terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Feliz Chanuká - I

Uma das maiores celebrações judaicas começou na noite deste sábado (07 de dezembro). Ano após ano, em Chanuká, as luzes são acesas em todos os lares judaicos e a chanukiyá (candelabro de oito braços) é colocada perto de alguma janela, onde possa estar de frente para a rua. Na primeira noite, acende-se a vela da extrema direita e, em cada noite subseqüente, acrescenta-se uma nova vela. Também há o costume de se jog
ar um jogo chamado “dreidel”, no qual utiliza-se uma espécie de peão e as crianças ganham prêmios como sonhos, nozes e balas. Outra importante prática de Chanuká é a doação de dinheiro aos menos afortunados. Chanuká traz a história da luz desafiando as trevas e transmite uma mensagem universal para todos os povos, nações e crenças, uma mensagem de liberdade do ser humano, da vitória do bem sobre o mal e da luz sobre a escuridão. As luzes de Chanuká, que devem sempre ser expostas em locais públicos, representam a liberdade e o respeito ao próximo e à sua identidade.



Fonte:  Federação Israelita de São Paulo (www.facebook.com/federacaosp).

sábado, 27 de outubro de 2012

Tabernáculo - Pia de Cobre - Cap. 32


EX 30.17-21; 38.8

Material Usado para Fazer A Pia
A única peça do Tabernáculo sem detalhes das suas dimensões. Feita “dos espelhos das mulheres que se reuniram para servir à porta da tenda da congregação” – Ex 38.8

Local e Uso da Pia de Cobre
A posição da Pia era “entre a tenda da congregação e o altar”, ou seja o Altar dos Holocaustos, Ex 30.18
O uso da Pia de Cobre era para Aarão e seus filhos lavar suas mãos e seus pés em água limpa quando entraram na tenda da congregação, ou quando chegaram ao altar para ministrar, Ex 30.19-21

O Significado da Pia de Cobre
A água na Pia de Cobre, como a água no batismo, representa a obra de Cristo ser suficiente de lavar-nos da condenação dos nossos pecados. A água do batismo manifesta como Cristo foi sepultado por nossos pecados e a Sua saída da água como Ele foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai (Rm 6.3-6). Assim “andemos nós também em novidade de vida”!
O fato que a Pia de Cobre era cheia de água e não de sangue representa que a lavagem constante que o povo de Deus necessitava é para ter comunhão e não para ser re-regenerado repetidamente. O sangue foi posto no Altar dos Holocaustos. A salvação não precisa ser refeita. Mas a água da Pia de Cobre nos ensina da necessidade de purificação constante para sermos aptos a servir e comungar com Deus. Isso se entenda também quando contempla que a Pia era feita dos espelhos das mulheres piedosas.
O fato que a Pia de Cobre foi feita dos espelhos das mulheres que serviram à porta da tenda da congregação deve nos ensinar de Cristo. Como qualquer mulher olha num espelho, e como as mulheres piedosas servindo ao Senhor ao redor da porta da congregação, os que olham à Palavra de Deus, que é como um espelho (Tg 1.23-25), se vêem necessitados a serem lavados repetidamente. Contudo que somos uma vez para sempre justificados pelo sangue de Cristo (I Co 6.11, “E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus”; Hb 10.10, “Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez”), somos purificados continuamente quando confessamos nossos pecados, reivindicando o poder do Seu sangue (I Jo 1.8,9; Sl 51.2, “Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado”; Ef 5.26, “Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,”; Sl 119.9; Tt 2.14, “O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras”). Assim entendemos como a Pia de Cobre ensina-nos da salvação de Cristo. Aprendemos também o bom proveito de olharmos continuamente à Palavra de Deus (Sl 119.9, “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra”).
Desde que a Pia de Cobre estava entre o Altar dos Holocaustos e o Santuário, somos também ensinados de Cristo. Entre o fato que Cristo é nosso Sacrifício idôneo no Altar dos Holocaustos e a verdade que Ele é o Nosso Grande Sumo Sacerdote ministrando por nós diante de Deus, temos o fato que Cristo, como Sacrifício e Mediador é inteiramente aceitável e santo ou limpo, algo que garante a satisfação do Pai. Se desejar ser aceita diante de Deus, é necessário ser primeiramente lavado pelo sangue de Cristo (Jo 13.8, “Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se Eu te não lavar, não tens parte comigo”). Uma vez lavado os pés, ou seja, regenerado, não é necessário de lavar repetidamente (Jo 13.10). Todavia, se desejar ter comunhão com Deus é necessário ser continuamente lavado pela água da Palavra de Deus (Ef 5.25-27).
As mãos e os pés dos sacerdotes tinham que ser lavados constantemente para não morrerem os Sacerdotes quando entraram na tenda para ministrar nas coisas sagradas, ou para não morrerem quando chegarem ao altar para ministrar, nisso aprendemos da natureza de Jesus Cristo (Ex 30.20, 21). Por Jesus ser divino e, ao mesmo tempo, ser homem sem pecado, Ele é completamente e constantemente limpo - I Pe 2.22, “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano”. A palavra ‘engano’ “dolos” significa no grego engano, traição, deslealdade, cilada astuta, perfídia, (# 1388, Strong’s). Não há como Nosso Mediador ser pego na iniqüidade e assim ser condenado e morto algo que resultaria em nós ser deixados sem nenhuma salvação.
A lavagem das mãos e dos pés dos sacerdotes era muito importante ao Senhor; a atenção ou desatenção ao deste único detalhe fazia a diferença entre a vida ou a morte dos sacerdotes. Tal atenção de Deus Pai sobre os atributos daqueles que ministravam as coisas sagradas nos ensina várias verdades. Primeiramente a santidade de Deus Pai Quem exige tal lavagem constate é manifesta (I Pe 1.16, “Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”). Em segundo lugar, entendemos a pureza de Cristo Quem o nosso Mediador entre o homem e Deus (I Pe 2.22) e, finalmente, como o povo de Deus em geral, e o ministrante da Palavra de Deus em particular, devem ser constantemente adentro da Palavra de Deus para manterem-se capazes de entrar e sair da presença de Deus. O salmista nos relembra da necessidade de ser limpos quando diz: “Quem subirá ao monte do SENHOR, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá a bênção do SENHOR e a justiça do Deus da sua salvação”, Sl 24.3-5). Note também como Davi ensina essa verdade pela sua pratica: Sl 26.6, “Lavo as minhas mãos na inocência; e assim andarei, SENHOR, ao redor do teu altar”. Essas três verdades são enfatizadas pela qualificação: “será por estatuto perpétuo” (Ex 30.21).
Cristo não apenas nos lavou dos nossos pecados pelo Seu sangue (At 20.28; Ap 1.5), que foi aspergido no altar dos holocaustos (Hb 9.11-14; 10.10-14), mas Ele mesmo é lavado, ou seja, tem mãos santas e pés santos. Isso quer dizer que Ele é imaculado em tudo que opera e em qualquer lugar que for.
Cristo é qualificado para ser O Sumo Sacerdote dos pecadores arrependidos por ser limpo de todo e qualquer mancha, ruga ou algo irrepreensível (Hb 7.23-27). Se dependermos em Cristo para operar a nossa salvação (as Suas mãos), temos verdadeira esperança, pois o Seu trabalho satisfaz O Santíssimo Deus Pai (Is 53.10, 11; At 2.29-36). Se dependermos em Cristo para ir adiante de nós na presença de Deus (os Seus pés), temos uma verdadeira salvação, pois Cristo está assentado à destra de Deus e é certo que estaremos aonde Ele estiver (Jo 14.3; 17.24; Hb 10.11-13).
Nos atributos de quem depende a sua salvação?
Como vão as suas mãos e os seus pés? São lavados?

Autor: Pr Calvin Gardner

Tabernáculo - Altar de Incenso no Lugar Santo - Cap. 31


EX 30.1-10; 30.34-38
O Altar de Incenso é a terceira peça descrita pela Bíblia no Lugar Santo. Enquanto o candelabro estava no lado sul do tabernáculo e a Mesa de Pão da Propiciação estava no lado norte, o Altar de Incenso posicionou-se no centro dos dois e “diante do véu que está diante da arca do testemunho” (Ex 30.6).
As suas dimensões quadradas eram de um côvado, tanto o comprimento quanto a sua largura. Eram dois côvados de altura, meio côvado a mais da Mesa de Pão da Propiciação no Lugar Santo (Ex 25.23) e da Arca da Aliança no Lugar Santo dos Santos, sem o Propiciatório e os Querubins (Ex 25.10).
O material usado na sua composição era madeira de acácia (Ex 30.1),mas, tudo foi forrado com ouro puro (30.3).
Desde que o Lugar Santo era o lugar de comunhão com Deus e do ministério do Sacerdote na adoração de Deus, o Altar de Incenso e o seu incenso nos ensina da importância do agrado de Deus com reverência em nossa adoração e comunhão. A presença do Altar de Incenso nesta parte do Tabernáculo nos ensina que um coração puro faz a nossa adoração e as nossas orações a Deus aceitáveis diante de Deus. Essa pureza de coração que agrada a Deus não vem dos exercícios da nossa 'religiosidade' mas do Espírito Santo conformando-nos à imagem de Cristo. Ele não somente nos move à uma obediência maior da Palavra de Deus mas, ajuda-nos a orar segundo a vontade de Deus (Rm 8.26). No foco da salvação e na vida cristã, não podemos agradar o Pai sem a Pessoa de Cristo (Jo 14.6) e não há participação em Cristo sem a operação do Espírito Santo (Jo 3.5; II Ts 2.13, 14; Tt 3.5). Tudo isso operado pela Palavra de Deus (a salvação - Rm 10.17; a vida Cristã - Jo 17.17).

Cristo, O Altar do Incenso e O Perfume das Orações.
Cristo é tanto o Altar do Incenso quanto o Incenso queimado nele. Cristo é a madeira e o ouro do altar pois essa composição manifesta a Sua:
Humanidade e Divindade – Hb 2.9, “Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos”.; Fp 2.8, 9, “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,7 Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; 8 E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”. Jo 1:14 E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

Aceitação com Deus pelo Local do Altar – Diante do Véu (30.6)
O fato que o Altar de Incenso e não o Altar de Bronze foi colocado diante do véu manifesta a presença da misericórdia de Deus para com o pecador na salvação e para com o cristão no seu andar diário (Is 55.1-7; Sl 89.14, “Justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e verdade irão adiante do teu rosto”). A justiça de Deus tem que ser satisfeita para qualquer pecador esperar ter aproximação amável a Deus. A justiça de Deus se satisfaz com o Sacrifício que Ele deu, Jesus Cristo o Cordeiro de Deus para que o pecador arrependido que tem fé em Cristo seja salvo eternamente (Jo 1.29; 3.16; Is 53.11; Cl 2.14). O cristão, no seu andar diário, precisa se lembrar deste sacrifício eterno, feito uma vez, para ser purificado constantemente (I Jo 1.8,9).
A Pessoa de Cristo aceitável ao Pai – Mt 3.17; 17.4; Jo 3.35, “O Pai ama o Filho, e todas as coisas entregou em suas mãos”.
As Orações de Cristo aceitáveis pelo Pai – Jo 12.27, 28, “Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora. 28 Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei”. Jo 11.42, “Eu bem sei que sempre me ouves” Jo 14.13, 14, “E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. 14 Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”.
As Orações de Cristo Sempre Diante de Deus - Hb 7:25, “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”. I Jo 1.8,9, “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”. (I Rs 8.46-53).

A Reverência em Nossa Adoração
O Altar de Incenso pela sua posição diante do véu que está diante da Arca do Testemunho, diante do Propiciatório, onde Deus Se ajunta com o Sumo sacerdote (30.6) ensina-nos que a oração no culto à Deus pede reverência. Note também que o Altar de Incenso foi carregado com varais forradas de ouro puro (30.4,5). Tudo disso nos ensina que mesmo que por Cristo temos ousadia a entrar na presença de Deus (Hb 10.19; Ef 3.12, “No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele”), não entramos nEsta Presença Augusta de qualquer jeito. Entramos com louvor à santidade do Seu nome (Mt 6.9, “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome”). E entramos com reverência, pois, invocamos o “Pai” nosso.
É relembrada essa devida reverência no culto pela ênfase dada à posição do Altar do Incenso em relação da presença de Deus repetidas vezes (“diante do véu que está diante da arca do testemunho, diante do propiciatório, que está sobre o testemunho, onde Eu me ajuntarei contigo”, 30.6; “diante do testemunho”, 30.36). É relembrada essa reverência exigente pela ênfase dada por Deus nas instruções também: Não oferecerá certas coisas (30.9), e a insistência por Deus de instruir que deve ser “coisa santíssima vos será” (30.36) e “santo será para o Senhor” (30.37).

Cristo - O Perfume do Altar
É Cristo, O Seu Amado, o elemento cheiroso na salvação e no andar diário do cristão. O sacrifício de Cristo aplaca a ira do Deus justo (Jo 3.16, 36). Cristo é o perfume da vida do cristão pois junto com o sangue do novilho da expiação para os pecados do Sacerdote (Lv 16.11-14) foram levadas as brasas de fogo do altar e nos seus punhos o incenso aromático moído para dentro do véu.
A nossa pregação de Cristo é um perfume, uma fragrância agradável para os que chegam ao conhecimento de Cristo. Os que pregam Cristo são perfume diante de Deus, não importando o ‘sucesso’ da mensagem (II Co 2.14-17).
Se pregamos apenas as regras da Lei, a obediência da Palavra de Deus, as orações fervorosas pelos santos, mártires, à mãe de Jesus, pregamos uma pregação faltando a fragrância que agrada a Deus. Se pregamos várias encarnações, observação das ordenanças de qualquer igreja, as obras de caridade, e se abstemos de casamento ou de carnes, o nosso sacrifício a Deus está sendo oferecido com fogo estranho.
Fogo estranho é uma abominação a Deus trazendo a mais séria condenação (Nadabe e Abiú - Lv 10.1-2; 250 rebeldes com Coré – Nm 16.35; Izias o jovem rei – II Cr 26.16-19; Acaz - 28.1-5). Não creia e não pregue qualquer outra salvação senão Cristo!
As conseqüências de não limitar-se a Cristo para TUDO na sua esperança de ser salvo são graves e eternas. As conseqüências de limitar-se a Cristo para TUDO na sua esperança de ser salvo são doces, fragrantes e eternamente assim.

O Coração Puro na Adoração Aceitável
Especiarias usadas com o incenso manifestam Cristo na Sua plenitude como Intercessor.
As especiarias eram específicas e únicas para este uso no Altar do Incenso (30.37,38).
As especiarias, depois de compostas, eram moídas para serem usadas (30.36).
As especiarias eram compostas de proporções exatas mas sem medida exata de quantia e ensina nisso que não pode ser limitada o quanto Cristo ora por nós (Hb 7:25 Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”; Hb 7.24, “Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo”). Aromáticas, incenso puro, temperado, puro e santo, moído para ser coisa santíssima (30.34-38).

O Levantar das mãos santas
O Coração Puro nas Orações Aceitáveis
Ap 8:3 E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono.
Ap 8:4 E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus.

Autor: Pr Calvin Gardner

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Tabernáculo - Vestes Sacerdotais - Cap. 30 - Parte II

EX 28.4-35; 39.1-32 

Continuação...

Simbologia
As pedras de engaste simbolizam a preciosidade dos Cristãos a Deus por Cristo (Malaquias 3.17.)
Todo o povo de Deus individualmente está representado por essas pedras preciosas neste peitoral do sumo sacerdote. As pedras são doze em número e os nomes de todas das doze tribos estão esculpidas “como selos, cada uma com o seu nome” (Êxodo 28.21).
A lição do selo aponta à atitude de Deus para com o Seu povo: Seu Povo é de Sua propriedade particular (Jo 17.6, “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra”), Seu Povo é autêntico (Jo 17.7, 8, “têm verdadeiramente conhecido que saí de Ti”, 23, “Eu neles, e Tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade”) e o Seu Povo é seguro (Jo 17.11, “as Tuas coisas são Minhas” 24, “Pai ... onde Eu estiver, também eles estejam comigo”). As pedras de engaste estando no peitoral e o peitoral estando sobre o coração do sumo sacerdote, a serenidade do relacionamento de Deus por Seu povo em Cristo é manifesta. A salvação que vem de Deus pela obra de Cristo abençoa Seu povo com “todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais” (Ef 1.3). Tão grande salvação é essa! É relacionamento!
Existe uma lição que vem do fato dos nomes das doze tribos sendo esculpidos nas pedras (Ex 28.21). Essa lição nos ensina que cada um dos filhos de Deus é conhecido por Deus individualmente (João 10.3, “chama pelo nome às Suas ovelhas”; II Timóteo 2.19, “O Senhor conhece os que são Seus”). É palavra fiel e digna de toda a aceitação que, se você é um filho de Deus lavado pelo sangue de Cristo, você é precioso para com O Pai (Malaquias 3.17). Cada um destes filhos também é conhecido em amor por Cristo como Mediador deles (João 10.14-16, 27-29). Nenhum dos filhos de Deus é perdido na multidão de cristãos. Ele conhece os Seus. Tão grande salvação é essa! É posição!
Essa lição nos incentiva a estreitar os nossos laços com nosso Pai celestial por nosso Salvador. Se o sábio Deus tem o prazer de considerar cada um dos Seus como uma jóia preciosa, cada uma das Suas jóias preciosas devem buscar primeiro este Pai celestial em tudo o que se faz (I Coríntios 6.17-20; II Tm 2.19, “e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade”).
Também se Deus ama os Seus ardentemente, os Seus devem amar uns aos outros conforme diz o Apóstolo João na sua primeira epístola capitulo quatro versículo onze, “Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros.”

Posição
As pedras foram engastadas em ouro nos seus engastes enchendo assim o peitoral com “quatro ordens de pedras” (28.17-20). As doze pedras diferentes foram sárdio, topázio, carbúnculo, esmeralda, safira, diamante, jacinto, ágata, ametista, berilo, ônix e uma jaspe (veja: Ez 28.13; Apocalipse 21.19, 20). Mesmo que a ciência moderna não saiba quais exatamente são os nomes atuais dessas pedras podemos saber que eram valiosas e lindas pois as vestes do sumo sacerdote eram “para glória e ornamento” (Ex 28.3).
“Como o peitoral, com os nomes das tribos de Israel, era o adorno mais brilhante vestido pelo sumo sacerdote, assim são os nomes dos eleitos de Cristo as mais preciosas jóias que Ele tem tão perto do Seu coração”, (Spurgeon, Till He Come, pg. 86) Ex 28.28,29.
“Nunca se separará o peitoral do éfode” (Ex 28.28) como também nunca se separará o amor de Deus pelos Seus (Rm 8.35-39). Quando o sumo sacerdote se vestia do éfode para se apresentar em obediência diante de Deus, a sua glória e ornamento, os nomes do seu povo perto do seu coração, necessariamente foram apresentados juntos. Cristo está com Deus O Pai hoje e com os nomes de cada um dos Seus filhos no Seu coração. Tão grande salvação é essa! É relacionamento, é posição, é eterna!

Valor
O valor destas pedras, no seu lugar engastadas em ouro no peitoral, é alto. Esse valor e glória dos Seus o Pai viu em amor desde a eternidade passada (Jr 31.3, “amor eterno”; II Tm 1.9, “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos”; II Ts 2.13, “por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação”; I Jo 4.19; Ef 1.4). Mas o Seu Povo amado desde a eternidade passada não teve sempre a aparência de alto valor. Alguns estavam incrustados nas camadas de lama nas profundidades do mar e outros foram tirados das minas escuras e longe da luz e do conhecimento humano. Nas suas formas brutas, as pedras que se tornariam engastadas em ouro no peitoral do sumo sacerdote e levadas eternamente na presença terrível de Deus (Gn 28.17; Dt 10.17), eram feias e aparentando valor algum. Mas, sendo achadas por aqueles que conhecem seu valor, extraídas da posição original do mundo, carregadas, lavadas, cuidadosamente cortadas e precisamente lapidadas foram transformadas para serem glória e ornamento nas vestes do sumo sacerdote.
Nisso podemos perceber a benção do amor eterno e particular de Deus pelos Seus. Os Seus, cada um deles, andavam segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Cada um antes andava nos desejos da carne e fizeram a vontade da carne e dos pensamentos. Cada um era um filho da ira (Ef 2.1-3). O Salmista, usando outra linguagem, diz que estes estavam num lago horrível, num charco de lodo (Sl 40.2). Mas o amor eterno de Deus viu estes ‘perdidos’ (Lu 19.10) e os deu ao Seu Filho Jesus (Jo 6.37-39), que por Sua vez, redimiu estes com Seu próprio sangue na cruz (Jo 17.6-9, 19; II Co 5.21), para trazê-los a Deus, lavados, santificados e purificados, para serem a Sua glória e ornamento eternamente diante de Deus.

Beleza
A beleza destas pedras de engaste é emprestada. A beleza das jóias não é percebida se a luz não passar por elas. Deixadas a sós, mesmo cortadas e lapidadas perfeitamente, a sua beleza e valor não são vistas até os raios da luz focalizarem nelas. Cristo é a Luz do mundo (Jo 8.12; 9.5). Ele é a Luz de fora que faz com que as Suas pedras preciosas estejam brilhantes, gloriosas e adornadas o suficiente para estarem sempre diante de Deus. Cristo no Seu Povo faz que sejamos úteis e gloriosos (Mt 5.16-19; II Pe 4.14). Na medida em que a sua vida seja feita conforme a imagem de Cristo é que a sua beleza e utilidade são vistas. A vida cristã não tem valor aparte da Luz brilhando por ela.
Como é contigo? Você está ainda num lago horrível, num charco de lodo? Arrepende-se dos seus pecados e crê com fé no Senhor Jesus Cristo para ter os seus pés postos sobre a Rocha.
Já tem sido lapidado pela mão cuidadosa do Senhor mas os hábitos ruins da sua vida velha ofuscam a sua beleza e adorno ao Senhor diante dos homens? Confesse e abandone tais pecados para voltar a reconhecer as bênçãos de um relacionamento privilegiado diante de Deus.

O Urim e O Tumim – Ex 28.30
A Bíblia não explica abertamente a forma, o uso, o material, ou o significado do Urim e o Tumim. Há o que Deus deseja guardar para Ele, e tais coisas não são para nós. Todavia, da própria Bíblia (uso das palavras Urim, 7 vezes e Tumim, 5 vezes) podemos saber algumas importantes verdades, e estas verdades são para nós (Dt 29.29). O que podemos saber sobre o Urim e o Tumim: (1) foram postas “no peitoral”, Ex 28.30, (2) no hebraico Urim significa “luzes” (#0224, Strong’s), e Tumim significa “perfeições” (#08550, Strong’s), (3) fazia juízo, ou conhecimento, da vontade de Deus por eles, Nm 27.21; I Sm 28.6, (4) a ausência destes impedia o ministério do sacerdote, Ed 2.63; Ne 7.65 (5) a presença deles era abençoada, Dt 33.8.
Desde que o Urim significava “luzes” e o Tumim significava “perfeições” é possível que o desígnio deles eram para revelar as perfeições de Deus e a Sua vontade aos sacerdotes para o povo de Deus. A Lei revelou a perfeição de Deus no Seu caráter e na Sua essência pelos seus mandamentos e pela simbologia dos seus sacrifícios e cerimônias. Esta simbologia cumpriu-se no Evangelho, na obra e na pessoa de Jesus Cristo, cheio de “graça e de verdade” (Jo 1.14, 17). “O conhecimento da glória de Deus” está “na face de Jesus Cristo”, (II Co 4.6).
Pela vida de Cristo, a revelação de Deus claramente foi anunciada (Mt 1.21; 3.17; 17.4). A perfeição exigida por Deus, Cristo manifestou na Sua obediência completa a tudo que Deus Pai deu-O a fazer (Jo 17.4; Fp 2.8-11). Nisso entendemos que Cristo é representado pelo Urim e o Tumim, a revelação da perfeição de Deus.
Pela morte de Cristo, Deus fez justiça plena, uma revelação da perfeita justiça de Deus operada por Cristo para com o pecado de todo pecador que se arrepende e crê pela fé nELe (I Pe 3.18, “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito”). Nisso entendemos que Cristo é representado pelo Urim e o Tumim, a revelação da perfeição de Deus.
Pela ressurreição de Cristo Deus revelou diante de todos o Seu Salvador pelo qual, com justiça há de julgar o mundo (At 17.31; I Co 15.4-8). Pela ressurreição de Cristo a perfeita salvação de Deus foi feita (Hb 7.25, “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”). Nisso entendemos que Cristo é representado pelo Urim e o Tumim.
O seu mediador tem o Urim e o Tumim a revelação das perfeições de Deus na sua pessoa, atributos e obra? Há um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo Homem (I Tm 2.5, 6).
Como mencionado, conhecer a vontade de Deus foi pelo uso do Urim e do Tumim (Nm 27.21). Isso fala de Cristo também. Por Cristo ser o Verbo, a Palavra de Deus, conhecemos a vontade de Deus. O Pai mostrou tudo o que faz ao Filho, portanto aquele que busca a luz e a perfeição por Cristo, achará (Jo 5.20; Pv 2.1-6; Cl 2.3). Pelo fato de Cristo ser a comunicação de Deus ao homem, a igreja neotestamentária é incumbida de pregar Cristo a toda nação, e aos discípulos, ensinar tudo que Ele tem ensinado (I Co 15.1-5; Mt 28.19-20). Tendo essa orientação confiável, a ovelha de Deus pode “entrar e sair” e achar todas as suas necessidades supridas (Jo 10.9).
A Bíblia apresenta os filhos e os servos de Deus no Velho Testamento buscando a orientação divina e o SENHOR dando-a (Jz 1.1-2; 20.18, 28). Essa busca era através do éfode no qual estava o Urim e o Tumim (I Sm 23.9-12; 30.7-8). Lembramo-nos que tudo no tabernáculo estava sujeito à ordem divina: “Faça tudo conforme o modelo” (Ex 25.9, 40; 26.30; 27.8; Nm 8.4; At 7.44; Hb 8.5). A submissão à vontade de Deus é fundamental para o louvor correto e a adoração que agrada Deus (Jo 4.24; Is 58.3-14). Há uma maneira correta de buscar o SENHOR! É por Cristo! Ai daquele a quem Deus não se revela (II Sm 28.6; Mt 7.21-23)!
Está submissa a Cristo? A sua submissão será evidente na sua obediência à Palavra de Deus. A sua vida está sendo feita conforme a imagem de Cristo mais e mais?
Somente sendo submissa à palavra de Cristo e sendo feita conforme a Sua imagem podemos esperar ter a revelação de Deus para o seu caminho, e a conhecer melhor a perfeição de Deus quando busca a orientação divina por Cristo.
Jo 8.12-18, “Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. Disseram-lhe, pois, os fariseus: Tu testificas de ti mesmo; o teu testemunho não é verdadeiro. Respondeu Jesus, e disse-lhes: Ainda que eu testifique de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim, e para onde vou; mas vós não sabeis de onde venho, nem para onde vou. Vós julgais segundo a carne; eu a ninguém julgo. E, se na verdade julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou. E na vossa lei está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou”.
Você adora e ora com o Urim e Tumim?

O Manto do Éfode – Ex 28.31-35; 39.22-26
Feito de azul, a qualidade de Cristo como Mediador vindo dos céus é exaltada. Nessa qualidade celestial Ele tem a autoridade do Pai, as Palavras do Pai, as obras do Pai, o agrado do Pai em tudo. Nessa qualidade celestial de Cristo Deus justifica completamente o pecador que vem a Ele pelo Seu Filho Jesus (Rm 8.1-4).
Quem está em Cristo, tem a vida eterna que é celestial, pois no céu não há mais morte. É importantíssimo ser vestido do Celestial para agradar o Deus do céu para sempre.

O Sacerdote, com este manto:
É vestido – v. 32, 35 do peito até os pés; Jó 29.14. Como Deus ‘vestiu’ Adão e Eva com as túnicas de peles, Cristo é a vestimenta agradável e propícia para todo pecador que se arrepende dos pecados e vem a Deus pela fé em Cristo (Gn 3.21; Is 61.10, “Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, e como a noiva que se enfeita com as suas jóias”).
É coberto – v. 35, estará sobre Arão quando ministrar; Is 59.17; o significado da palavra hebraico para manto (#4598, Strong’s) é no senso de cobrir ou cobrindo. Cristo é a justiça nossa (II Co 5.21).
É ouvido – v. 35, para que se ouça ao entrar e quando sair no serviço. Nós oramos por Cristo (Jo 14.13, 14) e entramos neste serviço por sermos em Cristo (Hb 10.19). O nosso serviço nunca é por nós.

O Manto:
É todo de azul – Ex 28.31; 39.22. Jesus manifesta ricamente tudo e somente o divinal e celestial. Satanás não tem nada com Ele (Jo 14.30) como o príncipe deste mundo tem aliado com a nossa carne (Rm 7.18, 23). Como Ele agrada o Pai perfeitamente em tudo que é e faz, o Pai nos faz aceitáveis a Si mesmo completa e eternamente pelo Amado Filho (Ef 1.6). Igreja, intenções, caridades, sacrifícios, etc. são contaminados pela fraqueza da carne, mas Ele é Deus conosco cujo trabalho O satisfaz trazendo paz celestial para todo o sempre (Is 53.7-11). Como é importante ter Cristo Jesus como Salvador e Mediador!
Tendo Ele na sua vida, fará tudo novo. Terá um novo cântico, alvos celestiais, e deleite em submeter-se à lei de Deus. Terá tristeza com o mundo e todo o seu curso, e tremendo desânimo pelas limitações da carne (Rm 7.24). A obra de Cristo no Seu povo diante de Deus é tão completa quanto necessária. Não barganhe com nada menos da obra dAquele que é divino por completo (II Co 5.18-21).
É peça de roupa usada por Sacerdotes (Arão – Ex 28.31-35; Esdras – Ed 9.3, 5; todos os levitas – I Cr 15.27), Reis (Saul - I Sm 24.4-11; Davi – I Cr 15.27; Cristo – Ap 19.16), homens de bens (Jó – Jó 1.20; amigos de Jó – Jó 2.12), e por Profetas (Ezequiel – Ez 5.3). Cristo usa esse manto por direito. Ele é o Grande Sumo Sacerdote que penetrou nos céus (Hb 4.14), o Rei dos Reis (Ap 19.16), e quem está nEle é feito sacerdote e rei (Ap 1.5,6), tem a mensagem divina como profeta e veste roupa nupcial feita no céu, por ser feito Filho de Deus.
É ornamental e festivo – Jó 29.14; Is 3.22; Is 61.10. Jesus é a beleza da vida Cristã, precioso para os que crêem nEle (I Pe 2.7). A Sua justiça os cubra e é o único adorno que prezam.
É a segunda peça para o sacerdote vestir – 29.5; Lv 8.6-9. Logo depois de vestir a túnica de linho fino, vestiu-se o manto. Depois da peça que representa a justiça que Cristo ganhou pela Sua obra na cruz, vem essa peça que denota a divindade e a origem celestial deste Justo.
É protegido de dano – 28.32. Como a justiça de Cristo é eterna, os cobertos por ela são seguros para todo o sempre nada os podendo condenar (Rm 8.1, 31-34, “Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo o seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós”). A religião do homem falhará mas é celestial e eterna a justiça que vem do céu. Não há dano nenhum para os que estão em Cristo Jesus.
É com romãs coloridas – 28.33 Feitas de fio torcido como o éfode foi feito (39.2, 3). “Um trabalho bordado esmerado”. Significando a beleza e representação de bom cheiro que Cristo é ao Seu Pai. Os que são de Cristo também têm a beleza do seu perfume, sendo que a sujeira do fedido pecado das “velhas coisas” do mundo são passadas quando Cristo é vestido (II Co 5.17). O Cristão, fixo pela graça em Cristo, tem tudo para agradar ao Pai, quando acoplado com o suave e reverente som das campainhas feitas de ouro puro.
É com campainhas de ouro puro entre uma romã e outra – 28.33, 34. A declaração do Evangelho é música aos ouvidos de Deus pois em Cristo Ele é glorificado (Jo 12.27-28; II Co 2.16; Ef 5.2). O manto de justiça que o arrependido tem por Cristo somente cheira bem quando tem a harmonia de uma vida conforme a imagem de Cristo, pois somente dessa forma o som do Evangelho é ouvido (Lc 16.13, “Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom”). Ter as aparências de justiça sem o ‘som’ que anuncia Cristo pela vida é não ser coberto corretamente (Jo 10.25-27)
É peça importantíssima – 28.35, “para que não morra”. Como a obediência explícita para o sacerdote ministrar diante de Deus, com ameaça de morte, assim Cristo é perfeito como também a Sua obra. Somente os que descansam plenamente na pessoa de Cristo têm a importantíssima peça da sua roupa de justiça sem a qual ninguém verá o Senhor. Hb 12.14, “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;”.

A Representação do manto:
Muitas são as suas representações. Significa justiça – Jó 29.14; Is 61.10 - sem manto quer dizer que confessa estar com pecado, portanto, sem justiça – Ez 26.16; Zelo – Is 59.17; Autoridade e proteção - compromisso – Ez 16.8; Ap 19.16 - Ser com este manto temos autorização para entrar na presença de Deus (Jo 14.6; Hb 10.19-23) e eterna proteção (Jo 10.27-30; Jd 24).
Quem está lhe representando diante de Deus?
Seu mediador tem a autoridade de Deus cobrindo ele?
Seu mediador tem a justiça de Deus cobrindo ele?
Seu mediador tem compromisso contigo?
Seu espírito está descoberto ou coberto? Coberto de justiça?
A Túnica de Linho Fino e O Cinto Bordado – Ex 28.39 e, Os Calções de Linho – Ex 28.42-43
Mesmo que a túnica bordada está na lista depois do manto (Ex 28.4), estudaremos a túnica agora, na descrição desta parte das vestes sacerdotais a túnica segue a descrição da lâmina de ouro puro (Ex 28.36-39). Nessa passagem a túnica é descrita apenas como de linho fino e o cinto é feito “de obra bordada”. Todavia, em Ex 39.27, é dito que “de obra tecida” foram feitas essas túnicas. Obviamente a boa obra bordada era pelo processo de tecelagem. Os calções de linho são mencionados depois da túnica e do cinto (Ex 28.42, 43). Todavia, desde que o propósito deles era de cobrirem a carne nua dos lombos até as coxas, foram vestidos antes de tudo. Todavia, desde que os calções cobriram somente os lombos até as coxas, foi necessário ter a túnica e o cinto também.
A túnica, o cinto e os calções eram para o sacerdote e para os seus filhos. Quer dizer, o que é bom para o sacerdote é bom para os seus filhos.
A túnica, os calções e o cinto foram todos feitos de linho fino. O linho fino sendo branco tem o significado de justiça (Ap 7.14; 19.8, 14). Antes de qualquer coisa aquilo que Cristo é como o Grande Sumo Sacerdote, Ele é justiça. Essa justiça foi ganha e não imputada. A justiça que Jesus tem é fruto da Sua obra obediente e vicária na cruz. Cristo, o Justo, foi feito homem e levou sobre Si o pecado de muitos, e pelo pecado condenou o pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Ele recebeu toda a ira do eterno Deus e satisfez Deus completamente ao ponto que não há condenação para os que estão em Cristo Jesus (Is 53.10-12; Rm 8.1-4; Fp 2.8-11). Pela Sua obediência em tudo que o Pai lhes deu a fazer, por ter pagado os pecados do Seu Povo, e por ter a vitória pela Sua ressurreição, Cristo foi feito à justiça de Deus. A Sua justiça foi obtida pela Sua obra. A nossa justiça é imputada por estarmos em Cristo. Portanto, os que nEle crêem são feitos a justiça de Deus em Jesus Cristo (Rm 3.21-26; I Co 1.30).
Essa justiça é básica para qualquer relacionamento de paz com Deus como são básicas essas peças nas vestimentas dos sacerdotes. Cristo poderia ser do céu (manto de azul), ter os Filhos de Deus perto do Seu coração (pedras de engaste no éfode), esconder consigo os mistérios da vontade de Deus (o Urim e Tumim), mas se faltasse justiça, não poderia ser o Mediador nem o Substituto que é necessário para representar e remir os Seus.
O Mediador que precisamos tem que ser como nós mas sem pecado para agradar o Santo. Este fato de um inocente morrer para o culpado é ensinado desde o jardim do Éden (Gn 3.21). É também enfatizado pela Lei de Moisés nas suas cerimônias de holocaustos tanto para adorar o Santo (Lv 24.2-7), quanto ser perdoado por Ele (Lv 4.20-35). Cristo é como nós, nascido de mulher e sob a lei (Gl 4.4) mas Cristo é sem pecado (I Pe 2.22). Cristo cumpriu toda a Lei em todos os pontos, na letra e no espírito, na ação e no coração (Jo 17.4; Lc 24.24; Gl 3.13; Fp 2.6-8). Cristo é como nós para nos representar, e obediente em tudo para nos remir. Sim, Cristo é justiça e nos imputa a nós essa justiça (II Co 5.21).
Ele não poderia ser o nosso Substituto se não fosse feito justiça pela Sua obediência em tudo. De outra forma seria como nós tendo seus próprios pecados para pagar. Sendo pecador como nós, toda e qualquer obra dEle seria contaminada pelo pecado. Se não fosse feito justiça. Mas, Cristo se fez semelhante aos homens, mas sem pecado (Fp 2.7; Mt 4.1-11; Hb 4.15). Ele é Substituto idôneo pois Ele é, para os remidos, e por Deus, feito justiça (I Co 1.30). Contudo, as Suas justiças são imputadas aos Seus quando estes se arrependem dos seus pecados e crêem pela fé nEle (II Co 5.21). Sim, Cristo é primeiramente justiça e nessa qualidade pode ser o nosso substituto.
Como observamos antes, a túnica de linho fino também era vestida pelos filhos do Sacerdote (Ex 28.40). Os salvos são feitos conforme a imagem do Salvador (Rm 8.29; Cl 3.10). Os filhos de Deus em Cristo são aceitos por Deus, ou seja, os com a justiça de Cristo imputada a eles podem entrar e sair diante de Deus com ousadia (Hb 10.19-23). Também, por serem justiça podem ministrar diante de Deus pelos outros como sacerdotes (Ap 1.5, 6; II Co 5.18-20). Verifique que a sua primeira veste é a justiça de Cristo e não as suas próprias justiças. Não existem obras de justiça oriundas do homem que satisfazem o Santo dos Santos como satisfaz a obra completa de Cristo no lugar do pecador. Se não tivermos a justiça de Cristo imputada a nós não temos como ver Deus (Jo 3.36; Hb 12.14). Se arrependa e creia pela fé em Cristo! Vigiai e orai para que não manche essa veste, pois é a parte mais básica para um bom testemunho. Aquilo que você é internamente é a sua primeira pregação aos de fora (I Tm 4.12-16; Mt 7.15-20; Tg 3.8-18).
O cinto bordado ou, melhor, tecido, segura essa túnica ao corpo. Pela sua posição, beleza e utilidade o cinto pode representar a prontidão, força, fidelidade e integridade de Cristo (Gill). A justiça sem a prontidão de obedecer seria contraditória. Os que têem a esperança de serem vestidos com a justiça de Cristo, precisam examinar se suas vidas igualam a sua confissão. Se dizem que têem a justiça de Cristo mas não têem vidas no mesmo nível precisam ter cuidado pois podem ser achados nus (Ap 3.1, 17-19). O conjunto das vestes básicas é completo somente com o cinto tecido. Este quer nos ensinar que a justiça imputada tem juntamente a prontidão de fazer e a fidelidade em fazer a vontade de Deus. Como estas vestes eram do sacerdócio, os verdadeiros cristãos precisam estar prontos e ativos no ministério intercessor diante de Deus pelos outros. Seja pronto para ser um intercessor pelos que estão fora tanto quanto os que já estão em Cristo (Gl 6.1; I Sm 12.23; Jo 17.9, 20-23).
Lembre-se que estas vestes eram “para Me administrarem o oficio sacerdotal” (Ex 28.4, 41). Para os que aproximam a Ele e ministram diante dEle existem rígidas exigências postas por Deus. Essas vestes, e apenas essas vestes são aceitas por Deus. O não cumprimento destas exigências resultavam em morte (Ex 28.35, 43). Porém, nenhum filho de Adão pode cumprir tais exigências (Rm 5.12; Is 59.1-13). Somente Cristo pode (Fl 2.8-9). Os que reconhecem os seus pecados e a condenação justa de Deus; os que estão cansados do engano e da sua abominação diante de Deus, podem ser lavados pelo sangue de Cristo mediante o arrependimento dos pecados e a fé em Cristo. Sim, são estes pecadores que são chamados para virem ao Senhor (Mt 11.28-30). Ser lavado pelo sangue de Cristo é estar vestido com a túnica de linho fino, ou seja, com a justiça de Cristo (Ap 7.14; 19.8).
Tentar entrar na presença de Deus de outra forma seria igual àquele que ousava participar nas bodas sem as vestes de núpcias (Mt 22.11; Ap 19.8). Exigência divina somente pode ser preenchida com a provisão divina: Cristo. Tem as vestes propícias para entrar na presença de Deus?

A Mitra de Linho Fino – Ex 28.38, A Lâmina de Ouro Puro – Ex 28.36-38 e As Tiaras – Ex 28.40
As nove vezes que a palavra “mitra” é usada na Bíblia:
Êx 28.4, “Estas pois são as vestes que farão: um peitoral, e um éfode, e um manto, e uma túnica bordada, uma mitra, e um cinto; farão, pois, santas vestes para Arão, teu irmão, e para seus filhos, para me administrarem o ofício sacerdotal”.
Êx 28.37, “E atá-la-ás com um cordão de azul, de modo que esteja na mitra, na frente da mitra estará”.
Êx 28.39, “Também farás túnica de linho fino; também farás uma mitra de linho fino; mas o cinto farás de obra de bordador”.
Êx 29.6, “E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da santidade porás sobre a mitra”.
Êx 39.28, “E a mitra de linho fino, e o ornato das tiaras de linho fino, e os calções de linho fino torcido”,
Êx 39.31, “E ataram-na com um cordão de azul, para prendê-la à parte superior da mitra, como o SENHOR ordenara a Moisés”.
Lv 8.9, “E pôs a mitra sobre a sua cabeça; e sobre esta, na parte dianteira, pôs a lâmina de ouro, a coroa da santidade, como o SENHOR ordenara a Moisés”.
Lv 16.4, “Vestirá ele a túnica santa de linho, e terá ceroulas de linho sobre a sua carne, e cingir-se-á com um cinto de linho, e se cobrirá com uma mitra de linho; estas são vestes santas; por isso banhará a sua carne na água, e as vestirá”.
Zc 3.5, “E disse eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e vestiram-no das roupas; e o anjo do SENHOR estava em pé”.

Aprendemos pela examinação destas referências:
- a mitra era para ser posta sobre a cabeça (Ex 29.6; Lv 8.9; 16.4; Zc 3.5), para cobrir (Lv 16.4). Em I Co 11.3-10, o cobrir denota submissão. Cristo era submisso ao Pai e como Filho completamente submisso em amor fez a obra redentora que salva os pecadores (Sl 40.7, “Então disse: Eis aqui venho; no rolo do livro de mim está escrito”; Jo 17.4, “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer”; Lc 22.42, “todavia não se faça a minha vontade, mas a tua”; Fp 2.7-8, “Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”). Se vamos servir Deus em qualquer capacidade, e especialmente no oficio de sacerdote, orando e ministrando a Palavra de Deus aos outros, temos que ser submissos. A nossa submissão não deve ser regida subjetivamente pelos sentimentos ou emoções. Serviço movido pelas emoções é variável e inconsistente e, portanto, inaceitável. Todavia, submissão objetiva é aceitável por ser movida pelo entendimento (Mc 12.30, “de todo o entendimento”) e alicerçada na doutrina (Jo 4.24, “Jo 4.24, “Deus é Espírito, e importa que os que o adorem o adorem em espírito e em verdade”). A sua cabeça na adoração evidencia a submissão?
- o uso da mitra era ordenado pelo SENHOR a Moisés (Ex 39.31; Lv 8.9). Como observado antes, Deus é exigente na maneira como Ele deve ser servido. Quem serve Ele melhor não é necessariamente o pragmático, líder carismático ou o inventivo, mas aquele que limita-se a fazer tudo conforme a vontade revelada de Deus. Cristo veio não para fazer a Sua própria vontade mas a dAquele que O enviou (Jo 5.30, “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou.”; Jo 6.38, “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”). Por isso, a nossa mensagem, como a adoração, deve limitar-se àquilo ordenado pelo SENHOR como exemplificou o apóstolo Paulo (I Co 2.1-5).
- a mitra faz parte das vestes santas do sacerdote (Ex 28.4; Lv 16.4). Como a santidade convém na adoração! Sl 29.2, “Dai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade”; Sl 96.9, “Adorai ao SENHOR na beleza da santidade; tremei diante dele toda a terra”. A beleza da mitra, era que ela, pela lâmina de ouro, a coroa da santidade, anunciava o que é precioso diante de Deus, ou seja, a santidade. O cordão de azul que segurava essa lâmina representa que essa santidade veio do céu. O nosso Mediador foi separado para o Seu ministério mesmo antes da fundação do mundo. Cristo pode vestir-Se de todas as vestes sacerdotais pois Ele é santo, a beleza diante de Deus. Se vamos exercitar a nossa vocação de sacerdote convém que seja feita em santidade.
- o uso da mitra foi uso exclusivo do sacerdote quando cumpria o oficio sacerdotal (Ex 28.4, “para Me administrarem o oficio sacerdotal”; 29.6, “E a mitra porás sobre a sua cabeça”; Lv 16.4, “Vestirá ele”; Zc 3.5, “Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça”). Os filhos usariam as tiaras, que eram de linho e amarradas à cabeça (Ex 28.40)
- a mitra era acompanhada por uma lâmina de ouro puro, a coroa da santidade, e um cordão de azul (Ex 28.36, 37; 39.31; Lv 8.9). A lâmina de ouro, sendo gravada nela “como as gravuras de selos: SANTIDADE AO SENHOR” (Ex 28.36). Essa lâmina era atada na frente da mitra com um cordão de azul. Estava “sobre a testa de Arão, para que Arão leve a iniqüidade das coisas santas, que os filhos de Israel santificaram em todas as ofertas de suas coisas santas; e estará continuamente na sua testa, para que tenham aceitação perante o SENHOR” (Ex 28.38). Cristo é O Santo (Is 47.4, “O nosso redentor cujo nome é o SENHOR dos Exércitos, é o Santo de Israel”). Cristo é o Santo AO SENHOR (Lc 1.35, “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus”). Não há santo como Jesus Cristo. Ninguém irá ao Pai senão por Ele! Somente por ter os pecados lavados pelo sangue de Jesus pode qualquer um ousar entrar na presença de Deus. Por Cristo ser divino e eterno e imutável santo Ele é O eterno e imutável Mediador com SANTIDADE AO SENHOR na Sua testa. Neste oficio Ele representa eternamente todos que se arrependem dos seus pecados e crêem pela fé nEle. Quando Deus olha para você, Ele vê o quê? Se você deseja exercitar eficientemente o oficio sacerdotal, saiba que precisa da SANTIDADE AO SENHOR coroando a sua submissão a Deus para o bem do outro. Não adianta guardar iniqüidade no seu coração contra Deus ou seu próximo (Sl 66.18, “Se eu atender à iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá”; Mt 5.23, 24, “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta”). O seu serviço para com os outros é tão eficiente quanto seu viver na santidade. Os santificados devem andar como santos, mas, se não andar como deve, Cristo, O Justo, não nos representa. Cristo é nossa lâmina de ouro que nos apresenta a Deus (I Jo 2.1, “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”).
- antes de pôr a mitra sobre a cabeça, o sacerdote tinha que banhar a sua carne na água (Lv 16.4). Isto representa a dedicação total do sacerdote à sua obra sacerdotal. Cristo dedicou-se até a morte (Fl 2.7,8). Se vamos ministrar pelos outros diante de Deus, é necessário ter a nossa carne constantemente mortificada (Gl 2.20; 5.16, 25; Rm 6.16-23; 12.1-2). A água para nos limpar a carne é a Palavra de Deus. Aquele que medita nas Palavras da vida (Sl 1.2,3), que come a Palavra de Deus (Jr 15.16), que pensa naquilo que é puro, justo, de boa fama (Fp 4.8,9) nunca tem o sua vigor murchado, e nunca tem falta do necessário físico, espiritual ou moral. Quando reservamos muito tempo diariamente para comungar particularmente ao Senhor como ao serviço público convém que primeiramente nos banhemos com a Sua Palavra.
- a mitra deveria ser limpa (Zc 3.5). Cristo se veste da mais pura e limpa justiça e é determinado O “Justo” (I Jo 2.1). Se houver alguém aqui se sentindo sujo e manchado, com as suas melhores vestes somente como trapos da imundícia, ou esteja nu, que venham ser vestidos com as justiças de Cristo e ter suas vestes lavadas no sangue de Cristo. É através do sangue do Justo que as vestes são branqueadas (Ap 7.14). Somente depois de ser lavado, pode ministrar como sacerdote.
- como grande parte das vestes, a mitra foi feita de linho (Ex 28.39; 39.28; Lv 16.4). Como o linho fino representa justiça (Ap 7.14; 19.8,14), Cristo, primeiramente, da parte mais alta, é justiça. Portanto Ele é supremamente digno de operar como Mediador diante de Deus para com os pecadores (Ap 5.9, 10 “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra”). Antes de ministrar para com os outros, verifique que tenha se despojado das suas próprias justiças e tenha vestido a justiça de Cristo (Cl 3.8-11). Que os Teus sacerdotes “vistam-se” de justiça, e que a sua justiça seja a de Cristo (Sl 132.9)!

 Autor: Pr Calvin Gardner

Tabernáculo - Vestes Sacerdotais - Cap.30 - Parte I


EX 28.4-35; 39.1-32
As Peças em Geral – Ex 28.4, 28, 40-42
O Peitoral, o Éfode com o Urim e o Tumim e as pedras de engaste, o Manto, a Túnica Bordada com os Calções e um Cinto, e a Mitra com a sua Lâmina de ouro, e, as Tiaras (v.36-39, 40).

Os Materiais – Ex 28.5
As vestes dos sacerdotes eram de ouro, o azul, a púrpura, o carmesim e de linho fino torcido.

A Representação dos Materiais
O ouro representa a divindade de Cristo, o azul aponta o fato que Cristo é dos céus, a púrpura lembra-nos de reis, o carmesim manifesta a humilhação de Cristo na Sua morte e o linho fino torcido ensina-nos da Sua justiça e a Sua pureza, pois o linho fino era branco.
Imagine a confusão e ilógica que seria para um sacerdote aproximar-se de Deus com qualquer roupa e de qualquer maneira. A glória da obra e a glória do lugar exigem vestes à nível desta glória.
Não adoramos, nem servimos o Santo Deus sem santidade (Hb 12.14; Sl 66.13) Deus é Espírito e importa a Ele ser adorado em espírito e em verdade (Jo 4.24).
Como é o seu espírito? Lavado? Usado para a Sua glória? A sua adoração espiritual é conforme a verdade?

As Peças Individualmente Descritas e a Simbologia de Cada Uma – Ex 28.6-43
O Éfode – Ex 28.6-14
Mesmo sendo o peitoral, com suas pedras de engaste, mencionado primeiro na lista (Ex 28.4), o éfode é descrito primeiro (Ex 28.6-14). Por isso aprenderemos dele primeiro.
O éfode era a parte exterior, a última peça das vestes sacerdotais, era uma peça comum de todos os sacerdotes (I Sm 22.18). Até Samuel, sendo ainda jovem foi “vestido com um éfode de linho” (I Sm 2.18). Todavia, para o Sumo Sacerdote, era reservado o éfode com matérias preciosas.
O éfode das vestes sagradas, como o peitoral, era composto de todo o tipo de material reservado para as vestes sacerdotais (Ex 28.6). O éfode representava a divindade de Cristo (ouro), a origem de Cristo, dos céus (azul), a Sua realeza (púrpura), a Sua humilhação na morte (carmesim) e a Sua justiça e pureza (linho fino torcido de cor branca).
O oficio sacerdotal cuida da aproximação a Deus do pecador arrependido e a comunhão com Deus pelos pecadores perdoados. Pelo fato das vestes do sacerdote incluir aquilo que aponta à divindade (ouro), origem celestial (azul), posição de realeza (púrpura), pureza e justiça (linho fino torcido), beleza e preciosidade (obra esmeralda) e também aquilo que representa a morte (carmesim), a alta qualificação do sacerdote é ensinada.
Deus não aceita aquele que chame a si mesmo para essa posição (que alguns auto-proclamados apóstolos fazem hoje) e nem qualquer um que a ‘igreja’ possa estabelecer nessa posição (como faz a igreja católica). Pastor, padre, apóstolo, profeta, presbítero, ancião, freira, monge ou ‘santo’ nenhum podem servir nesse ofício exclusivo. São todos desqualificados para serem O Mediador aceito por Deus. As vestes sacerdotais apontam ao alto padrão de qualificações que Deus estipulou para O Mediador que agrada Ele. Aquele em quem você tem esperança para agradar Deus em seu lugar preenche todas as qualificações que Deus pede para ser aceito como mediador?
Somente Cristo é Mediador qualificado! Ele é Deus (ouro - Mt 1.23, “Deus conosco”; Is 9.6, “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”). Cristo veio dos céus (azul - Jo 6.38, “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”). Cristo será feito Rei dos Reis no Seu Reino literal (púrpura - I Tm 6.15; Ap 17.14; 19.16). Somente Cristo é sem pecado e inocente (linho fino torcido - Hb 7.26, “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus”). Este Mediador é o resplendor da glória de Deus (obra esmeralda - Hb 1.3) e somente Este Substituto, o Eleito de Deus, poderia satisfazer Deus no lugar dos que o Pai Lhe deu (carmesim - Is 42.1, “meu eleito”; Jo 6.39, “Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia”; Is 53.10, 11, “Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão. 11 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si”). Você tem crido nEste? Este lhe representa?

As Duas Ombreiras com as Suas Duas Pedras de Ônix, O Cinto do Éfode e as duas cadeiazinhas de ouro – Ex 28.7-12
Há um modelo exato dado por Deus a Moisés no monte Sinai para o Tabernáculo e “todos os seus pertences” (Ex 25.9). Segundo este modelo os artífices trabalharam “para que façam tudo o que te tenho ordenando” (Ex 31.6). As vestes sacerdotais faziam parte deste modelo sagrado (Ex 25.7; 31.10). O fato que o modelo era detalhado e os artífices capacitados especialmente pelo Espírito de Deus (Ex 31.3-6) nos ensina a “decência e a ordem” que Deus pede na igreja (I Co 14.40, “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem”; I Tm 3.15, “Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade”), tanto adora um Deus de decência e ordem (II Sm 23.5, “Ainda que a minha casa não seja tal para com Deus, contudo estabeleceu comigo uma aliança eterna, que em tudo será bem ordenado e guardado, pois toda a minha salvação e todo o meu prazer está nele, apesar de que ainda não o faz brotar”), quanto é por Seu Espírito. Há detalhes na ordem que Deus pôs todas as coisas e que são importantes a considerar em relação à adoração correta, mas tal assunto não é nosso neste contexto. O Jesus Cristo é o assunto e estes detalhes apontam às Suas perfeições.
As duas ombreiras com as duas pedras de ônix terão gravados nelas “os nomes dos filhos de Israel” (Ex 28.9-12). Como as pedras preciosas foram minadas da terra, o povo de Deus, apresentado por Cristo, vem de pó. Sem Cristo estávamos andando “segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. 3 Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. 4 Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, 5 Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), 6 E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; 7 Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. 8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. 9 Não vem das obras, para que ninguém se glorie; 10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.2-10).
O propósito das duas ombreiras é para unir o éfode (Ex 28.7) e para levar os nomes dos filhos diante do SENHOR para memória (Ex 28.12). Foi dito de Cristo que o “principado está sobre os seus ombros” (Is 9.6) pois Ele apresenta-nos diante de Si mesmo como Representante e ao Pai como Advogado, “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.25-27). Temos em Cristo a união com Deus e estamos preciosos diante de Deus.
Você é levado por Cristo diante de Deus para memória? Ou somos levados diante de Deus por Cristo pela graça de Deus ou somos separados dEle com a Sua ira permanecendo sobre nós (Jo 3.36).

O Cinto do éfode era glorioso também. O Alfa e o Ômega, que conversava com João era cingido com um cinto de ouro também (Ap 1.13) mostrando a Sua divindade vista e exercitada em toda direção ao redor dEle. Temos um Grande Sumo Sacerdote em Jesus Cristo, e tendo tal Representante e Advogado “retenhamos firmemente a nossa confissão” (Hb 4.14).

O Peitoral e As Suas Pedras de Engaste – Ex 28.15-29
As vestes do sumo sacerdote “são para glória e ornamento” (Ex 28.2). A primeira parte das vestes mencionadas é o peitoral que contém essas pedras de engaste (Ex 28.4). O peitoral, com as suas doze pedras de engaste, era a parte primordial e a mais cara de todas as vestes. As outras partes das vestes eram secundárias, dando assim bases pelas quais o peitoral se apoiava.

Autor: Pr. Calvin Gardner

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Tabernáculo - Sacerdócio - Cap. 29


EX 27.20-28.3

O Sacerdócio

Os sacerdotes eram uma classe especial apontados a ministrarem a Deus no lugar do povo. Gozaram de privilégios os quais não eram compartilhados com o povo. Tinham uma aproximação ao Jeová que era peculiar para estes nessa posição. Tinham uma autoridade e responsabilidade que não eram dados ao povo que eles representaram.
Existia em co-relação de suma importância entre o Tabernáculo e o Sacerdócio. O sacerdócio fazia parte do modelo divino que devia ser seguido detalhadamente. Não eram mencionados os sacerdotes na primeira lista de necessidades do Tabernáculo (Ex 25.1-9). Todavia em Hebreus 8.1-5, o sacerdócio é incluído como fazendo parte integral com os móveis mostrando assim a importância do sacerdócio. Na verdade, como o Tabernáculo sem os móveis seria inútil, o Tabernáculo com os móveis seria inútil sem os sacerdotes constantemente ministrando os seus deveres nos lugares santos com os móveis santos. Há união de propósito em tudo que Deus faz para que tudo opere para a Sua glória.

A Necessidade do Começo do Ritual Sacerdotal
Temos estudado até aqui os móveis do Tabernáculo. Temos estabelecido o fato que a aproximação do pecador ao Deus Santo é através de um inocente dando a sua vida no lugar do arrependido pecador. Cristo é esse Inocente (Mt 27.4, 24; II Co 5.21), o Único por Quem o arrependido pecador com fé tem acesso à própria presença de Deus (Jo 14.6; Hb 10.19, 20). Cristo, sendo Ele o Único Sacrifício Vicário, abriu o caminho para Deus, sendo Ele o próprio Caminho (Jo 14.6). O pecador arrependido com fé nEste Salvador tem aproximação plena a Deus eternamente.
Essa contínua aproximação, ou seja, essa comunhão mantida com Deus é o que o sacerdócio representa. Por Cristo preencher todas as qualificações para satisfazer pela Sua vida e Seu sacrifício as exigências de um Deus Santo, é por Cristo que o perdoado pecador arrependido com fé mantém comunhão com Deus (I Jo 1.3,7; 2.1). Estudando o sacerdócio dirigimos a nossa atenção do sacrifício dado no Altar dos Holocaustos para o serviço do sacerdote em prol dos perdoados para que tenham comunhão contínua com Deus.
Somente os arrependidos que exerceram a fé no Cordeiro de Deus, o Único Sacrifício que satisfaz a Deus (Is 53.10,11), podem aproveitar do serviço do Sacerdote no Lugar Santo para que estes tenham comunhão com Deus (Is 53.12, “e intercedeu pelos transgressores”; Jo 17.9-11, 20-24; Hb 7.23-27). Você está entre estes?
Essa ordem de eventos, ou seja, o sacrifício idôneo antes da comunhão, é simbolizada pelo fato que o “azeite puro batido” (Ex 27.20) era descrito e exigido antes da necessidade ou da menção de “Arão e seus filhos” (Ex 27.21, que por sua vez é a primeira vez que estes são mencionados), que eram os sacerdotes escolhidos por Deus. Nisso temos uma importante lição: É necessário o povo conhecer a Luz primeiro para depois gozar de comunhão na presença de Deus. Ter alguém ministrando pelos arrependidos perdoados é necessário. Os salvos por Cristo Jesus ainda têm enfermidades da carne, a fraqueza em resistir à tentação, ao ponto de serem miseráveis (Rm 7.22-25 ; Gl 5.17). Graças a Deus que a mesma graça que trouxe os salvos à presença de Deus por Jesus Cristo é a mesma graça que os mantém próximos a Deus pelo ministério contínuo de Jesus Cristo (Hb 7.23-27).
Onde está você? Nas trevas do pecado, sem A Luz de Jesus Cristo, ou em comunhão por Jesus Cristo?
A graça de Deus superabunda onde abunda o pecado (Rm 5.20). Provai dela já!

Os Sacerdotes
Em Ex 27.21, nessa primeira vez nas instruções do Tabernáculo são mencionados “Arão e seus filhos”, lembramo-nos que essa menção é depois que o povo tem o azeite puro de oliveiras para o candelabro. Isso é instrutivo, pois o sacerdote somente existia para ministrar por aqueles que tinham a fonte da luz, ou seja o Espírito Santo (Jo 17.9-11, 20-24; Hb 7.25, “por eles”).
O nome Arão significa ‘aquele que traz luz’ (#0175) e o significado dos nomes dos seus filhos nos ensina verdades da salvação por Cristo. Nadabe significa ‘generoso’ (#05070), Abiu significa ‘ele é meu pai’ (#030), Eleazar significa ‘Deus ajudou’ (#0499), e o nome Itamar significa ‘lugar de palmeiras’ (#0385, Léxico Hebreu da Bíblia Online).
O significado dos nomes manifesta que a salvação vem de fora do pecador, dAquele que é Luz sem trevas nenhumas (I Jo 1.5), vem pela soberania dEste (Rm 9.15-18, 21; I Jo 4.19), em graça ‘generosa’ (Ef 2.4-9), por Aquele que tem ‘Deus por Pai’, ou seja, por Jesus Cristo (Mt 3.17; 17.5; Jo 3.16). A salvação graciosa de Deus por Jesus Cristo tem a participação do Espírito Santo que ‘ajuda’ por trazer a fé (Gl 5.22; Jo 3.5-8) resultando na beleza da justiça de Deus por Cristo (II Co 5.21) e crescimento e fruto que agrada Deus (Jo 15.1-8; Gl 5.22), algo refrescante que a ‘terra das palmeiras’ aponta.
Está com a ‘Luz’? Não adianta pensar que pode ter comunhão com Deus se ainda anda em trevas.
A ‘luz’ que tem, veio dAquele que tem Deus por Pai? Não descanse até que assegurou que a luz que há em ti é por Jesus Cristo. De outra forma “quão grandes serão tais trevas” se a sua luz sejam trevas (Mt 6.23).
A salvação sua veio pela graça com a operação da regeneração do Espírito Santo pela Palavra (Jo 3.5)? Pode saber se a salvação tem o fruto da satisfação do Pai e a conformidade à imagem do Seu Filho (Rm 8.29).
Dessa maneira tem a salvação e comunhão com Deus por seu Filho Jesus Cristo que dura eternamente (Jo 1.3; Hb 10.10-14, 19-25).

A Necessidade da Cessação do Ritual Sacerdotal
No tempo do Tabernáculo, os sacerdotes eram uma classe especial apontados a ministrarem a Deus no lugar do povo. Gozaram de privilégios, os quais, não eram compartilhados com o povo. Tinham uma aproximação ao Jeová que era peculiar para estes nessa posição. Tinham uma autoridade e responsabilidade que não eram dados ao povo que eles representaram. Todavia, na Cruz, uma mudança radical foi feita. Essa época de sacerdotalismo medianeiro humano cessou e uma época nova foi inaugurada. O judaísmo cessou e o cristianismo começou. Isso foi simbolizado por duas ações: a primeira foi quando o sumo sacerdote rasgou as suas vestes (Mt 26.65) algo contra a lei (Lv 21.10), marcando assim o fim do sacerdócio humano, e, a segunda foi quando o véu do Tabernáculo rasgou de cima para baixo (Mt 27.51), marcando assim que a barreira entre a presença de Deus e o Seu povo não existe mais – A. W. Pink, pg. 258.
Tem o Sacerdócio de Cristo ministrando por você?
A sua comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo? É contínua?

Autor: Pr Calvin Gardner

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Tabernáculo - O Pátio e a sua Porta - Cap. 28


EX 27.9-19; 38.9-20

Local, Tamanho e Material Usado das Cortinas deste Pátio.

Local –
ao lado meridional, que dá para o sul, v. 9
ao lado norte, v. 11
ao lado do ocidente, v. 12
ao lado oriental, v. 13

Tamanho –
Cumprimento dos lados: Cada lado de 100 côvados, v. 9
Largura: 50 côvados, v. 12, 13, 18
Altura: 5 côvados, v. 18

Material –
Cortinas todas feitas de linho fino torcido, v. 9, 18
Lado norte e sul: 20 colunas, 20 bases de cobre, v. 10, 11, 17-19.
Lado oriente (leste) e ocidente (oeste): 10 colunas no lado ocidente, v. 12 e 6 colunas no lado oriental, v. 13-15, com 4 colunas na porta, v. 16. A soma destas colunas é 60.
Colchetes das colunas e as suas faixas serão de prata, v. 10, 11, 17, 18.
Todas as bases são de cobre, v. 12, 18, 19.
Pregos: de cobre, v. 19.

A Porta do Pátio
Lugar: Lado oriental, onde o sol levanta, v. 13-16
Largura: 20 côvados, v. 13-16
Cortina de 20 côvados, v. 16
Material: azul, púrpura, carmesim, linho fino torcido, de obra de bordador, v. 16
Número de colunas e bases: 4, v. 16.
As suas Bases são de cobre, v. 17.
Colchetes e faixas são de prata, v.17.

Representação
O Pátio era um lugar especial para servir Deus publicamente. Além dos cultos domésticos (Dt 6.6-9), e a observação de todas as leis sobre casamento, alimentação, vestimenta, e sobre higiene na vida cotidiana de todos em todo lugar, ainda assim, tinha um lugar separado para o culto público. Este lugar especial foi delineado pelas cortinas do pátio. A vida Cristã é manifesta pela nossa família, alimentação, vestimenta, higiene, etc. em todo lugar. Todavia existe um lugar especial para o culto público. Este lugar especial é onde reúne o Povo de Deus em obediência à Palavra de Deus, a igreja, que é o corpo de Cristo. Os verdadeiros adoradores não somente adoram a Deus em espírito nas suas vidas particulares obedecendo a verdade com amor, mas, eles também não deixam a congregação dos santos para adorá-LO em espírito e em verdade publicamente (Jo 4.24; Hb 10.25).

As cortinas do pátio eram brancas, as suas colunas, talvez de madeira, tinham bases de cobre que reluziram gloriosamente. As suas faixas e os seus colchetes de prata em cada coluna manifestaram a glória tanto do pátio quanto o serviço ali ministrado. Quem contemplava essa glória de santidade foi forçado a lamentar por tal glória não fazer parte da sua vida cotidiana nem dos seus pensamentos toda hora. A glória manifesta pelas cortinas e pelas suas bases era convincente que o pecador não podia servir O Senhor Santo perfeitamente. A lei no coração convencia todos que eram contaminados por pensamentos alheios e pela desobediência das leis de Deus. A beleza da santidade requerida, representada pela brancura do linho fino torcido, testificava da separação entre os pecadores e Deus (Jó 42.6; Is 6.1-5). Vendo as bases de cobre reconhecia que tal santidade era somente pelo julgamento dos seus pecados. A sua consciência pesava muito e reconhecia que não era apto para servir o Deus glorioso. Todavia, essas cortinas eram seguradas às colunas com colchetes de prata. Aquele que desejava ser santo, vendo o uso do cobre nessas cortinas e colunas, percebia que não somente os pecados seriam julgados mas a prata (nos colchetes e faixas) pregava da expiação dada pelo Cordeiro de Deus. A expiação de Cristo (colchetes de prata) posicionava entre o julgamento (cobre) e a justiça de Deus (linho fino). Os pecadores arrependidos podiam, pela fé, alegrar-se pela salvação dessa expiação idônea. Estes então se dirigiam à Única Porta levando um sacrifício idôneo, que, em tipo, representava o sacrifício do próprio Cristo, foi oferecido diante da porta. Através da fé no que representava este sacrifício idôneo, seus pecados eram remidos e este tornava participante da justiça de Deus. Essa Porta Única testificava da natureza celestial de Cristo (azul), da Sua soberania (púrpura), do Seu sacrifício (carmesim), e da Sua pureza (linho fino), ou seja, da Sua santidade (cor branca do linho). Representando a porta assim o Cristo, o arrependido que buscava agradar a Deus, podia ir a Deus pelas qualidades de Cristo e poderia adorá-LO em espírito e em verdade.

A porta única, que dava acesso ao pátio representa Cristo Que é a própria e Única Porta que dá acesso à presença de Deus e àquela adoração que Ele deseja (Jo 10.7-9). Jesus é o único por Quem a salvação é dada e por Quem qualquer serviço ou adoração a Deus é aceita (Jo 14.6). Posso imaginar, se pessoas naquela época são como hoje, muitas pessoas estão ao redor da Porta Única. Essas sentem-se bem por saber onde a Porta é localizada. Podem avisar a todo mundo que essa é a Porta Única para ter acesso a Deus. Sentem-se confortadas de estarem ao redor da Porta Única pois seus pais também estavam aí por muito tempo. Todavia, essas religiosas, as que são satisfeitas pelas aparências, as que são enganadas pelos que pregam um outro evangelho, essas nunca entram nEla para terem os pecados expiados. Não conhecem o que é de ter os corações lavados, uma nova natureza e não têem comunhão com Deus. NÃO SEJA COMO ESTAS! A promessa de Vida Nova é somente para os que entram pela Porta Única (Jo 10.9, “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens”). Portanto, arrependei-vos dos seus pecados verdadeiramente e creia no Senhor Jesus Cristo mesmo. Apenas esses que se arrependem e crêem pela fé em Cristo Jesus serão salvos verdadeiramente! Somente esses entram pela Porta. Por mais confortável é estar entre os muitos à porta, estar meramente perto da Porta pode ser um caminho à Morte.

As quatro colunas desta Única Porta podem ser comparadas aos quatro Evangelhos do Novo Testamento e aos quatro animais diante e por detrás do trono de Deus (Ap 4.6-9). Desde que os quatro evangelhos pregam o Evangelho a todo povo, tanto judeu quanto grego, e desde que os quatro animais ao redor do trono eram semelhantes aos quatro evangelhos (leão como rei, Mateus; bezerro como Servo, Marcos; rosto como homem, Filho de Homem, Lucas; águia como Deus, João), as quatro colunas podem representar a verdade que Cristo é universalmente: o Salvador de qualquer pecador arrependido de “toda a tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap 5.9). As quatro colunas também podem significar que Cristo deve ser pregado “a toda criatura” (Mc 16.15).

Se contássemos todas as colunas nas cortinas do pátio mais as quatro da porta teríamos o número de sessenta. É interessante que Salomão no seu cântico diz: “Eis que é a liteira de Salomão; sessenta valentes estão ao redor dela, dos valentes de Israel”, Ct 3.7. As sessenta colunas não somente impedem alguém de entrar na presença de Deus por outra maneira a não pela Porta Única, como também guarda os que estão dentro do pátio. Pode representar a segurança para os que estão dentro (Jo 10.27-29; I Pe 1.5, “guardados na virtude de Deus”; Jd 1.24, “àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar”). Pode representar o juízo sobre os que procurariam entrar por outra maneira (os ladrões e salteadores, mercenários, professores falsos – Mt 7.21-23; Jo 10.8-13; Gl 1.6-9). Os que entraram pela Porta Única são guardados pelo O Valente, Cristo. Os que negam a entrar pela Porta Única têm que se encarar os Valentes: a Lei de Moisés - Rm 7.12, 13; a palavra dos profetas – II Pe 1.19; dos apóstolos – Gl 1.6-9; de Deus – Mt 17.5; de Jesus Cristo – Jo 12.48; e da própria Bíblia – Ap 20.12. É melhor submeter-se a Deus e ter os Seus Valentes lhe segurando do que contrariar estes Valentes e encará-los no juízo.

Autor: Pr Calvin Gardner