai a sua obediência? Assim vai a obra de Deus.

Milagrosamente, os Egípcios, como se fosse todo o salário de 430 anos de escravidão, deram ao povo de Deus jóias de ouro, e jóias de prata, e roupas (Êxodo 12.35,36). Dessas riquezas, o povo deu voluntariamente para a construção do tabernáculo (Êxodo 35.4-9). O peso total das ofertas de ouro, de prata e de cobre foi 1¼ toneladas de ouro (valendo no mínimo R$2.322.000,00); 4¼ toneladas de prata (valendo no mínimo R$516.000,00) e mais de 4 toneladas de cobre. As muitas peles, panos e a madeira de acácia, não esquecendo das pedras preciosas para o tabernáculo valeram quase dois milhões de reais. Somando tudo, no tabernáculo haveria um valor de quase cinco milhões de reais (2005).

Esses valores apontam para à alta estimação que o Pai tem do Seu Filho. O Pai possuiu o Seu precioso Filho no princípio de Seus caminhos e desde a eternidade e antes do começo da terra O ungiu. Cristo era cada dia as delícias do Pai e alegrou-Se perante o Pai em todo o tempo (Provérbios. 8.22-30). Cristo é O Filho unigênito do Pai cheio de graça e de verdade (João 1.14) por Quem o Pai se glorificava continuamente (João 12.28). Em Cristo o Pai escondeu todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Colossenses 2.3). A medida da glória que Cristo tem diante do Pai é verificada pela honra que Ele tem O dado. O Pai exaltou o Filho soberanamente para que ao Filho se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra e deu-O a posição honrosa de ser O único caminho pelo qual o pecador arrependido fosse ao Pai (Filipenses 2.9-11; João 14.6). O valor do tabernáculo aponta à alta estimação que o Pai tem para Seu Filho. E esse Filho exaltado, honrado e estimado foi dado como oferta alçada e sanguinária voluntariamente pelo Pai no altar da cruz para que os pecadores arrependidos e com fé nEle pudessem ser salvos, dados uma nova natureza (II Coríntios 5.21). Pecadores arrependidos, confie neste Filho glorioso do Pai para ser trazido a Deus (I Pedro 3.18).

Esses valores também apontam à alta estimação do povo para com o seu Deus. Quando o cristão tem recordação da grandeza da sua salvação em Cristo é fácil ser generoso para com a obra de Deus nesta terra (Daniel 11.32. “o povo que conhece seu Deus se tornará forte e fará proezas”; Salmos 9.10; 59.9, “Por causa da Sua força eu te aguardarei; pois Deus é a minha alta defesa.”)

Pela igreja, Deus opera no mundo hoje (Mateus 19, “E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.”) Se vamos servir Deus com a mesma estimação do povo no Velho Testamento, é necessário que sejamos fiéis com as nossas presenças nos cultos regulares da igreja (Hebreus 10.23-27), participantes alegres com as finanças dela (II Crônicas 31.4-10; I Coríntios 9.7-14; II Coríntios 9.6-11) e reverentemente obediente à vontade de Deus em tudo. Será que devem ser menos generosos os que conhecem a graça de Deus para a salvação do que aqueles que serviram a Deus pelos símbolos e enigmas de Jesus Cristo e eram sob a lei? Nós, que conhecemos melhor as coisas (Hebreus 11.39,40) e temos a presença do Espírito Santo com vida e poder (Atos 2.14-21), devemos fazer muito mais além daqueles que O conheceram somente pelos símbolos e tiveram a manifestação limitada do Espírito Santo. Quando o Cristão focaliza o seu amor nas coisas desta vida, contribuições para a obra de Deus nesta terra tornam-se difícil. Para ser vitorioso com seu coração no lugar correto para com a obra de Deus, coloque o seu tesouro na obra (Mateus 6.21, “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”; I João 5.3). No caso do tabernáculo, o povo de Deus, voluntariamente, trouxeram as suas ofertas ao ponto que era “muito mais do que basta” (Êxodo 36.3-7). A sua generosidade coloca o seu coração no quê? “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33).

Autor: Pr Calvin Gardner

terça-feira, 5 de junho de 2012

Tabernáculo - Soberania de Deus - Cap. 3

Para descrever a obra da criação, Deus nos deu dois capítulos de Gênesis. Para descrever o modelo exato como Deus desejava o tabernáculo, usou dez capítulos de Êxodo! No Novo Testamento há capítulos inteiros também que tratam do tabernáculo (Hebreus 9 e 10). Pelo grande volume de instruções dadas sobre o tabernáculo e pelo uso repetitivo da linguagem do tabernáculo pela Bíblia faz que o estudante sério da Palavra de Deus seja atencioso a tudo o que as Escrituras ensinam sobre o tabernáculo.

Soberano - [Do lat. vulg. superanu, 'que está de cima'.] Adj., 1. Que detém poder ou autoridade suprema, sem restrição nem neutralização: 2. Dominador, poderoso: 3. Fig. Supremo, absoluto: 4. Fig. Excelente, magnífico: 5. Fig. Altivo, arrogante: 6. Fig. Eficiente, eficaz; poderoso: (Dicionário Eletrônico Aurélio, Ver. 3, Nov. 1999).

Deus é soberano sobre a natureza. Cada um dos reinos da natureza foi usado na construção do tabernáculo (Êxodo 25.3-7). Pode entender que esse fato revela a soberania de Deus que é exercitada sobre tudo (Daniel 4.34, 35). O reino mineral supriu o ouro, prata e cobre para os móveis como também supriu as pedras preciosas para as vestes do sacerdote (v. 3 e 7; Ageu 2.8). O reino vegetal contribuiu a madeira de acácia para os móveis e para as colunas (v. 5), o linho fino para as cortinas e vestes dos sacerdotes, o óleo e as especiarias para o óleo da unção e para o incenso (v. 4,6; I Crônicas 29.16). O reino animal deu as peles para a cobertura do tabernáculo, a matéria prima para as cortinas e também supriu as muitas ofertas para as ofertas contínuas (v. 5; Salmos 50.10).

Deus é soberano sobre a alma do homem (Ezequiel 18.4). Todos os sacrifícios no tabernáculo apontavam a Cristo, “O Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13.8). Como o tabernáculo foi revelado à Moisés, antes que o tabernáculo fosse construído (“assim mesmo o fareis”, Êxodo 25.9), assim as profecias e os símbolos de Cristo foram dados antes que Ele veio tomar carne. Se, na mente de Deus, Cristo foi crucificado desde a fundação do mundo, é claro que tudo aquilo que veio depois da criação do mundo que tipificava ou simbolizava Cristo, foi planejado na eternidade passada também. Isso incluirá o tabernáculo. Então, o tabernáculo manifesta o decreto eterno do Soberano e Eterno Deus. Estudar o tabernáculo é estudar a mente eterna e soberana de Deus. Não podemos conhecer tudo de Deus (Jó 11.7), mas este tanto Ele tem revelado, e o que Ele revelou, é para nós (Deuteronômio 29.29).

Por Deus não mudar, de eternidade foi o decreto que Cristo viria ao mundo, ser moído por Deus, para ser o único sacrifício que agradaria o Santo Deus no lugar do pecador arrependido que crê pela fé nEle (Isaías 53.4-6,10,11). O decreto eterno inclui a queda do homem no pecado e a única maneira de salvar o Seu povo da perdição do pecado. Devemos entender que o decreto eterno não causou o homem pecar, mas incluiu esse ato e a subseqüente salvação do pecador. A queda do homem no pecado manifesta a necessidade da redenção que Deus, pela Sua graça, já desde a eternidade, programava pelo sacrifício do Cordeiro no lugar do pecador arrependido. Como sabemos, na plenitude do tempo (Gálatas 4.4), Cristo veio para redimir os homens que o Pai tinha dado a Ele (João 6.37, 39, 40; II Tessalonicenses 2.13,14). E sabemos que Deus Se agradou no sacrifício do Seu Filho e salva todos que venham a crer nEle. Se você ainda não conhece Cristo como seu Senhor e Salvador, saiba que a sua responsabilidade é de se arrepender e crer neste Cordeiro que Deus tem dado desde a eternidade passada.

Deus é soberano sobre a capacidade do homem. Deus usa meios para que o Seu eterno decreto venha a ser feito como Ele, o Soberano, o decretou. Quando veio o tempo de construir o tabernáculo, Deus, através do Seu Espírito Santo, chamou e capacitou certos homens para a obra. O Espírito Santo encheu esses homens com a capacidade de criar invenções, para trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre, e em lapidar de pedras, e em entalhar madeira, e para trabalhar em toda a obra esmerada (Êxodo 35.30-35). Isso nos ensina que Deus, pela obra do Seu Espírito Santo, na Palavra de Deus, chama e capacita os Seus a virem a Ele por Cristo e a viverem para a Sua glória (Filipenses 1.6; Efésios 1.11; I João 3.2,3). Alguns são chamados e capacitados para serem pastores, outros para serem evangelistas e outros doutores, tudo para o aperfeiçoamento dos santos (Efésios 4.11,12). Cada santo tem uma capacidade para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Cristo pois cada santo é uma construção espiritual de Deus (I Pedro 2.5). Se você é um destes santos já, saiba que essa realidade da graça de Deus que veio a ser consumada em tempo na sua vida foi programada na eternidade passada (Isaías 46.10; Atos 15.18). Se você se vê um pecador e se tiver desejo a vir a Cristo venha a Cristo o Salvador. Se tiver desejo de ministrar a Palavra de Deus publicamente no ministério, prepare-se para tal obra e faça já aquilo que pode e está ao seu alcance.

Autor: Pr Calvin Gardner

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Tabernáculo - Como Revela Cristo - Cap. 2


É útil estudar sobre o tabernáculo por que não apenas o Novo Testamento ensina-nos de Cristo mas o Velho Testamento também (Salmos 40.7, “Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste. Então disse: Eis aqui venho; no rolo do livro de mim está escrito.”; Hebreus 10.7; Lucas 24.27, “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”, 44, “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos.”). Por isso convém estudar o que diz a Bíblia sobre o tabernáculo pois o tabernáculo simboliza muito Cristo.

1. O tabernáculo foi temporário – Uma tenda móvel, mudada de lugar em lugar, por um período de 35 anos no deserto durante a peregrinação no deserto e mais uns 450-550 anos na terra prometida até que Davi desejou construir o templo permanente (Gill, II Samuel 7.6). O curto tempo que o tabernáculo foi levado no deserto pode representar a curta vida de Cristo enquanto Ele andava e ministrava na carne nessa terra. A Sua estadia foi temporária e de pouca duração (Lucas 3.23; John 14.1-3), mas o Seu reino literal será permanente (I Tessalonicenses 4.17; Apocalipse 22.5,11). O fato que o tabernáculo foi temporário pode representar o andar do Cristão também. O tempo do Cristão nessa vida, neste templo da carne, é temporária e de pouca duração (I Tessalonicenses 4.17; Salmos 90.9,10,12). Convém que os que têm a esperança de deixar esse tabernáculo da carne para ser como Cristo, vivam seus dias aqui na santificação (I João 3.1-3), conformando-se à imagem de Cristo (Colossenses 3.10). Essa conformação à imagem de Cristo é feita pela Palavra de Deus (João 17.17; 15.3). Você está investindo seu tempo, talento, e bens naquilo que é temporário ou naquilo que é eterno? Mateus 6.19,20.

2. O tabernáculo não foi bonito pelo mundo à fora. Para os que olharam ao tabernáculo do lado de fora não viam nenhuma beleza que os atraíram à ele. A sua beleza era no interior dele. Pêlos de cabra, peles de carneiro tintas de vermelho, e peles de texugo (Êxodo 26.7,14) cobriam o tabernáculo e não eram especialmente bonitas. Jesus, durante a Sua encarnação nessa terra, também não tinha, no exterior, beleza ou uma forma vistosa (Isaías 53.2). Sua beleza e valor veio de dentro dEle (amor puro, obediência completa ao Pai, perdão eterno, precioso sangue redentor, graça e glória, II Pedro 1.19; João 1.14; I Timóteo 3.16). Aos que conhecem Cristo intimamente pela fé, Ele é precioso mas para os que não O conhecem pela fé, Ele é um absurdo, louco, e pedra de tropeço (Marcos 6.1-3; I Pedro 2.7). Como é Cristo visto por você? Como o tabernáculo e como Cristo, os cristãos fazem bem não dar prioridade ao que é somente valoroso diante do mundo (I João 2.15,16). Contrariamente devemos buscar a virtude, a discrição, e a sabedoria que são mais valorosos do que qualquer outro bem no mundo (Salmos 147.10,11; Jeremias 9.24; Provérbios 1.4; 8.11; 11.22; I Pedro 3.1-8). Como você é visto pelo mundo? Por Deus? Você é igual a eles? Ou diferente?

3. O tabernáculo estava no centro do acampamento das tribos de Israel (Números 2.2). No dia em que mudaram de lugar, o tabernáculo ficava no meio dos exércitos (Números 2.17). Dessa maneira era ensinada a verdade que Deus andava no meio do Seu povo para os proteger e para entregar os inimigos às mãos do Seu povo (Deuteronômio 23.14). Cristo é representado aqui pois foi profetizado que ao Cristo o povo de Deus se congregarão (Gênesis 49.10). Isso se realizará permanentemente no Seu Reino literal mas, numa maneira Cristo encontra com Seu povo hoje na igreja. Quando o Seu povo se ajunta para O adorar em espírito e em verdade, aí Ele está no meio deles como Ele não está com eles em outras horas (Mateus 18.20; 28.20; João 20.19,26; Apocalipse 1.13). Quando o povo de Deus O serve com temor e amor, eles terão o Seu cuidado especial. Contra as igrejas verdadeiras as portas do inferno não podem prevalecer (Mateus 16.18). Como Deus cuidava do Seu povo quando o tabernáculo estava no centro da congregação, Ele supre todas as coisas daqueles que têm Ele no centro das suas vidas (Salmos 34.10; 37.3; Mateus 5.6; 6.33; Provérbios 2.1-9; 3.9,10). Na sua lista de preferências, onde está Cristo e o Seu ajuntamento?

4. No tabernáculo a lei foi guardada na Arca da Aliança (Deuteronômio 10.1-5). O benefício da Lei de Moisés, que é santa, justa e boa (Romanos 7.12), é entendido quando sabemos que ela revela abertamente como o homem é visto por Deus (Salmos 14.2,3). O pecado é iniqüidade (transgressão de uma lei – I João 3.4; 5.17), e a Lei revela o triste fato que todo homem é pecador (Romanos 5.12). Todavia, o pecado no homem cegou o seu entendimento da gravidade da sua condição (I Coríntios 2.14; II Coríntios 4.3,4). Veio a Lei para que o pecado se fizesse excessivamente maligno (Romanos 7.13). Moises levou tábuas de pedra para Deus escrever a Sua Lei. Foi escrito em pedra para mostrar que o coração do pecador é duro como pedra. Também, a Lei foi escrita em pedra para mostrar que os requerimentos de Deus são imutáveis. Pela Lei o homem entende que Deus é santo e o pecador é separado de tal Deus pelo seu pecado (Romanos 7.9). Mas, pela graça de Deus, Cristo Jesus, o Filho de Deus, veio como homem, mas sem pecado, com a Lei dentro do Seu coração (Salmos 40.8). Este agradou Deus em tudo, e deu a Sua vida perfeita, santa e justa em resgate por todo homem que se arrepende dos seus pecados e crê pela fé nEle (Marcos 10.45; João 3.16). Sim, a vida do Justo é dada pelo injusto para que o injusto arrependido, pela obediência perfeita do Justo, tenha a perfeita justiça de Deus (II Coríntios 5.18-21). O pecador que se arrepende e crê em Cristo Jesus é feito um homem novo para servir Deus com a sua vida enquanto Deus o dá vida na terra (Romanos 6.8-13). Pecador, se arrependa já e creia em Cristo, o único Salvador! A Lei foi guardada por Cristo, e a Sua vida santa foi dada como sacrifício aceitável a Deus para todos os pecadores que se arrependam e crêem nEle! A Lei é posta debaixo do propiciatório da Arca da Aliança, como o sangue precioso da vida de Jesus Cristo, que tem a Lei dentro do Seu coração, cobre tudo que a Lei aponta contra o pecador, o resgatado e apresentá-lo a Deus santo e justo (I Pedro 1.18-23; 3.18).

Porém, o novo Cristão logo vê que ele ainda peca (Romanos 7.18-23). O novo Cristão quer saber se estes pecados também foram pagos por Cristo. Que consolo tem o cristão quando contempla tão grande salvação que ele tem em Cristo! Como a Lei de Moisés foi guardada na arca da aliança, qual representa o trono de Deus entre os homens, a Lei foi dentro do coração do eterno Cristo quando Ele foi dado em sacrifício de muitos e continua aí no coração do Salvador com Ele diante do trono de Deus intercedendo e mediando eternamente pelos Seus (Romanos 8.34; I Timóteo 2.5,6). Por Cristo ser Deus, e por Ele guardar eternamente a Lei de Deus no Seu coração, o homem pecador, que tem Cristo como seu salvador, é eternamente salvo da condenação. Que salvação gloriosa tem o pecador que se arrepende e crê pela fé em Cristo Jesus! Verifique que a esperança da sua salvação não depende dum homem, apóstolo, oração, batismo, obra, religião ou de caridade, etc. mas somente nAquele que sempre guarda a Lei no Seu coração eternamente diante do trono de Deus, o Jesus Cristo.

Autor: Pr Calvin Gardner

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Tabernáculo - A Graça de Deus - Cap. 1



“E ME FARÃO UM SANTUÁRIO, E HABITAREI NO MEIO DELES”, EX 25.8



É útil estudar sobre o tabernáculo para aprender mais da pessoa de Cristo. O espírito da profecia é Cristo (Apocalipse 19.10, “E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.”; I Pedro 1.10,11). O nosso conhecimento de Cristo não é danificado pelo estudo do Velho Testamento, mas é instruído e fortalecido pelo estudo dele. Por isso convém estudar o que diz a Bíblia sobre o tabernáculo.

A graça de Deus é inexprimível. Naturalmente conhecemos algo de Deus por umas testemunhas, uma exterior e a outra é interior. Essas testemunhas se manifestam pela graça de Deus. A testemunha exterior é a criação (Sl 19.1; Rm 1.19,20). A testemunha interior é a lei de Deus escrita na consciência (Rm 2.14, 15). As duas testemunhas são fiéis e manifestam um Deus magnífico, justo e de graça. O homem pecador sente imundo para com este Deus revelado pela criação e na consciência e freqüentemente procura O agradar ou apaziguar a Sua ira. Sentem às vezes agraciados por Ele não os destruírem pelas ações radicais da natureza (terremoto, tsunami, vulcão, furacão, seca), ou por ter uma colheita abundante, ou etc. Essas testemunhas manifestam vagamente a graça real do Deus Vivo e Verdadeiro, mesmo que são suficientes para que o homem fique inescusável diante de Deus no dia de juízo.

A graça de Deus se revela na sua maior glória pelo Filho Unigênito de Deus, Jesus Cristo e a Sua obra da salvação. Jesus foi dado no lugar dos pecadores rebeldes e inimigos, para que o pecador arrependido recebesse perdão pleno diante deste Deus magnífico e justo. Além disso, o pecador arrependido tem as justiças de Jesus Cristo imputadas a ele. Agora o salvo goza da comunhão com Deus e herança igual do Seu Filho (Rm 8.15-17). Veja então, como é inefável essa graça de Deus? Hoje, o Evangelho é declarado abertamente pelo rádio, televisão, jornais, folhetos, livros e certamente pelas nossas bocas e vidas. Tudo isso pela graça de Deus.

Mesmo que a graça de Deus sempre existiu, nem sempre foi revelada na sua glória. No Velho Testamento, a graça de Deus foi manifesta por enigmas, símbolos, cerimônias e profecias (Hb 1.1, “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho”; 10.1, “Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam”). Por que Deus fez exatamente assim não é para nos indagar, mas dizer que nenhum homem mereceu tal graça, e que ninguém buscou tal graça por Jesus ser verdade (Sl 14.2, 3). Se Deus não Se revelasse pelo Filho, ninguém teria a salvação. Mas, verdadeiramente, desde o começo do mundo, Deus tem pregado a salvação que agrada a Ele. Essa mensagem diz: o pecador arrependido confiando pela fé no Seu Filho Jesus Cristo, tem salvação eterna.

As manifestações da Sua graça são tão evidentes quanto à presença do pecado no homem. Logo que o homem pecou, Deus manifesta a Sua graça pela promessa do Salvador, vindo da semente da mulher (Gn 3.15). Depois da profecia de Cristo em Gn 3.15, veio o exemplo em símbolo da graça de Deus. Percebe-se esta graça quando Deus vestiu os culpados pelo sacrifício do inocente (Gn 3.22). Na primeira geração do homem na terra, Caim, que mereceu a morte por matar o seu irmão, pela graça de Deus foi lhe dado uma marca para não ser morto pelos homens (Gn 4.15). Depois destas manifestações da graça de Deus vieram muitas outras. Poderíamos falar do tempo de Noé em que todos os homens seguiram a imaginação dos pensamentos dos seus corações maus. Mas no meio de toda esta impiedade, a graça de Deus se manifesta em que “Noé achou graça aos olhos do Senhor” (Gn 6.5-8). A arca de Noé manifestava a justiça de Deus como também a Sua maravilhosa graça. Na escolha de Abrão se percebe a graça de Deus. Por Deus olhar a todas as nações, nenhuma justa (Sl 14.2, 3), mas escolheu um homem, e este idólatra (Js 24.15, “aos deuses a quem serviram vossos pais”; Is 51.1), desejando fazer dele uma nação elegida, predileta, e recebedora de uma aliança eterna de amor, a graça de Deus revela a Sua maravilhosa graça.

O Tabernáculo também manifesta gloriosamente a graça de Deus. Deus, por ser onisciente, conhecia os pecados grandes e imundos deste povo que Ele tinha escolhido em Abraão. Ele soube que o Seu povo escolhido O rejeitaria, O substituindo por um bezerro de ouro. Ele soube que o Seu povo, a quem tiraria de grande mão do Egito, murmurariam contra Ele e contra o homem que Ele colocou para os lidarem à terra prometida. Ele soube que o braço direito de Moisés, Arão, junto com a sua irmã Miriã, levantariam contra o líder Moisés (Nu 12.1-16). Ele soube que a multidão do Seu povo faltaria fé (Nu 13.27-14.10, 20 -24). Ele soube da desobediência de Moisés (Nu 20.7-13). Mas mesmo assim, quis habitar “no meio deles” (Ex 25.8). Essa é uma manifestação inexplicável da graça de Deus.

A ordem da construção do tabernáculo revela a graça de Deus. Por revelar Deus essa construção tem o nome “tenda do testemunho” (Nu 9.15). Testemunhar de quê? Para testemunhar o que Deus tem testemunhado desde o princípio, ou seja, a graça de Deus para com os pecadores por Seu filho Jesus Cristo.

Existem dois relatórios da construção do tabernáculo (Ex 25 - 30; 36 - 39). O primeiro relatório Deus vem ao Seu povo, ou seja, a graça de Deus em Si compadecer o Seu povo e declara o meio pelo qual os pecadores podem aproximar-se a Deus. O segundo relatório o tabernáculo apresenta a adoração do pecador remido a Deus por Cristo por causa da graça.
No primeiro relatório se vê a graça soberana de Deus para com o pecador. A graça é notada no começo da explicação da construção do tabernáculo com o lugar santíssimo e a suas duas peças: a arca da aliança e o propiciatório de ouro. Este lugar manifesta a glória do Senhor e a beleza da Sua graça. Pela graça Ele pensa no homem (Sl 8.4). Pela graça Ele ama os Seus (Jr 31.3; Rm 8.35-39). Pela graça Deus escolhe Israel ser Seu povo (Dt 7.7, 8). Pela graça, Deus decretou que por Jesus salvaria todos que se arrependem e crê nEle pela fé. A eternidade desta graça se vê pois Jesus é verdadeiramente o Cordeiro de Deus “morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8) O Deus santíssimo habitando entre o povo por Seu filho Jesus manifesta a Sua graça de maneira formosa.

A graça soberana se vê no lugar santo e na suas três peças de móveis também. Nelas se vê a glória de Jesus, nas suas várias obras e atributos (luz, pão, oração e acompanhamento do Espírito Santo). O lugar santo prega de Cristo O único mediador entre o pecador e o Deus.

No pátio com as suas duas peças de móveis se vê a graça de Deus. A lavagem dos nossos pecados é feita pelo sangue de Jesus e pelo sacrifício feito por Ele no lugar do pecador. Nisso se aprenda da maravilhosa graça de Deus para com o pecador que se arrepende e crê nEle.

O tabernáculo está fechado pela cerca das cortinas de linho fino torcido. A beleza e glória de Deus por dentro. O pecador posto fora. A graça de Deus se apresenta pelo fato de existir uma porta. Essa porta prega a mediação de Cristo e o Seu sacrifício no lugar de pecadores arrependidos, separados do povo. Cristo é essa porta. Nessas maneiras entendem-se a graça de Deus. Deus provém tudo o que é necessário para Ele habitar com Seu povo. Que manifestação, mesmo em símbolos, da inefável graça de Deus!

No segundo relatório da construção do tabernáculo é descrito como o povo percebe Deus. A primeira parte do tabernáculo mencionada nesse segundo relatório são as cobertas e cortinas do tabernáculo. Nisso se manifesta que o povo não vê em Deus nada formoso. Mas, com a obra da graça nos corações do Seu povo, Cristo é confiado como o Mediador suficiente e Deus é tido como precioso em justiça e santidade. Que diferença a graça de Deus traz a um povo na sua relação com O Divino!

A segunda peça relatada nesse relatório é a arca da aliança onde Deus se habita na Sua terrível glória. A coluna de fogo de noite e a nuvem de dia manifestam ao povo que há um Deus vivo e santo, um Deus verdadeiro e justo, um fogo consumidor. Manifesta-se a verdade que se o homem espera chegar a este Deus santo e justo vai ser pela porta e não sem animal apropriado para ser o sacrifício de um inocente no lugar do culpado. A necessidade de um mediador, alguém que obedeceu tudo no nosso lugar é necessário. Cristo é visto como este sacrifício (Jo 1.29). Cristo é apontado O único mediador entre um povo arrependido e um Deus glorioso (I Tm 20.5, 6). Este Mediador divino-humano, só pela graça de Deus pois Deus não tinha a obrigação de ser compassivo com os rebeldes e inimigos dEle. Mas, em graça, deu o Seu Unigênito para que todos e quaisquer que se arrependam e confiem nEle, tenham a vida eterna (Jo 3.16). Que maravilhosa graça!

Hoje sabemos que as figuras do Velho Testamento se apontavam a Jesus. Jesus Cristo é o justo que padeceu uma vez pelos pecados, o Justo pelos injustos. Pelo sacrifício de Cristo, os pecadores arrependidos são levados a Deus (I Pedro 3.18). Cristo é o único mediador declarado abertamente entre o homem e Deus (I Tm 2.5,6). O tabernáculo ocultava a declaração aberta da graça de Deus. Hoje essa mensagem da graça de Deus em Cristo não é oculta. Deus anuncia a todos os homens que se arrependam (At 17.30). Aquele que se arrepende é apontado a Jesus para ser salvo.

O tabernáculo revela a graça de Deus pois aponta a Cristo por Quem Deus habita com Seu povo. A mensagem do evangelho é: por Cristo Deus habita no pecador arrependido ainda hoje. A mensagem da graça inexprimível tem sentido para você?

Pr. Calvin Gauder.